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Sobre cortes e construções

Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-10-27T03:08:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Este estudo resulta dos esforços para compreender as estratégias de enfrentamento utilizadas por mulheres com câncer que circulam na Rede de Atenção à Saúde do município de Blumenau (SC). Estudaram-se questões relativas ao corpo, ao feminino, ao contexto (pós) moderno e à realidade do município citado, além de ter-se realizado uma revisão integrativa em três diferentes bases de dados eletrônicas. Os objetivos compreendiam identificar situações psicológicas e sociais estressoras no processo de adoecimento, listar estratégias de enfrentamento encontradas e avaliar a sua funcionalidade. Inclui-se também, enquanto objetivo, a elaboração de um vídeo de Educação em Saúde a partir das entrevistas realizadas em vídeo. A metodologia qualitativa e descritiva deu-se por meio do reconhecimento do campo (utilizando-se entrevistas informais registradas em caderno de campo e fotografias) e da realização de 6 entrevistas semi-estruturadas com perguntas abertas em duas diferentes instituições: a Rede Feminina de Combate ao Câncer e o Hospital Santo Antônio. Resultados mostram que o processo de socialização promove um meio propício para o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento. Os estressores psicológicos encontrados foram: atitudes negativas entre pares, crenças negativas a respeito do câncer, culpa, tristeza e desânimo, dor e desconforto físico, falta de controle sobre o próprio corpo, e a história prévia de transtornos de humor. Os estressores sociais compreendem: dificuldades relacionais com a equipe médica, isolamento social, medo e ansiedade em familiares, e alteração nos papéis sociais desenvolvidos. Também 25 diferentes estratégias de enfrentamento foram analisadas e discutidas em uma perspectiva integralista, considerando o contexto das entrevistadas e as possibilidades de elaborar suas experiências. Torna-se evidente que o otimismo, o empoderamento e o suporte social facilitam o processo de enfrentamento. Ainda constata-se que as mulheres com câncer no sistema reprodutivo encontraram suporte em dispositivos sociais e de saúde mais facilmente, enquanto mulheres com outros tipos de câncer apresentaram maior dificuldade em receber informações e assistência, o que torna evidente a noção de feminino no contexto estudado  ainda enquanto um ser reprodutivo, e não social. Um vídeo curto foi feito para sensibilizar profissionais de saúde e ampliar sua compreensão a respeito do enfrentamento possível em mulheres com câncer.<br> / Abstract : This dissertation aimed to understand coping strategies used by women with cancer who utilize the Public Health Care System in Blumenau (SC). Issues related to a comprehension about the female body, the context of (post) modern society and the social reality of the environment where this research occurred have been studied, such as an integrative review in 3 different academic literature databases was conducted. The purposes were to identify psychological and social stressors, in addition to enlist coping strategies found in women discourses and evaluate them as functional or dysfunctional. Another purpose was included: to create a video of Health and Education using the interviews consummated on video. The research was characterized as qualitative of the descriptive type. To collect the data the field was recognized through informal interviews registered in a field diary and by photographing surroundings, such as six semi-structured interviews with open-ended questions in two different institutions were realized: at the Women s Network Against Câncer and at Saint Antonio s Hospital. Results show that the socializing process provides a healthy environment for coping strategies to develop. The psychological stressors found were: negative attitude among pairs, negative beliefs about cancer, guilt, sorrow and discouragement, pain and physical discomfort, the lack of self-control over their own bodies, and previous history of mood disorder, The social stressors indicated were: relationship difficulties with the medical staff, previous negative experiences with cancer, social isolation, fear and anxiety among relatives and alteration of social roles. In addition, 25 different types of coping strategies were analysed and discussed in an integralist perspective, considering the context of the interviewees and their possibilities to elaborate their experience. It becomes evident that optimism, empowerment and social support do facilitate the coping process. Also, women who had cancer in their reproductive system easily found support in social and health care devices, while women with other kinds of cancer had more difficulties to come across information and assistance, which makes evident the notion of female inclusion in today s society  still as a reproductive being, and not a social one. A short video was also made, to sensitize health care professionals, and raise their awareness on women s coping possibilities.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/135801
Date January 2015
CreatorsTheis, Hannah
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Zurba, Magda do Canto
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format186 p. | il., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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