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Produção de Etanol a Partir do Coco Verde Utilizando Cepas de Saccharomyces cerevisiae Industriais

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Previous issue date: 2016-11-30 / Cocos nucifera L., o coco, é um fruto de grande importância comercial e apresenta
variadas aplicações na indústria alimentícia. No Brasil, os produtos do coco são coco
ralado, leite, água e óleo de coco. Adicionalmente, o envase da água de coco em
embalagens longa vida é considerado um produto com grande potencial em função
da facilidade de distribuição e maior tempo de prateleira em supermercados. A água
de coco é obtida do coco verde, e a biomassa remanescente não possui destinação
adequada, sendo um problema nas cidades produtoras. O coco verde é composto
de celulose, hemicelulose e lignina, e os dois primeiros componentes podem ser
convertidos em açúcares fermentescíveis para a produção de etanol. O etanol é um
combustível renovável com grande potencial na mitigação dos problemas atrelados
ao consumo de combustíveis fósseis. O presente estudo discorre sobre a produção
de etanol a partir de hidrolisados do coco submetidos ao pré-tratamento alcalino, e
fermentados por diferentes cepas de Saccharomyces cerevisiae. Os hidrolisados de
coco foram produzidos com altas cargas de sólidos em batelada simples ou
alimentada visando uma elevada concentração de açúcares. O mesocarpo, a
principal estrutura do coco verde, foi avaliado em diferentes condições de pré-
tratamento para a produção de hidrolisados, como a concentração da solução
alcalina, a duração do pré-tratamento e a carga enzimática. O uso da alta de carga
de sólidos em batelada simples e o ajuste do processo possibilitaram que 7-8% (m/v)
de açúcares fossem obtidos, e resultaram em uma produção de etanol de 3,7% (v/v)
utilizando uma cepa de levedura de etanol 2G. Também foi possível reduzir a carga
de enzimas no processo sem afetar consideravelmente a produção de açúcares e
etanol. Contudo, o uso da batelada simples na produção de hidrolisado do coco
verde inteiro resultou em apenas 6,2% (m/v) de açúcares. Empregou-se então a
batelada alimentada na produção de hidrolisados visando contornar algumas das
limitações da batelada simples. A batelada alimentada resultou em hidrolisados do
mesocarpo e do coco com mais açúcares, 9,7% (m/v) e 7,2% (m/v),
respectivamente. O hidrolisado do mesocarpo produzido por batelada alimentada foi
facilmente fermentado, e resultou em 4,3% (v/v) de etanol. A fermentação do
hidrolisado do coco foi lenta em função da presença de inibidores de fermentação, e
a produção de etanol foi de 3,8% (v/v). A remoção dos inibidores do coco resultaram
numa fermentação mais rápida do hidrolisado de coco; entretanto o processo de
remoção dos inibidores resultou na perda de açúcares, e uma menor produção de
etanol de 2,5% (v/v) foi observada. Os processos utilizados no presente trabalho
para a produção de etanol a partir do coco são simples se comparados a outros
processos propostos para esta biomassa, assim como resultaram em maiores
produções de etanol. A produção de cerca de 4% (v/v) de etanol a partir do coco
evidencia o potencial desta biomassa, podendo agregar valor à cadeia produtiva do
coco.
Palavras-chave: coco, bioetanol, Saccharomyces cerevisiae, alta carga de sólidos,
lignocelulose, pré-tratamento alcalino.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/7136
Date30 November 2016
CreatorsSOARES, J.
ContributorsFERNANDES, A. A. R., THEVELEIN, J. M. J. G., TORRES, F. A. G., SANTOS, J. M., VENTURA, J. A., FERNANDES, P. M. B.
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Doutorado em Biotecnologia, Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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