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Evolução e perfil dos anticorpos antiespermatozóides nos primeiros 180 dias em indivíduos vasectomizados / Evolution and profile of the antisperm antibodies during the first 180 days of the vasectomized individuals

ROCHA, Flávio Barbosa Moreira da. Evolução e perfil dos anticorpos antiespermatozóides nos primeiros 180 dias em indivíduos vasectomizados. 2005. 115 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2005. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2011-12-21T12:05:10Z
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Previous issue date: 2005 / The contraceptive method of vasectomy can be reversed, in certain circumstances, through surgical procedures; but the incidence of autoimmune antisperm humoral responses in some vasectomized individuals may impede attempts to restore fertility. In this context, investigations on the incidence and evolution of autoimmune responses in vasectomized individuals may contribute for the understanding of autoimmune infertility associated with vasectomy, as also for the assessment of viability of restorative surgeries for fertility. Twenty individuals who have requested voluntary vasectomy for contraception, most referred by the Assis Chateaubriand School of Maternity of the Federal University of Ceará, were selected for the study. Surgical vasectomy was performed by the author, in the Ambulatory ward of the Faculty of Medicine. Blood and semen samples were collected from the individuals prior to, and 30, 90 and 180 days after vasectomy. Antisperm IgG and IgA were evaluated in the Center for Assisted Reproduction of Ceará (CONCEPTUS), by “Immunobead” technique (IBT), using the direct method for the detection of antibodies in pre-vasectomy seminal samples, and the indirect IBT for evaluation of antibodies in semen samples after vasectomy, and for sera. Antibody presence was measured as >0% (all positive results) and ≥ 20% of spermatozoa bound to antibodies. The parameters studied were: i) comparative evaluations of the incidences of IgG and/or IgA in serum and/or semen; ii) evolution of the titers of these antibodies with time; and iii) the sites of binding of the antibodies in the spermatozoa of volunteers. All the pre-vasectomy serum and semen samples were devoid of antisperm antibodies; however, IgG and/or IgA were present in post-vasectomy serum and semen samples in a majority of individuals, in increasing numbers from 30 to 180 days. The simultaneous presence of IgG and IgA was always predominant. At >0% positivity, 25% of the individuals were positive in 30 days, with IgG or IgA individually present in very few. In 90 days, 60% of the vasectomized were positive, rising to 85% in 180 days. No positive reactivity was detected for ≥ 20%. Evaluation of antibodies in serum individually showed that positive results at ≥ 20% increased from one (30 days) to three in 90days, and to four in 180 days. In semen, this positivity was not detected. The evaluation of antibody titers (% of spermatozoa bound to antibodies) revealed increase of IgG and IgA with time both in serum and semen, with the former always ahead of IgA, and reaching mean values at 180 days of 7,9% (median – 5%) and 6,35% (4,5%); respectively for IgG and IgA. The midpiece and the tail of spermatozoa were the principal binding sites, in that order, for both IgG and IgA. These results show that up to 85% of individuals develop antisperm antibodies in 180 days after vasectomy, with a steadily increasing level of positivity reaching ≥ 20% in some; which may potentially compromise efforts to restore fertility in them. / A vasectomia, como método de contracepção, poderá ser revertida em situações especiais, através dos procedimentos cirúrgicos; porém, o desenvolvimento de respostas humorais auto-imunes pós-vasectomia, em alguns, poderá ser um impeditivo para restaurar a fertilidade. Neste contexto, investigações sobre a incidência e evolução das respostas auto-imunes em vasectomizados poderão oferecer subsídios, tanto para a compreensão da infertilidade auto-imune associada à vasectomia, quanto para avaliação do sucesso nos esforços para restauração da fertilidade nestes indivíduos. Foram selecionados 20 voluntários com desejo manifesto de se submeterem à vasectomia; encaminhados, na sua maioria, pela Maternidade Escola Assis Chateaubriand. As vasectomias foram realizadas pelo autor da pesquisa, no Ambulatório de Cirurgia da Faculdade de Medicina. Amostras de sangue e sêmen foram colhidas antes e 30, 90 e 180 dias após a vasectomia, e a presença das IgG e IgA, avaliada no Centro de Reprodução Assistida do Ceará (CONCEPTUS), através do Imunobead Test (IBT), com o método direto para amostras pré-cirúrgicas de sêmen e o método indireto para as amostras seminais posteriores e as de soro. Os anticorpos foram detectados nos soro e/ou sêmen, nas positividades de >0% (todas as reações positivas) e ≥ 20% de espermatozóides ligados às imunoglobulinas. Foram estudadas: i) avaliações comparativas das incidências das IgG e/ou IgA , ii) evoluções dos títulos dos anticorpos em função do tempo, e iii) análises dos sítios de ligação dos anticorpos nos espermatozóides de voluntários. Nenhuma das amostras pré-vasectomia revelou presença de anticorpos antiespermatozóides; porém IgG e IGA estavam presentes no soro e sêmen simultaneamente nas amostras pós-vasectomia da maioria dos indivíduos, revelando crescimento progressivo de 30 até 180 dias. A presença conjunta dos anticorpos sempre se mostrou predominante. Na positividade de >0%, 25% dos vasectomizados eram positivos em 30 dias, com IgG ou IgA presentes, individualmente, em poucos. Em 90 dias, 60% dos vasectomizados revelou presença dos anticorpos, o que aumentou para 85% em 180 dias. A positividade de ≥ 20% não foi encontrada em nenhum dos indivíduos. Em exames de soro, isoladamente, a positividade de ≥ 20% aumentou de um indivíduo em 30 dias, para três em 90 dias, e para quatro (25%) em 180 dias. No sêmen, esta positividade não foi detectada em nenhum indivíduo. Avaliações dos títulos de anticorpos (% de espermatozóides ligados aos anticorpos), revelaram que as IgG e IgA aumentaram progressivamente com tempo, tanto no soro quanto no sêmen, com a IgG sempre na dianteira; atingindo, aos 180 dias, os valores médios de 7,90% (mediana – 5%) e 6,35% (mediana - 4,50%); respectivamente para IgG e IgA. A peça intermediária (PI) e cauda do espermatozóide, nesta ordem, foram os principais sítios de ligação das IgG e IgA. Esses resultados mostram que um número significativo de até 85% dos vasectomizados desenvolve as IgG e IgA antiespermatozóides nos primeiros 180 dias; com a positividade crescente que alcança ≥ 20% em alguns; o que poderá, em tese, comprometer as tentativas futuras de restauração da fertilidade nestes indivíduos.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.ufc.br:riufc/1811
Date January 2005
CreatorsRocha, Flávio Barbosa Moreira da
ContributorsNaidu, Talapala Govindaswamy
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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