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Avaliação do potencial toxicológico e farmacológico das folhas de Caesalpinia echinata Lam

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Previous issue date: 2009 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Caesalpinia echinata Lam, popularmente conhecida como pau-brasil ou pernambuco, é uma
árvore considerada de valor histórico e econômico. O objetivo deste trabalho foi investigar a
toxicidade aguda e as atividades antinociceptiva, antiinflamatória e antitumoral frente ao
Sarcoma 180 do extrato bruto etanólico das folhas de Caesalpinia echinata Lam. A toxicidade
aguda foi avaliada através da metodologia da Organização para Cooperação Econômica e
Desenvolvimento (OECD 423), que preconiza administrar, a grupos de três animais, doses
seqüenciais menores a partir da máxima de 2000 mg/kg. Para as atividades farmacológicas,
foram utilizados dois modelos de nocicepção: contorções abdominais induzidas por ácido
acético e teste da formalina e para a atividade antiinflamatória, o modelo do edema de pata
induzido por carragenina. Foram utilizados camundongos albinos Swiss (Mus musculus),
fêmeas em todas as atividades, com exceção da avaliação da atividade antiinflamatória em
que foram utilizados ratos adultos Wistar (Ratus norvegicus), fêmeas. Para o teste das
contorções abdominais, os animais receberam de ácido acético 2 % (0,1 mL/10g) por via
intraperitoneal. O número de contorções foi observado por 20 minutos, 5 minutos após a
injeção de ácido acético. Para o teste da formalina, foi injetada 20 μL de formalina 2,5% no
espaço subplantar da pata direita de camundongos. Logo após a injeção, os animais foram
observados individualmente e a duração da lambida foi determinada no período de 0 a 5
minutos (1ª fase) e 15 a 30 minutos (2ª fase) após aplicação. No teste de edema de pata foi
aplicado 0,3 mL de carragenina (1%) na pata direita dos animais. Na avaliação da atividade
antitumoral foi utilizada a metodologia de Stock para indução do Sarcoma 180. Para todos os
testes foram usadas doses de 100, 200 e 300mg/kg do extrato etanólico de C. echinata (grupos
tratados), o grupo controle recebeu solução salina, e o padrão, ácido acetilsalicílico
(100mg/kg) para contorções; morfina (10mg/Kg) para formalina, indometacina (20mg/Kg)
para o edema de pata e metotrexato (5mg/kg) para atividade antitumoral, todos por via oral. O
extrato reduziu o número de contorções abdominais induzidas por ácido acético, chegando a
inibir em 65,8% na maior dose testada. No teste da formalina, o extrato reduziu de forma
estatisticamente significativa ambas as fases do tempo de lambida, sendo esta redução mais
expressiva na segunda fase. Com relação à atividade antiinflamatória, entretanto, não
apresentou resultados significativos no modelo utilizado. Na avaliação da atividade
antitumoral, o extrato demonstrou redução significante nos pesos dos tumores e discretas
alterações microscópicas, com índice de inibição tumoral na maior dose de 99,4%. Com base
nos resultados, pôde-se concluir que o extrato metanólico C. echinata apresentou baixa
toxicidade, por via oral. Além disso, demonstrou possuir notada atividade antinociceptiva e
antitumoral, nos protocolos testados. Com relação à atividade antiinflamatória, entretanto, o
referido extrato não demonstrou possuir atividade. Outros ensaios devem ser realizados afim
de elucidar o exato mecanismo dessas ações

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/2872
Date31 January 2009
CreatorsGRANGEIRO, Ana Ruth Sampaio
ContributorsSOUZA, Ivone Antonia de
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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