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A perspectiva progressista da história e a questão da violência entre Benjamin e Dussel

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília,Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, 2015. / Submitted by Tania Milca Carvalho Malheiros (tania@bce.unb.br) on 2015-10-29T14:06:15Z
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2015_GabrielSilveiradeAndradeAntunes.pdf: 2729560 bytes, checksum: eb1ba6d6717c24a63cb1a35e6bf803d7 (MD5) / Este trabalho visa pensar criticamente a perspectiva progressista moderna por sua relação com exercício de violência valendo-se em grande medida de interpretação e apropriação de conceitos das obras de Walter Benjamin e Enrique Dussel. Pensar esse tema deve contribuir no julgamento de processos históricos que se veem vinculados ao progresso moderno, especialmente neste trabalho o “descobrimento” da América, o submetimento e evangelização dos índios, a instrumentalização racial dos colonizados, a modernização do fazer filosofia no Brasil, a apreensão da alteridade pelo discurso iluminista europeu e o desenvolvimento técnico. A consideração da perspectiva progressista inicia-se com a detecção de vínculos com a violência no colonialismo moderno europeu, assim como na composição de concepções afirmativas da história em Rousseau, Kant e Hegel e na visão determinista e progressista da história que se apreendeu por aspectos da obra de Marx. Em seguida, faz-se abordagem da obra de Benjamin relacionando sua concepção da história com o contexto colonial latino-americano, elaborando seu potencial crítico contra outras formas de justificação da violência que as visadas originalmente pelo pensador. Observando uma assimetria entre cultura superior europeia e elementar nacional formulada por Benjamin a propósito da educação na Rússia bolchevique, articula-se uma crítica ao eurocentrismo do referido filósofo, denunciando insuficiência da perspectiva benjaminiana em detectar violência na constituição histórica daquela assimetria. Por fim, considera-se o pensamento de Dussel sobre a modernidade, onde o encobrimento do outro e a pretensa justificação da violência colonial compõem a perspectiva progressista da história num horizonte mundial geopolítico. Desse modo, a modernidade como emancipação racional europeia se processa, segundo Dussel, sobre o sacrifício do outro colonizado. Apresenta-se brevemente, por fim, os conceitos de libertação e transmodernidade como práticas de superação desse progresso de realização unilateral dos vencedores coloniais. / This work aims to think critically about the modern perspective on progress connected to the exercise of violence. Interpretation and appropriation of concepts taken from the works of Walter Benjamin and Enrique Dussel are largely implemented. By thinking this topic a contribution is made to the judgementof historical processes connected to progress, in particular theso-called "discovery" ofAmerica, the subjugation and evangelization of the Indians, the racial exploitation of the colonized, the modernization of the philosophy activity in Brazil, the apprehension of other ness bytheEuropeanen lightenment discourse and the modern technical developments. The consideration of the perspective of progress starts with the detection of crucial links with violence in modern European colonialism, as well as the composition of affirmative conceptions of history in Rousseau, Kant and Hegel and deterministic and progressive vision of history captured by some aspects in Marx'swork. Benjamin's conception of history is put in connection withthe colonial Latin American context, in order to develop their critical power agains to therforms of justification of violence not originally targeted by the Germanthinker. Observing an asymmetry between European culture and national cultures in one textof Benjamin concern ing education in Bolshevik Russia, the present essay articulates a critique of Eurocentrism of the Germanphilosopher, denouncing failures of Benjamin's perspective in detecting violence in the historical constitution of that asymmetry. Finally, we consider Enrique Dussel's thought on modernity, where the conceal ement of the other and the alleged justification of colonial violence constitute the view of progress in history in a global geo political horizon. Therefore, theEuropeanmodernity as a rational emancipation process is only possible, according to Dussel, on the sacrifice of the colonization of theother. The concepts of liberation and transmodernity are presented as practices of overcoming this kind of unilateral progress of the winners.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/18856
Date08 May 2015
CreatorsAntunes, Gabriel Silveira de Andrade
ContributorsCabrera Alvarez, Julio Ramón
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
RightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess

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