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Previous issue date: 2008-02-22 / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais / Human activities, such as wood extraction, agriculture, pasture, forestry, mining practices and urbanization process have been responsible for the fragmentation and reduction in several pristine tropical forests. Many of these explored areas are abandoned after a time of use and a natural forest restoration process begins, resulting in secondary forest formations. Together with the process of vegetation restoration, the return of animal species may also occur. Thus, secondary forests at different restoration time may represent a successional gradient to animal and plant species. Among the animal groups, the ants, due to their high abundance and diversity, have been used as a model in ecological studies and suggested to assess the response of animal biodiversity to forest restoration process after different disturbances. Thus, our aim was to verify the response of ant communities to a successional gradient, testing two assumptions: (i) the response of ant species richness sampled at three microhabitats (arboreal, epigaeic and hypogaeic) is different from each other in a successional gradient; (ii) in each microhabitat the species composition (ant species frequency occurrence) changes along the successional gradient. We tested the following hypotheses to explain the possible changes on species richness and composition: (a) in a successional gradient there is an increase in resources and modifications of conditions that support the changes in species richness and frequency (the number of times that an ant species was collected) along the gradient; (b) in a successional gradient there is an increase of the structural and resource heterogeneity that represent an alternative way to support the changes in ant species richness and frequency occurrence. The sampling of the ants was carried out in Viçosa (MG) at eight areas at different restoration time. The areas, that represent a successionalgradient, were composed by a pasture in use and seven forest remnants at different restoration time ranging from 7 to 120 years. In each microhabitat we collected data that were used as surrogates of resources and conditions for ants. In all areas and microhabitats we sampled 77 ant species We did not find a significant relationship between ant species richness and restoration time in any of the microhabitats, however it was collected a higher average ant species richness at epigaeic microhabitat than in the others microhabitats. Arboreal ant species richness had a significant relationship with the interaction between heterogeneity of resources and conditions. Species composition of all microhabitats did not change with restoration time, but eight epigaeic ants increased their frequency with the restoration time and among them, four had a positive and significant relation with surrogates of resources and conditions of epigaeic microhabitat. The response of ant species richness may not be the best indicator of the response of ant communities to disturbance and restoration. Although ant species composition analysed by ant species frequency, that some species had a positive and significant relation with restoration time, a single method to assess the changes of composition is needed to allow comparative studies. Therefore, our data are relevant to understand the ecological process involved in the response of ant communities to a successional gradient. / Atividades humanas como extração de madeira, práticas agrossilvipastoris, mineração e o processo de urbanização têm sido responsáveis pela fragmentação e redução de florestas tropicais nativas. Porém, muitas das áreas exploradas, após determinado período de uso, são abandonadas e passam por um processo de recuperação natural resultando em formações de floresta secundária. Juntamente com a recuperação da vegetação há o retorno de espécies animais. Assim, áreas de floresta secundária em diferentes idades de recuperação representam um gradiente de sucessão vegetal e animal. Entre os animais, as formigas, devido à sua elevada diversidade e abundância, têm sido utilizadas como modelos de estudos ecológicos e sugeridas para avaliar a reposta da biodiversidade animal à recuperação das florestas a distúrbios diversos. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar a resposta de comunidades de formigas a um gradiente de sucessão. Foram testados os seguintes pressupostos: (i) a resposta da riqueza de espécies de formigas coletadas em diferentes microhabitats (arborícola, epigéico e hipogéico) é diferente a um gradiente de sucessão; (ii) em cada microhabitat há uma mudança da composição de espécies (freqüência de ocorrência das espécies de formigas) ao longo do gradiente de sucessão. As possíveis mudanças na riqueza e na composição de espécies de formigas ao longo do gradiente de sucessão foram explicadas pelas seguintes hipóteses: (a) em um gradiente de sucessão há um aumento da quantidade de recursos e uma modificação das condições que explicam as mudanças na riqueza e na freqüência de ocorrência (número de vezes que uma espécie de formigas foi coletada) ao longo do gradiente de sucessão; (b) em um gradiente de sucessão há um aumento da heterogeneidade estrutural e de recursos que representa uma explicação complementar para as mudanças na riqueza e na freqüência de ocorrência de determinadas espécies ao longo do gradiente de sucessão. As coletas de formigas foram realizadas em Viçosa (MG) em oito áreas com diferentes idades de recuperação. As áreas, que representam um gradiente de sucessão, consistiram em uma pastagem em uso e setes fragmentos florestais em que a idade de recuperação variou de sete a 120 anos. Em cada microhabitat foram coletadas estimativas dos recursos e condições utilizados pelas formigas. No total das áreas e microhabitats foram coletadas 77 espécies de formigas. Em nenhum dos microhabitats houve uma relação significativa entre riqueza de espécies e idade de recuperação, porém foi coletada uma maior riqueza média de espécies de formigas no microhabitat epigéico. A riqueza de espécies de formigas arborícola teve uma relação significativa com a interação entre a heterogeneidade de recursos e condições. A composição de espécies em todos os microhabitats não mudou em relação ao tempo de sucessão, no entanto oito espécies de formigas epigéicas tiveram um aumento de sua freqüência com o aumento da idade de recuperação, sendo que destas, quatro tiveram uma relação positiva e significativa com estimativas de recurso e condições. A riqueza de espécies de formigas possivelmente não é o melhor indicador da resposta de comunidades de formigas a distúrbios ambientais e a posterior recuperação destes. Embora a composição de espécies analisada através da freqüência de ocorrência das espécies que para algumas espécies teve uma relação positiva e significativa com o tempo de sucessão o fato de diferentes estudos apresentarem diferentes padrões de resposta desse parâmetro, esta necessita de um método de análise que permita comparações entre os estudos. Portanto, nossos dados são relevantes para o entendimento dos processos ecológicos envolvidos na resposta das comunidades de formigas à recuperação florestal.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/3866 |
Date | 22 February 2008 |
Creators | Schmidt, Fernando Augusto |
Contributors | Sperber, Carlos Frankl, Souza, Og Francisco Fonseca de, Schoereder, José Henrique, Carmo, Flávia Maria da Silva, Silva, Rogério Rosa da |
Publisher | Universidade Federal de Viçosa, Mestrado em Entomologia, UFV, BR, Ciência entomológica; Tecnologia entomológica |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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