Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / ApÃs isquemia cerebral, o Trifosfato de Adenosina (ATP) atinge altas concentraÃÃes no espaÃo extracelular e pode atuar como agente tÃxico, que causa degeneraÃÃo celular e morte, mediada atravÃs de receptores P2X e P2Y. No presente estudo, foram investigados os efeitos do PPADS, um antagonista nÃo-seletivo dos receptores P2, sobre o comportamento e dano neuronal apÃs isquemia induzida por oclusÃo permanente da artÃria cerebral mÃdia por eletrocoagulaÃÃo. Os animais receberam PPADS (0,1, 0,5 e 1,0 nmols/1μL) ou fluÃdo cerebroespinhal artificial (FCE) por injeÃÃo intracerebroventricular 10 min antes da isquemia. Os parÃmetros estudados foram funÃÃo sensÃrio-motora, aquisiÃÃo e retenÃÃo de memÃria, Ãrea de infarto cerebral e atividade da MPO, como marcador para infiltraÃÃo granulocÃtica. ApÃs isquemia, verificou-se atravÃs de avaliaÃÃo neurolÃgica, uma diminuiÃÃo significante do desempenho motor e funÃÃo sensorial dos animais. A percentagem da Ãrea de infarto nos animais falso-operados foi significantemente menor que naqueles submetidos à isquemia (FO: 0,89  0,18%; FO + PPADS 1,0: 1,18  0,1%; ISQ: 9,06  1,2%; ISQ + PPADS 0,5: 2,2  0,32%; ISQ + PPADS 1,0: 1,86  0, 18%). Foi observado ainda um aumento da atividade exploratÃria vertical (n de Rearings) nos animais tratados com PPADS quando comparados aos animais do grupo isquemiado (ISQ: 9,5  1,8; ISQ + PPADS 0,5: 26,9  2,9; ISQ + PPADS 1,0: 20,6  3,7; Kruskall-Wallis, p<0.05). O tratamento com PPADS melhorou de forma significante os dÃficits na memÃria operacional induzidos pela isquemia, avaliado no teste do Labirinto em Y (FO: 73,8  1,9%; ISQ: 56,7  2,9%; ISQ + PPADS 0,5: 76,7  3,2%; ISQ + PPADS 1,0: 72,6  4,0%). Um resultado semelhante foi observado na memÃria aversiva (teste da esquiva passiva) no qual o PPADS melhorou a aquisiÃÃo de memÃria de curta duraÃÃo. Os animais isquemiados demonstraram um aumento nos nÃveis de MPO no estriado (FO: 3,6  0,63; ISQ: 16,24  4,86) e cÃrtex temporal (FO: 6,16  1,23; ISQ: 22,33  4,98), e o tratamento com PPADS (1,0 nmols/1μL) reverteu significantemente esse efeito (ISQ + PPADS â estriado: 6,13  0,65; cÃrtex: 6,28  0,38). Os resultados demonstram o envolvimento dos receptores P2 na fisiopatologia da isquemia cerebral. A inibiÃÃo dos receptores P2 pelo PPADS mostrou um significante efeito neuroprotetor sobre o dano neuronal, comportamento motor e memÃria apÃs isquemia e indicam que este efeito pode estar relacionado pelo menos em parte a uma atividade antiinflamatÃria deste composto.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:3663 |
Date | 07 January 2010 |
Creators | Marta Regina Santos do Carmo |
Contributors | Geanne Matos de Andrade, Danielle MacÃdo Gaspar, Francisco das Chagas Medeiros |
Publisher | Universidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Farmacologia, UFC, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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