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Aterosclerose subclínica em indivíduos com HIV/AIDS em uso do primeiro esquema antirretroviral fatores associados e o papel da terapia

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Previous issue date: 2010 / Os indivíduos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) apresentam riscos
significativamente aumentados de desenvolver doença arterial coronariana. A aterosclerose subclínica
de carótidas é preditora de eventos cardiovasculares futuros, uma vez que a sua presença tem relação
com a aterosclerose coronariana. Por sua vez, a terapia antirretroviral combinada (TARV) induz a
distúrbios metabólicos nos indivíduos infectados, entretanto, a sua relação com a doença vascular
aterosclerótica ainda não está inteiramente esclarecida. Assim, propondo-se a avaliar a associação
entre aterosclerose subclínica com diferentes classes e drogas ARV - ITRNN e IP; com características
imunológicas, virológicas e clínicas da infecção pelo HIV; com características sociodemográficas e
com alterações metabólicas, em indivíduos HIV/Aids, em primeiro esquema ARV, atendidos nos dois
maiores centros de tratamento da Aids em Pernambuco - Hospitais Correia Picanço e Universitário
Oswaldo Cruz, esse estudo foi realizado. O estudo desenvolvido foi do tipo caso-controle e envolveu
694 indivíduos com HIV/Aids, 236 sem terapia antirretroviral e 458 sob TARV. Uma segunda análise
foi realizada em 351 indivíduos menores de 40 anos e 346 ≥ 40 anos, separadamente. A aterosclerose
subclínica foi determinada pelo espessamento do complexo médio-intimal (CMI) das carótidas, por
meio do ultrassom modo B, definida pelos valores médios do CMI ≥ 0,8mm e/ou quando da presença
de placa de ateroma. As informações foram obtidas através de questionário validado, prontuários
médicos, medidas antropométricas e de pressão arterial e dosagens séricas de glicose, colesterol total,
LDLc, HDLc e triglicerídeos. Utilizando-se do pacote estatístico STATA 9,0 realizaram-se análises
univariadas e multivariadas por regressão logística. A magnitude das associações foi expressa pela
odds ratio (OR) e a significância estatística pelo intervalo de confiança de 95% e o valor de p < 0,05.
Observaram-se frequências de aterosclerose subclínica, de 44,7% (310) do total de indivíduos com
HIV/Aids, sendo 11,8% (82) nos virgens de terapia, 23,2% (161) naqueles em uso de TARV com
ITRN + ITRNN e 9,7% (67) com ITRN + IP. Foram encontradas associações estatisticamente
significantes entre aterosclerose subclínica e: tabagismo habitual OR=3,61 (1,02 -12,7), obesidade
OR= 3,52 (1,72 -7,21), LDLc aumentado OR= 2,05 (1,22 -3,42), união consensual OR=1,98 (1,22 -
3,21), raça não branca OR=1,87 (1,16 -3,00), sexo masculino OR=1,59 (1,05 -2,41), hipertensão
arterial OR= 1,58 (1,04 -2,40), idade OR=1,14 (1,11 - 1,17) e o tempo de uso de TARV OR=1,08
(1,00 - 1,17). Não se encontrou associação estatisticamente significante entre aterosclerose subclínica
e classes e drogas ARV, bem como com características imunológicas, virológicas e clínicas da
infecção. Os resultados da segunda análise mostraram associação estatisticamente significante entre
aterosclerose subclínica grupo de < 40 anos com: obesidade OR = 4,53 (1,62 -12,6), síndrome
metabólica OR = 3,21 (1,43 -7,19), raça não branca OR = de 3,14 (1,43 -6,86) e sexo masculino OR =
2,76 (IC 1,47 5,20). Diferentemente, no grupo &#8805; 40 anos se associaram à aterosclerose subclínica:
contagem de linfócitos TCD4 > 350 cel/&#956;L OR = 3,49 (95% 1,58 -7,72) e hipertensão arterial OR =
1,88 (1,05 -3,38). A idade e a união consensual foram preditores independentes nos dois grupos, de
forma semelhante. Não se encontrou associação estatisticamente significante entre aterosclerose
subclínica e classes e drogas ARV, como na análise anterior. A aterosclerose subclínica em indivíduos
com HIV/Aids está fortemente associada a fatores clássicos de risco cardiovascular. Não se detectou
associação com o tipo de classe e drogas antirretrovirais (IP ou ITRNN), embora o tempo de uso da
terapia (independentemente do esquema utilizado) tenha se associado a aterosclerose subclínica.
Fatores de risco modificáveis, especialmente a obesidade e a síndrome metabólica, foram
determinantes para a chance de aterosclerose subclínica nos adultos jovens, enquanto a hipertensão
arterial e a contagem de linfócitos CD4 foram os preditores independentes nos adultos &#8805; 40 anos

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/7039
Date31 January 2010
CreatorsMaria Gonçalves de Albuquerque, Valéria
ContributorsRamos Lacerda de Melo, Heloísa
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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