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Previous issue date: 2009-06-24 / Introdução: Apesar dos inúmeros avanços no entendimento da fisiopatologia das infecções da corrente sanguínea (ICS), a má evolução clínica e a manutenção da elevada mortalidade persistem nos pacientes com esta síndrome. O uso de terapêutica empírica de largo espectro, em virtude do desconhecimento da evolução e das características clínicas e microbiológicas dessas infecções em nossos hospitais agravam o surgimento da resistência microbiana e aumentam os custos relacionados sem, na maioria das vezes, diminuírem as taxas de morbidade e mortalidade dos pacientes acometidos pela doença. Objetivos: Observar a evolução clínica, os fatores predisponentes e a mortalidade atribuída em pacientes com hemoculturas positivas, durante 30 dias, em um hospital terciário, na cidade de Maceió. Metodologia: Foram incluídos no estudo 143 pacientes, admitidos no hospital sede da pesquisa, no período de outubro de 2005 a dezembro de 2006, que apresentaram pelo menos uma hemocultura positiva. Todas as variáveis foram aferidas sistematicamente no protocolo do estudo, até o trigésimo dia de evolução. Para se verificar a associação entre as variáveis qualitativas foi utilizado o teste de Qui-quadrado (SIEGEL). O nível de significância foi de 5%. O pacote estatístico utilizado foi o SPSS 15.0 for Windows. Resultados: Até o trigésimo dia de acompanhamento, 30,1% dos pacientes apresentaram apenas bacteremia e 69,9% evoluíram para sepse. Destes, 20,3% desenvolveram sepse grave e 10,5% evoluíram para choque séptico. A Taxa global de mortalidade no Hospital, durante o período da pesquisa foi de 3,7%, enquanto a mortalidade atribuída a esta patologia foi de 37,8%. Entre os pacientes que apresentaram quadro de bacteremia, sem repercussão clínica, sepse, sepse grave e choque séptico, estas taxas foram respectivamente 9,3%, 50%, 65,5% e 84,6% no trigésimo dia, após o diagnóstico. Os focos prevalentes nesta amostra foram secundários aos tratos: respiratório (32,2%), urinário (14%), e intra-abdominal (7,7%). 14% das ICS foram relacionadas ao cateter venosos central. Entre as especialidades que mais contribuíram para a casuística deste estudo estão a neurologia, cardiologia, clínica médica geral, oncologia, pediatria e neonatologia, correspondendo, respectivamente a 19,6%, 18,9%, 16,8%, 12,6%, 8,4% e 7,7%. A taxa de ocorrência de bacteremia/candidemia observada nas unidades de terapia intensiva (UTI) foi de 1,2%, contra 0,33% nas enfermarias. Nestas últimas, 55,12% evoluíram para sepse, enquanto na UTI este índice aumentou significativamente para 87,69% ( p<0,05). Entre as comorbidades, a diabetes melitus foi incidente em 26,6% dos casos, insuficiência renal crônica em 21,7%, neuropatia em 29,4% e a doença pulmonar obstrutiva crônica em 11,2%. Os principais agentes etiológicos isolados foram: Staphylococcus coagulase negativo (25,9%), Staphylococcus aureus (21%), Klebsiella pneumoniae (14%), Escherichia coli (9,1%) e Candida Spp. (8.4%). O principal microrganismo isolado nas hemoculturas dos pacientes que evoluíram para o óbito foi o S. aureus, presente em 24,1% dos casos. Observamos que 14% dos casos foram ICS de origem nosocomial. Conclusão: Os resultados apresentados condizem com os dados publicados na literatura, em relação à incidência, à evolução e a mortalidade atribuída aos distintos quadros das ICS e corroboram com a necessidade do estabelecimento das características desta doença, que poderão nortear as Instituições na adoção de medidas preventivas e terapêuticas eficazes. / Introduction: Despite the countless breakthroughs regarding the understanding of the pathophysiology of bloodstream infections (BSIs), poor response and persistently high mortality rates are the norm for these patients. In view of the poor knowledge as to the pathological outcome and clinical and microbiological features of these infections within our hospitals, the use of empirical broad-spectrum therapeutics contributes to the emergence of anti-microbial resistance and to higher related costs, without a concomitant reduction in morbidity and mortality rates for these patients. Objectives: Study the clinical outcome, the predisposing factors, and the mortality rate in patients with positive hemoculture during a 30-day period in a tertiary hospital in the city of Maceió. Methodology: A total of 143 patients referred to the hospital between October 2005 and December 2006 took part in the study. They all had at least one positive hemoculture result. All variables were systematically assessed for the study protocol during a 30-day interval. The Chi-square test (SIEGEL) was employed when verifying the association between the qualitative variables. Significance level was at 5%. The statistical analysis software used was the SPSS 15.0 for Windows. Results: At the end of 30 days, 30.1% of the patients had been diagnosed as having only bacteremia and 69.9% had developed sepsis. Out of this latter group, 20.3% went on to severe sepsis and 10.5% suffered from septic shock. Throughout the study, the overall mortality rate for the Hospital was 3.7%, whilst the like rate attributed to this malady was at 37.8%. Mortality rates for patients who had been diagnosed as having bacteremia with no clinical repercussions, with sepsis, severe septis, and septic shock, were, respectively, 9.3%, 50%, 65.5% and 84.6% thirty days after diagnosis. Secondary foci of infection were the most prevalent and were found in the respiratory (32.2%), urinary (14%), and intra-abdominal (7.7%) tracts. Fourteen percent of BSIs were related to the central venous catheter. The medical specialties accounting for most of the cases in this study were neurology, cardiology, general clinical practice, oncology, pediatrics, and neonatology. Their respective figures were 19.6%, 18.9%, 16.8%, 12.6%, 8.4%, and 7.7%. The bacteremia rate in intensive care units (ICUs) was 1.2%, as opposed to 0.33% in wards. Out of these latter cases, 55.12% of them turned into sepsis, while at the ICU this figure rose significantly to 87.69% ( p<0,05). Diabetes mellitus in 26.6% of the patients, chronic renal failure in 21.7%, neuropathy in 29.4%, and chronic obstructive pulmonary disease in 11.2% were the most prevalent comorbidities. Most commonly isolated etiological agents were: coagulase-negative staphylococcus (25.9%), Staphylococcus aureus (21%), Klebsiella pneumoniae (14%), Escherichia coli (9.1%), and Candida Spp. (8.4%). S. aureus was the isolated pathogen in 24.1% of fatal cases. Nosocomial BSIs accounted for 14% of the cases. Conclusion: With regard to prevalence, progression, and mortality attributed to distinct BSI cases, the results herein presented are in compliance with data published elsewhere. In addition, they lend support to the need for setting down the features that clearly define this disease, which in turn will lead to more effective treatment and greater preventive measures. / TEDE
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unifesp.br:11600/9160 |
Date | 24 June 2009 |
Creators | Tenório, Maria Tereza Freitas [UNIFESP] |
Contributors | Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Cendon Filha, Sônia Perez [UNIFESP] |
Publisher | Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 119 f. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UNIFESP, instname:Universidade Federal de São Paulo, instacron:UNIFESP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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