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Sucessão secundária da vegetação ciliar da micro-bacia do Rio Verde, Mun. de Rio Megrinho, SC

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal / Made available in DSpace on 2013-07-16T03:06:56Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Dentro do paradigma de restaurar através do manejo da sucessão natural, torna-se uma necessidade básica conhecer o processo de regeneração e interpretá-lo como primordial para facilitar a restauração. Este estudo teve como objetivo principal o levantamento florístico da vegetação vascular na micro bacia do Rio Verde, Fazenda Santa Alice, Município de Rio Negrinho, Santa Catarina, caracterizando a riqueza de espécies e levantando dados preliminares quanto à função das espécies vegetais mantenedoras dos consumidores dentro da comunidade estudada. Na micro bacia do Rio Verde foi montada uma Unidade Demonstrativa (UD) com 10 parcelas de 10 x 50 metros na área de preservação permanente, perfazendo um total de 5000 m2 de área de estudo. As coletas foram mensais durante o ano de 2004 e 2005. Devido a mudanças no Código Florestal Lei 4.771 (1965), a UD apresenta duas séries sucessionais distintas, uma de caráter florestal, representada por uma faixa de 5 metros (área preservada - AP) e a outra por uma série sucessional inicial com fitofisionomia herbáceo-arbustiva, na faixa de 25 metros (área a restaurar - AR), ambas de cada lado do rio. Registraram 200 espécies vegetais vasculares pertencentes a 61 famílias botânicas. A estrutura florestal da UD é composta por árvores (22,60%), arbustos (32,20%), ervas ( 32,88%), liana (4,80%) e epífitas (3,42%). Houve predominância da forma de vida erva em ambas as áreas. A zoofilia foi a síndrome de polinização mais evidente (164 do número total de espécies) em ambas as áreas, sendo melhor representada na AP ( 116 do número total de espécies). Quanto à síndrome de dispersão, a anemocooria, endozoocoria e sinzoocoria foram as mais representativas em ambas as áreas, não tendo grandes diferenças entre elas. Ocorreu uma nítida sazonalidade no período reprodutivo das espécies com picos nos meses mais quentes e expressivo decréscimo nos meses de inverno, para AP e AR. Houve coleta de flor no período de inverno, indicando a presença de recursos alimentares nesse período crítico do ano. O solo caracterizou-se como um mosaico formado por Cambissolos (41,35%) e Neossolos (51,15%). A presença dessas duas classes indica um solo de pouca profundidade e com isso tendo uma vegetação de caráter edáfico. Os resultados desse trabalho mostram a presença do início do processo de sucessão em uma área que sofreu um distúrbio pela retirada de Pinus taeda L. e de um processo sucessional mais avançado que foi preservado em obediência à legislação. A presença de mesmas espécies nas duas áreas da UD indica-nos a possibilidade de expansão e colonização natural da área mais preservada para a área a ser restaurar. Conhecer as etapas da sucessão reconhecendo em quais etapas estão inseridos os diferentes grupos ecológicos e aproveitar essa informação para estabelecer um processo de contínua regeneração, são o desafio para o desenvolvimento de uma ecologia da restauração.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/103135
Date January 2006
CreatorsGuinle, Maria Cecília Tuccimei
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Reis, Ademir
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatvii, 50 f.| il., grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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