Return to search

Análise cladística de táxons atribuídos aos peixes euteleósteos basais / Cladistic analysis of taxa assigned to basal euteleosteans fishes

Os teleósteos são o grupo mais diversificado entre os vertebrados e seu registro mais
antigo data do Jurássico. Sua atual classificação inclui quatro clados, dentre os quais Euteleostei é
o mais avançado e variado. Apesar de todos os trabalhos a respeito do grupo, ele ainda não possui
diagnose, definição e composição precisas. A discordância entre autores é ilustrada pelas nove
diferentes propostas filogenéticas elaboradas nos últimos 30 anos. Muitos fósseis do Cretáceo são
classificados como euteleósteos basais por falta de conhecimento morfológico, enquanto outros
fósseis possuem classificação sistemática controversa ou compartilham aspectos estruturais com
euteleósteos basais. Nesse contexto, os objetivos da presente dissertação são avaliar o
monofiletismo de euteleósteos basais e recuperar relações filogenéticas de táxons do Nordeste do
Brasil, África, Europa, Ásia e América do Norte atribuídos aos euteleósteos basais. Sete táxons
brasileiros (i.e., Beurlenichthys ouricuriensis, Britoichthys marizalensis, Clupavus
brasiliensis, Santanasalmo elegans, Santanichthys diasii, Scombroclupeoides scutata e novo
euteleósteo da Bacia de Pelotas) e 14 táxons de localidades estrangeiras (i.e., Avitosmerus
canadensis, Barcarenichthys joneti, Chanoides macropoma, Clupavus maroccanus,
Gaudryella gaudryi, Humbertia operta, Kermichthys daguini, Leptolepides spratiiformis,
Lusitanichthys characiformis, Nybelinoides brevis, Orthogonikleithrus leichi, Pattersonella
formosa, Wenzichthys congolensis e Tchernovichthys exspectatum) foram analisados através de
observação direta, fotografias, desenhos e descrições e submetidos a uma análise de Sistemática
Filogenética utilizando o princípio da parcimônia. Três espécies recentes (i.e., Elops saurus,
Hoplias malabaricus e Salmo trutta) foram usadas como grupo externo. Sessenta e dois
caracteres foram selecionados e, como resultado, seis árvores igualmente parcimoniosas foram
obtidas com 325 passos, índice de consistência (CI) de 0,2523 e índice de retenção (RI) de
0,4309. O consenso estrito é representado pela seguinte topologia: ((C. marocanus), (C.
brasiliensis, (H. malabaricus + S. diasii))) ((G. gaudryi, (C. macropoma + L. characiformis)), (K.
daguini), ((A. canadensis, (novo euteleósteo, (S. elegans + W. congolensis), (B. ouricuriensis + B.
marizalensis)), (L. spratiiformis, (S. scutata, (N. brevis + P. formosa))), (B. joneti), (O. leichi),
(H. operta + T. exspectatum), indicando que euteleósteos basais não formam um grupo
monofilético e que as atuais sinapomorfias propostas são insuficientes para suportar o grupo. / Teleostei is the most diversified group among vertebrates and its oldest record dates from
the Jurassic. It is currently divided into four clades, from which Euteleostei is the most derived
and varied one. Despite all the studies on this group, precise diagnosis, definition, and
composition are still lacking. The nine different phylogenetic hypotheses proposed in the last 30
years demonstrate the disagreement among authors. Several Cretaceous fossil fishes are assigned
to basal euteleosteans due to the lack of morphological data, whereas some others possess a
controversial taxonomic classification, and/or share anatomical features with basal euteleosteans.
In this context, the goals of the present dissertation are to verify the monophyly of basal
euteleosteans and to recover phylogenetic relationships within the taxa from Northeastern Brazil,
Africa, Europe, Asia, and North America assigned to basal euteleosteans. Seven Brazilian taxa
(i.e., Beurlenichthys ouricuriensis, Britoichthys marizalensis, Clupavus brasiliensis,
Santanasalmo elegans, Santanichthys diasii, Scombroclupeoides scutata, and new
euteleostean from the Pelotas Basin) and 14 from foregoing localities (i.e., Avitosmerus
canadensis, Barcarenichthys joneti, Chanoides macropoma, Clupavus maroccanus,
Gaudryella gaudryi, Humbertia operta, Kermichthys daguini, Leptolepides spratiiformis,
Lusitanichthys characiformis, Nybelinoides brevis, Orthogonikleithrus leichi, Pattersonella
formosa, Wenzichthys congolensis, and Tchernovichthys exspectatum) were analyzed by direct
observation, as well as by means of photographs, drawings, and descriptions. After that, these
taxa were submitted to a cladistic analysis using the principle of parsimony. Three living species
(i.e., Elops saurus, Hoplias malabaricus, and Salmo trutta) were chosen to the outgroup. Sixtytwo
characters were selected and, as a result, six equally parsimonious trees were obtained, with a
length of 325 steps, consistency index (CI) of 0.2523, and retention index (RI) of 0.4309. The
strict consensus tree is represented by the following topology: ((C. marocanus), (C. brasiliensis,
(H. malabaricus + S. diasii))) ((G. gaudryi, (C. macropoma + L. characiformis)), (K. daguini),
((A. canadensis, (new euteleostean, (S. elegans + W. congolensis), (B. ouricuriensis + B.
marizalensis)), (L. spratiiformis, (S. scutata, (N. brevis + P. formosa))), (B. joneti), (O. leichi),
(H. operta + T. exspectatum), indicating that basal euteleosteans are not a monophyletic group
and that the current synapomorphies are insufficient to support it.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:BDTD_UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:2347
Date18 February 2011
CreatorsAline Francisca Paineiras Delarmelina
ContributorsValéria Gallo da Silva, Francisco José de Figueiredo, Paulo Marques Machado Brito, Marise Sardenberg Salgado de Carvalho, Marcelo Ribeiro de Britto
PublisherUniversidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-graduação em Ecologia e Evolução, UERJ, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.004 seconds