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Prevenção da migrânea com propranolol, amitriptilina ou sinvastatina : correlação com a produção do óxido nítrico

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Previous issue date: 2007 / A migrânea é uma cefaléia primária comum, sendo a queixa mais freqüente nos serviços de
atendimento em Neurologia. A fisiopatologia da migrânea ainda não foi completamente
elucidada e as principais estruturas envolvidas podem ser o sistema trigeminovascular, fibras
autonômicas e os vários agentes vasoativos locais. Aspectos peculiares do óxido nítrico (NO)
e a presença da sintase do óxido nítrico (NOS) tanto a nível periférico (endotélio, fibras
nervosas ao redor dos grandes vasos cerebrais e dura-máter), como no tronco cerebral e áreas
hipotalâmicas, tornam esse composto um bom candidato a mediador dos mecanismos das
crises de cefaléias vasculares, especialmente a migrânea. O NO provavelmente participa da
inflamação neurogênica e da ativação das fibras perivasculares que conduzem os impulsos
nociceptivos para o gânglio trigeminal. Terapias com estatinas melhoram a viabilidade do NO
e possuem propriedades antiinflamatórias. O presente estudo é um ensaio clínico, aberto,
prospectivo e comparativo, cujos objetivos foram avaliar a ação preventiva do propranolol,
amitriptilina ou sinvastatina no controle dos ataques de migrânea; e correlacionar a produção
plasmática de NO com a redução do índice de cefaléia (obtido através do cálculo do produto
da freqüência de crises por mês X duração da dor em horas X intensidade da dor). Um total de
357 pacientes com diagnóstico de migrânea participou do estudo no período de novembro de
2004 a março de 2006. As pacientes receberam propranolol, amitriptilina ou sinvastatina por
três meses e amostras de sangue foram coletadas para a determinação plasmática do NO. Em
relação ao índice de cefaléia e número de dias com migrânea, as pacientes que usaram
propranolol (60 mg; 80 mg; 120 mg), amitriptilina (12,5 mg; 25 mg; 50 mg) ou sinvastatina
(10 mg; 20 mg; 40 mg) apresentaram redução significativa desde o segundo mês de
tratamento (p<0,001), com exceção das usuárias de amitriptilina, que apresentaram redução a
partir do primeiro mês (p<0,001). Aumento significativo no nitrato plasmático (p<0,001) foi
detectado nas pacientes com dor (31 ± 1 &#956;M, n=357) quando comparadas no período sem dor
(28 ± 1&#956;M, n=357). A redução &#8805;50% no número de dias com migrânea ao final do terceiro
mês foi significativa para os três tratamentos instituídos, porém não houve diferença na
eficácia entre os mesmos. Os nitratos plasmáticos analisados na fase livre de migrânea
diminuiram significativamente entre as avaliações no controle e no terceiro mês, para as
pacientes tratadas com propranolol 60 mg/dia (28,1 ± 1,0 vs 20,3 ± 1,0 &#956;M, p<0,01), 80
mg/dia (28,1 ± 1,0 vs 22,3 ±1,2 &#956;M, p<0,05) e 120 mg/dia (28,1 ± 1,0 vs, 21,5 ± 1,5 &#956;M,
p<0,01); para as pacientes que utilizaram a amitriptilina 12,5 mg/dia (30,1 ± 1,7 vs 22,3 ± 1,2
&#956;M, p<0,05), 25 mg/dia (30,1 ± 1,7 vs 23,0 ± 1,3 &#956;M, p<0,05) e 50 mg/dia (30,1 ± 1,7 vs 21,3
± 1,0 &#956;M; p<0,01); e para as migranosas tratadas com sinvastatina 10mg/dia (24,82 ± 1,0 vs
16,5 ± 1,0 &#956;M, p<0,01), 20 mg/dia (24,82 ± 1,0 vs 19,9 ±1,0 &#956;M, p<0,05) e 40 mg/dia (24,82
± 1,0 vs 20,0 ±1,0 &#956;M, p<0,05). Concluimos que a sinvastatina foi eficaz como medicação
profilática na migrânea, assim como o propranolol e a amitriptilina e a redução no índice de
cefaléia ocorreu paralelamente com a diminuição da produção do NO

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/2143
Date January 2007
CreatorsLys Medeiros, Fabíola
ContributorsMoraes Valença, Marcelo
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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