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Resposta reprodutiva de psitacídeos neotropiais em cativeiro à retirada de ovos e filhotes

Resumo: Foi realizado um estudo no sentido de levantar informações referentes à reprodução e manejo de psitacídeos neotropicais, em cativeiro e em vida livre. Para tanto, foram reunidas informações sobre a distribuição geral dos representantes da família e dos aspectos que afetam a conservação dos psitacídeos neotropicais. Foram discutidas ameaças como a perda do habitat natural e o tráfico de animais silvestres, que estão entre as principais responsáveis pelo declínio e extinção de psitacídeos neotropicais. Para o Brasil, detentor do maior número de espécies de psitacídeos no mundo, com um número em torno de 82 espécies, foram levantadas questões conceituais quanto à legislação referente ao manejo de fauna ex situ, sinopse da conservação e dificuldades para proteção dos Biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica e Pampas. Aspectos referentes à nutrição de psitacídeos em vida livre e o desenvolvimento de rações específicas para psitacídeos que permitiram proporcionar dietas nutricional adequadas em cativeiro foram abordados, assim como sua importâncias para manejos de indução a uma maior oviposição. Considerando o histórico e presente sobre ações de conservação de Psittacidae, que normalmente não incluem ações de manejo reprodutivo ex situ, realizou-se um estudo que buscou avaliar a resposta reprodutiva dos casais à retirada de ovos e filhotes em cativeiro, comparando com os dados de vida livre. Os trabalhos foram conduzidos em dois criadouros comerciais de psitacídeos silvestres nativos: o criadouro Recanto das Aves, situado em Colina – SP e o criadouro Asas do Brasil, situado em Novo Hamburgo – RS. Foram avaliadas as produções de 176 casais reprodutivamente ativos, de 8 espécies: Amazona aestiva (papagaio-verdadeiro), Amazona amazonica (papagaio-do-mangue), Amazona vinacea (papagaio-de-peito-roxo), Amazona festiva (papagaio-da-várzea), Ara ararauna (arara-canindé), Ara chloropterus (arara-vermelha-grande), A. macao e G. guarouba (ararajuba). Esse estudo mostrou que a retirada de ovos em cativeiro aumentou a produção de ovos nas espécies estudadas em diferentes níveis, quando comparados aos dados de vida livre, enquanto a retirada de filhotes com idade de 1 a 20 dias não se mostrou um procedimento eficiente quanto a induzir um número maior de posturas. Técnicas de manejo reprodutivo em cativeiro podem contribuir direta e indiretamente em ações de conservação. A utilização de procedimentos que levem a um aumento de produção permite que criadouros comerciais possam tornar mais acessíveis ao mercado um maior número de indivíduos criados legalmente em cativeiro, diminuindo a pressão de tráfico sobre populações de vida livre, de maneira a atender a uma demanda que historicamente tem sido atendida pelo tráfico de animais silvestres.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/27510
Date21 August 2012
CreatorsFrancisco, Luiz Roberto
ContributorsUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Biológicas. Programa de Pós-Graduaçao em Zoologia, Moreira, Nei
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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