O diabetes melito tipo 2 é uma doença com alta prevalência e suas consequências vão além das doenças cardiovasculares. A fragilidade óssea foi recentemente incorporada à lista de suas complicações. Paradoxalmente, a massa óssea do DM2 é normal ou elevada quando comparada à da população normoglicêmica. Assim, torna-se necessário explorar outras ferramentas capazes de inferir parâmetros de qualidade óssea bem como de outros mecanismos que levam a fragilidade óssea no DM2. O objetivo do trabalho é caracterizar o fenótipo ósseo trabecular em pacientes com DM2 e avaliar a influência do tecido adiposo da medula óssea, do acúmulo de gordura muscular e da resistência à insulina sobre o tecido ósseo. Foram realizados exames de espectroscopia por ressonância magnética de coluna lombar, espectroscopia do músculo sóleo e imagem 3D por ressonância magnética na região proximal da tíbia para avaliação de osso trabecular. Exames de densitometria óssea foram realizados para quantificar a massa óssea e também a composição corporal dos indivíduos estudados. O escore trabecular ósseo (TBS) foi analisado na coluna lombar. Foram realizados exames bioquímicos para identificar alterações em potenciais moduladores da remodelação óssea originados em tecidos mesenquimais não mineralizados. Foram avaliados 3 grupos: controle, obeso e diabético tipo 2. Os resultados mostram que os indivíduos diabéticos não possuem prejuízo de massa óssea, nem alterações no trabeculado ósseo da tíbia proximal. Não foi observada alteração no tecido adiposo da medula óssea e não houve relação deste sítio de armazenamento de gordura com a massa óssea. Os resultados mostraram que a massa gorda e os lipídeos intramusculares tiveram relação negativa com o TBS e a massa magra mostrou relação positiva com a densidade mineral óssea. Possivelmente, este é o primeiro estudo na literatura em que se avaliou a estrutura óssea no diabetes melito tipo 2 por meio de ressonância magnética. Os dados reafirmam não haver alterações quantitativas estruturais óssea nesta condição, indicando que a fragilidade óssea observada em estudos populacionais no DM2 se deve provavelmente a prejuízo na qualidade óssea. Este trabalho reforça que a resistência à insulina não tem efeitonegativo sobre a massa óssea. O CTX, a osteocalcina e a adiponectina parecem ter importante papel na determinação dos parâmetros do trabeculado ósseo / Type 2 diabetes is a high prevalence disease and its complications go beyond the cardiovascular diseases. Bone fragility was recently added to the list of the type 2 diabetes complications. Paradoxically, in type 2 diabetes, the bone mass is normal or elevated in comparison to the normoglycemic subjects. Thus, it is necessary to explore other tools to improve the bone evaluation in type 2 diabetes. The aim of this study was to characterize the trabecular bone phenotype in patients with type 2 diabetes and to evaluate the influence of bone marrow adipose tissue, accumulation of muscle fat and insulin resistance in bone mass. Lumbar spine and proximal tibia magnetic resonance spectroscopy was used to quantify bone marrow adipose tissue, 3D imaging by Magnetic Resonance of proximal tibia was used to quantify the trabeculae. Bone densitometry was performed to quantify the bone mineral density and also the body composition. Trabecular bone score (TBS) was measure in lumbar spine. Biochemical tests were carried out to evaluate the potential modulators of bone metabolism. Three groups were evaluated: control, obese and type 2 diabetic. The results show that diabetic individuals have no bone mass impairment and no alterations in the proximal tibia trabeculae. No alteration was observed in the the bone marrow adipose tissue of and there was no relationship of this site of fat storage with the mass. The results showed that fat mass and intramuscular lipids had a negative correlation with TBS, and lean mass showed a positive correlation with bone mineral density. As well as we know, this is the first study in the literature in which the bone structure in type 2 diabetes mellitus was evaluated by magnetic resonance imaging. These data reaffirm that there are no quantitative structural changes in bone in this condition, indicating that the bone fragility observed in DM2 populational studies is probably due to impairment in bone quality. CTX, osteocalcin and adiponectin seems to have an important role in determining in the trabeculae
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-12062019-135753 |
Date | 13 March 2019 |
Creators | Araujo, Iana Mizumukai de |
Contributors | Paula, Francisco Jose Albuquerque de |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Tese de Doutorado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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