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"O corpo que habito": possibilidades de compreensão para a experiência do corpo amputado

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A amputação é tida como o primeiro procedimento cirúrgico já feito na história da humanidade e repercute de modo diferente nas pessoas que passam por tal procedimento, dependendo do momento histórico e da história de vida de cada uma. A presente pesquisa teve como objetivo compreender a experiência de pessoas que passaram pelo processo de amputação. Na tentativa de compreender a questão norteadora do estudo Como é a experiência de habitar um corpo amputado?, adotou-se o olhar da fenomenologia existencial, ao modo de Heidegger. Participaram da pesquisa seis homens com idade entre 20 e 59 anos, que passaram pelo procedimento cirúrgico para amputação, independente da doença prévia e do fato de já terem utilizado próteses. Como modo de acesso às experiências dos participantes optou-se por narrativas colhidas em Encontros Reflexivos, prática proposta por Heloisa Szymasnski, que se mostrou como possibilidade para troca e elaboração das experiências pelos participantes da pesquisa sobre os diversos modos de habitar um corpo amputado. Também foi utilizado o diário de bordo do pesquisador como registro das impressões, observações e sentimentos ao participar dos Encontros Reflexivos. Como método para análise das narrativas, foi utilizado a Analítica do Sentido de Dulce Critelli, que possibilitou o desvelamento do fenômeno estudado. Os resultados apontaram para a falta de compreensão e despreparo da equipe hospitalar que lida com a cirurgia de amputação no que tange ao cuidado e escuta da pessoa que está passando por tal experiência; revelaram que há um distanciamento das ciências modernas da natureza em questionar o corpo a partir de uma ótica que considere a própria experiência da pessoa que viveu a amputação; revelaram, também, que para os participantes, existir com um corpo amputado é passar por diversas dificuldades, com realce para o modo como experienciam a condição atual e o rompimento com o modo de viver habitual. Nesse sentido, o presente trabalho pretende contribuir para a compreensão da experiência vivida na amputação por parte dos participantes, além de possibilitar reflexões que ajudem nos procedimentos desenvolvidos pela equipe interdisciplinar junto a pessoas que passaram por tal experiência. / Amputation is seen as the first surgical procedure done in human history and resonates differently in people who undergo this procedure, depending on the historical moment and the life story of each. This research aimed to understand the experience of people who underwent the amputation process. In trying to understand the guiding question of the study "How is the experience of inhabiting an amputated body?", was adopted the look of existential phenomenology, to Heidegger mode. The participants were six men aged between 20 and 59 years, who have gone through surgery for amputation, regardless of prior disease and the fact that they have already used prostheses. As a means of access to the experiences of the participants chose to stories collected in "Encounters Reflective" practice proposed by Heloisa Szymasnski, which proved as a possibility for exchange and preparation of participants experiênciaspelos of research on the various ways of inhabiting an amputated body. It was also used the "logbook" of the researcher as a record of impressions, observations and feelings to participate in the "Reflective Encounters". As a method for analysis of the narratives, was used the "Analytic of the Sense" of Dulce Critelli, which allowed the unveiling of the phenomenon studied. The results pointed to the lack of understanding and lack of preparation of the hospital staff that deals with amputation surgery with regard to care and listen to the person who is going through such an experience; was revealed that there is a move away from modern natural science to question the body from a perspective that considers the experience of the person who lived amputation; also revealed that for the participants, exist with an amputated body is going through many difficulties, with emphasis on how experience the current condition and the break with the habitual way of life. In this way, this work aims to contribute to the understanding of the lived experience of amputation by the participants, and enable reflections to help in the procedures developed by the interdisciplinary team together with people who have gone through such an experience.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:unicap.br:849
Date01 December 2015
CreatorsJailton Bezerra Melo
ContributorsCarmem Lúcia Brito Tavares Barreto, Simone Dalla Barba Walckoff, Marcus Túlio Caldas, Henriette Tognetti Penha Morato
PublisherUniversidade Católica de Pernambuco, Mestrado em Psicologia Clínica, UNICAP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNICAP, instname:Universidade Católica de Pernambuco, instacron:UNICAP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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