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Previous issue date: 2018-01-10 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta pesquisa tem por objetivo analisar o conceito de representações inconscientes em Kant e sua relação com o conceito de apercepção transcendental, ou o Eu penso. A existência de um gênero próprio de representações, as inconscientes, são apontadas em várias obras de Kant, dentre as quais se podem citar a Antropologia de um ponto de vista pragmático e a Crítica da razão pura. São representações das quais se pode destacar na filosofia de Kant dois aspectos principais, sendo o primeiro a amplitude, pois elas abarcam o campo teórico, prático e estético, e o segundo a positividade, no sentido de desempenharem um papel positivo tanto na produção do conhecimento, quanto nos demais processos mentais – no estético e no moral. Entretanto, quando considerado o conceito de inconsciente frente ao princípio da apercepção transcendental, surge uma problemática: como afinal, compreender a existências de tais representações na filosofia de Kant, se o Eu penso implica em uma referência necessária de toda representação à consciência? Kant é mesmo enfático ao afirmar que, se as representações não se referem a este princípio, elas não são nada para um sujeito (Crítica da razão pura, B131). Com efeito, com vistas a tentar fornecer uma solução a tal problemática, partiremos de três hipóteses relevantes sobre a questão. A primeira delas é a tese de Locke, segundo a qual as representações inconscientes não são admitidas pelo fato de indicarem uma contradição à consciência de si mesmo, afinal, frente a um eu que nem sempre possui consciência de seus atos, pode-se dizer que há certa indeterminação quanto à identidade deste eu. A segunda é a tese de Heidemann (2012), de acordo com a qual a representação inconsciente encontra-se dividida em duas espécies, onde somente uma delas, as representações unconscious by degrees, referemse à apercepção transcendental. Por fim, a terceira tese é a de La Rocca (2007), com a qual concordamos em grande parte, pela qual se compreende o princípio da apercepção transcendental sempre como uma possibilidade estrutural, não a título de uma efetividade em termos psicológicos – ser consciente ou inconsciente –, mas de uma estrutura lógica que diz respeito à forma pela qual a representação precisa se referir. / This research aims to analyze the concept of unconscious representations in Kant and its relation with the concept of transcendental apperception, or the I think. The existence of a gender itself for representations, the unconscious ones, are pointed in several of Kant’s works. Among them can be mentioned in Anthropology in a pragmatic point of view and Criticism on pure reason. They are representations that can be bolded in Kant’s philosophy in two main aspects. The fist one the amplitude, for it holds the theoretical field, that is practical and aesthetic. The second one the positivity, in the sense of performing a positive role both in knowledge production, and in the other mental processes – aesthetic and moral. However, when considering the unconscious concept as opposite of the transcendental apperception principle, a problematical appears: how to understand the existence of those mentioned representations in Kant’s philosophy, if the I think implies in a necessary reference of all representation to the conscience? Kant is very emphatic affirming that, if the representations don’t refer to this principle, they are but nothing to the subject (Criticism of pure reason, B131). As an effect, proposing to give a solution to the problematical, three relevant hypotheses will be raised about this matter. The first one is Locke’s thesis, in which the unconscious representations are not admitted, for the fact that they indicate a contradiction in its own conscience. After all, when the matter is an “I” that not always has conscience of its actions, it is possible to say that there is a certain indetermination concerning the identity of this “I”. The second one is Heidemann’s thesis (2012), according to it, the unconscious representation is divided in two species, in which just one of them, the unconscious by degrees representations, refer to the transcendental apperception. At last, the third thesis is La Rocca’s (2007), in which we agree in almost its whole. Through it, it is possible to understand the transcendental apperception principle, always with a structural possibility, and not as an affectivity in psychological terms – to be conscious or unconscious -, but as a logic structure that concerns to the form by which the representation needs to refer itself.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpa.br:2011/9527 |
Date | 10 January 2018 |
Creators | BRITO, Aline Brasiliense dos Santos |
Contributors | SOUZA, Luís Eduardo Ramos de |
Publisher | Universidade Federal do Pará, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, UFPA, Brasil, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | 1 CD-ROM, reponame:Repositório Institucional da UFPA, instname:Universidade Federal do Pará, instacron:UFPA |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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