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Relação de apego entre crianças institucionalizadas que vivem em situação de abrigo

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia / Made available in DSpace on 2012-10-20T10:19:19Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / O presente estudo se propôs a identificar a relação de apego entre crianças institucionalizadas que vivem em situação de abrigo. Participaram deste estudo quatorze crianças de ambos os sexos, com idade compreendida entre 3 e 9 anos, vítimas de abandono, violência doméstica e negligência parental, que vivem em abrigo. Os dados foram coletados através de observação direta, tendo como base um protocolo de observação e a técnica de registro utilizada foi amostragem de tempo com base em um sujeito focal. Os comportamentos foram registrados a cada 30 segundos, sendo realizadas 10 observações de 10 minutos para cada criança. A partir desses dados foram criadas as seguintes categorias de comportamento: contato físico, olhar, rir, aproximar, falar e estender os braços. Em um Diário de Campo foram registrados 49 episódios de interações sociais entre as crianças observadas no abrigo. Para a análise dos dados foram utilizados os seguintes procedimentos: a) análise das porcentagens de ocorrência de cada categoria de observação em relação ao total de intervalos considerados; b) análise qualitativa de episódios de interação; e c) análise de conteúdo. Os resultados principais nos permitiram identificar que: 1) os irmãos mais velhos demonstraram-se responsivos às solicitações de afeto e cuidado dos irmãos mais novos; foi também registrada interação significativa entre as meninas mais velhas com os meninos mais novos; 2) a brincadeira mostrou-se ser uma situação favorável ao estabelecimento das interações afetivas com contato físico como afagos e abraços; também permitiu que a criança reproduzisse e representasse cenas do cotidiano; 3) a imagem da família aparece representada pela figura materna, evidenciando o desejo da criança de voltar para sua família biológica ou ser inserida em uma família substituta. Conclui-se que os resultados da presente pesquisa nos permitem afirmar que na falta de um adulto significativo, crianças em situação de abrigo acabam formando relações de apego com outras crianças.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/84546
Date January 2003
CreatorsAlexandre, Diuvani Tomazoni
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Vieira, Mauro Luis
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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