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A Bienal de São Paulo: forma histórica e produção cultural

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Previous issue date: 2001-06-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The São Paulo Bienal is the most important visual arts event in Brazil. Visited by a huge amount of people and carried out with heavy sponsored investments, most of which are private, the Biennial in São Paulo reaches the end of the 20th Century as one of the most important events in the world's art agenda. Created in 1951 by the business man and industry owner Francisco Matarazzo Sobrinho, the exhibition in São Paulo was inspired by the Biennial in Venice and nowadays it is part of a series of regular international exhibitions around the world, such as Kassel, Lyon, Sydney and Havana, among others. To begin with, if we want to understand the context of the creation of the Biennial in São Paulo, we have to take a look at the changes in the model of economic development adopted in Latin America after the 2nd World War, when events like that start being held everywhere in the continent. The years after war revealed a new cultural scenario and the Biennial in São Paulo is just one of many cultural events in a moment when patronage was changing and art reviewers were becoming professionals. The Museum of Modern Art in São Paulo (MAM) was in charge of the creation of the Biennials in the city and reflected the increasingly close economic and political rapport between Brazil and the United States. A crucial point related to the foundation~ of MAM and the Bienal was the polemic discussion concerning abstract art. After a decade as part of the museum activities, the Bienal became a foundation. Besides the institutional aspects, the São Bienal can be analyzed in the way and form it its presented at the end of the nineties. In that sense, the Universal Exhibitions that came out in the 19th Century are a starting point to understand the structure of the 24th São Paulo Bienal, in 1998, beginning with the segments that divided the exhibition. The present format of the event is due to the performance of important agents such as the professionals who put it together, art directors and curators who influenced the form of the Bienal until it got to the structure we know today. Since it is a mass event, the space utilization with several activities and services aimed at the public reveals somehow the way the final form of this event is the result of a negotiation in which the public, to some extent, also demands according to their will and necessity / O principal evento de artes plásticas no Brasil é a Bienal de São Paulo. Com público de massa e pesados investimentos patrocinados, na maior parte, pela iniciativa privada, a Bienal paulistana chega ao final do século XX como um dos mais importantes eventos do circuito artístico mundial. Criado em 1951 pelo industrial Francisco Matarazzo Sobrinho, o certame de São Paulo teve como modelo a Bienal de Veneza e hoje faz parte de uma série de exposições periódicas de caráter internacional espalhadas pelo mundo: Kassel, Lyon, Sydney, Havana, entre outras. O ponto de partida para começarmos a entender o contexto de criação da Bienal de São Paulo, está na alteração do modelo de desenvolvimento econômico adotado na América Latina após a Segunda Guerra Mundial, quando vários destes certames surgem no continente. Os anos do pós-guerra descortinavam um novo cenário cultural e a Bienal de São Paulo á apenas um dos empreendimentos culturais surgidos num momento em que o mecenato brasileiro se transformava e a critica de arte se profissionalizava. O Museu de Arte Moderna de São Paulo foi a instituição responsável pela criação das bienais paulistanas e refletia o estreitamento das relações econômicas e políticas entre o Brasil e os Estados Unidos. No bojo do surgimento do MAM e da Bienal estava a polêmica ao redor da arte abstraía. Depois de uma década de existência atrelada ao Museu, a Bienal é transformada numa fundação. Além do aspecto institucional, a Bienal de São Paulo pode ser analisada a partir do formato que apresenta no final dos anos 90. Neste sentido, as Exposições Universais, surgidas no século XIX, são o ponto inicial para se entender a estrutura da XXIV Bienal de São Paulo, realizada em 1998, a partir dos segmentos que dividiam a exposição. O formato atual do evento advém, especialmente, da anão de agentes importantes como montadores, diretores artísticos e curadores que vão, a partir de sua atuação, interferindo na forma da Bienal até ela atingir a estrutura que hoje se conhece. Como um evento de massa, a ocupação do espaço da Bienal com inúmeras atividades e serviços voltados ao público revela, em parte, o modo como a forma deste evento é constituída numa negociação com um público que também impõe, de uma certa forma, suas vontades e necessidades

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/3280
Date28 June 2001
CreatorsOliveira, Rita de Cássia Alves de
ContributorsBorelli, Silvia Helena Simões
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais, PUC-SP, BR, Ciências Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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