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Padrões biogeograficos e vocais em Callithrix do grupo jacchus (Primates, Callithrichidae)

Orientador: Jacques M. E. Vielliard / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-23T04:44:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1997 / Resumo: O presente estudo apresenta uma revisão dos dados disponíveis na literatura dos últimos 20 anos sobre taxonomia de Callithrix do grupo jacchus, discutindo a validade dos seguintes taxa e as relações filogenéticas entre eles: allrita, flaviceps, geoffroyi, jacchus, kuhlii e penicillata. Reunindo informações dispersas na literatura e novos dados de campo, é apresentada uma listagem atualizada de localidades de ocorrência destes taxa. Sobrepondo-se estas localidades a um mapa das principais regiões fito ecológicas brasileiras, estima-se o tamanho da área de distribuição de cada taxon, suas afinidades às formações vegetais e seu padrão de distribuição. As evidências disponíveis sugerem que os seis taxa de Callithrix estudados são espécies válidas, pois tratam-se de entidades discretas, diferenciáveis morfológica e geograficamente. As variações encontradas dentro de cada taxon parecem predominantemente relacionadas a polimorfismos populacionais. Com base em caracteres morfológicos, genéticos, biogeográficos e vocais pode-se subdividir o grupo jacchus em dois subgrupos monofiléticos: aurita (aurita eflaviceps) ejacchus (geoffroyi, jacchus, kuhlii e penicillata). Os taxa de Callithrix do grupo jacchlls são tipicamente parapátricos, em geral sucedendo-se geograficamente em zonas de transições fito ecológicas, onde ocorrem hibridações. As zonas de hibridação aparentemente são estreitas, sugerindo a existência de mecanismos que restringem o fluxo gênico entre os taxa. A distribuição geográfica dos taxa aurita, flaviceps, geoffroyi e kuhlii restringem-se, basicamente, à região da mata atlântica. Na região dos cerrados predomina penicillata e na caatinga predomina jacchlls. Este último também habita a mata atlântica nordestina. O único taxon do grupo jacchus que não ocorre, naturalmente, na mata atlântica costeira parece ser penicillata. Foram gravadas vocalizações de longo alcance (canto) de Callithrix do grupo jacchus em seu ambiente natural, com a finalidade de comparar os padrões vocais dos seis taxa, em busca de caracteres capazes de diferenciá-los. As vocalizações foram analisadas em sonógrafo digital e tratadas estatisticamente através de análises de variância. As análises sonoras demonstraram que cada um dos seis taxa pode ser diferenciado com base na estrutura dos seus cantos, principalmente utilizando-se a primeira nota, ou sílaba. As vocalizações apoiam a divisão do grupo jacchus em dois subgrupos (aurita e jacchus). Dentro de cada subgrupo há parâmetros relacionados à duração e freqüência das notas capazes de diferenciar todos os taxa. As diferenças nos parâmetros acústicos entre os taxa do subgrupo jacchus não estão claramente relacionadas às supostas distâncias filo genéticas inferidas com base em dados morfológicos. É possível que essas diferenças tenham relação com a história de contato biogeográfico entre esses taxa, sendo reforçadas como mecanismos de reconhecimento populacional e isolamento reprodutivo. As vocalizações de híbridos e vocalizações de um espécime criado sem contato acústico com seu próprio taxon sugerem que há um forte componente genético na estrutura dos sinais de comunicação sonora de Callithrix. Os resultados deste estudo indicam que a vocalização é um caráter comportamental que pode ser usado para suplementar técnicas tradicionais de taxonomia de Callithrichidae, mas deve ser usada com cautela no tratamento de filogenias / Abstract: This study presents a revision of the taxonomic data for marmosets of the Callithrix acchus group based on publications over the last 20 years, and discusses the validity and phylogeny of the following taxa: aurita, flaviceps, geoffroyi, jacchus, kuhlii, and penicillata. A revised list of localities where these taxa occur is provided on the basis of information derived trom the literature along with new field data. The distribution of each taxon, its affinity to different vegetation formations, and the distribution patterns were examined by plotting alI localities on a map of Brazilian vegetation types. The available data indicate that the six Callithrix taxa studied are valid species, because they are discrete entities with identifiable morphologies and distinct geographic distributions. The variability within each taxon appears to be related to population polymorphism. On the basis of morphological, genetic, biogeographic, and vocal characters, the jacchus group can be separated into two monophyletic subgroups, aurita (aurita and flaviceps) and jacchlls (geoffroyi,jacchus, kuhlii, and penicillata) The taxa of the jacchlls group are typically parapatric, generally replacing each other geographically in zones of ecological transition, where hybridization occurs. The hybridization zones appear to be narrow, suggesting the action of mechanisms that limit the flux of genes between populations. The distribution of aurita, jlaviceps, geoffroyi, and kuhlii are restricted, basically, to the Atlantic Forest region of eastern Brazil. The taxon that predominates in the Cerrado region is penicillata, and in the Caatinga region is jacchus. The latter also lives in the Northeastern Brazilian Atlantic Forest, and penicillata appears to be the only taxon of the jacchus group that does not occur naturally in the coastal Atlantic Forest. The long calls of the six taxa in the jacchus group were recorded in the field, and their vocal structures were compared. The acoustic parameters were analyzed with a digital sonograph, and treated statistically using analysis of variance (ANOVA). The acoustic analysis demonstrated that it is possible to differentiate each taxon on the basis of its long call structure, using principally the first note of the call. The vocal structure corroborates the division of the jacchus group into two subgroups (allrita andjacchus). There are temporal and ftequency parameters within each subgroup that can differentiate all taxa. The acoustic differences between the taxa of the subgroup jacchus are not clearly related to the supposed phylogenetic distances based on morphological data. It is possible that the vocal differences are related to the biogeographic history of the taxa in contact zones. Vocal divergence can be a result of selection pressures on the segregation of populations operating as a mechanism of reproductive isolation. The vocal structure of hybrids and of a specimen reared without acoustic contact with ts own taxon suggest a strong genetic role in the structure of vocal cornrnunication in Callithrix. This study suggests that vocal signals are characters that can supplement the traditional techniques used in deciphering the taxonomy of Callitrichidae, but must be used with care in phylogenetic applications / Doutorado / Doutor em Ciências Biológicas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/315973
Date21 October 1997
CreatorsMendes, Sergio Lucena
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Vielliard, Jacques Marie Edme, 1944-2010, Vielliard, Jacques M. E., Rylands, Anthony B., Fonseca, Gustavo G. A. B., Vivo, Mario de, Silva, Wesley Rodrigues
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format155f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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