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Previous issue date: 2017-08-30 / Pretende-se responder como as multiplicidades surdas são produzidas nas redes tecidas nos encontros surdo-surdo(s), problematizando os efeitos dessas reuniões nos espaços-tempos. Como procedimento teórico-metodológico, dispõe-se da filosofia da diferença em Deleuze e Guattari, passando pelo exercício de uma pesquisa voltada ao processo de (des) territorializações, conexões, rupturas, entre outras teorizações deleuzianas que impulsionaram a produção de conceitos específicos para este trabalho. Qualquer pessoa está em constante transformação. Os surdos produziram o que aqui se denomina Nós (surdos) e Eles (ouvintes). Em alguns momentos, existe a oportunidade de todos serem Nós , porém em constante vigilância. Os Nós constituem-se os agentes racionais os associáveis e os estranhos os não associáveis , os Eles . Também se realizam, a partir dos encontros no futebol, os encontros-amizades . Utiliza-se a metodologia cartográfica como modo de escrita e produção dos dados. Os sujeitos participantes, surdos que se encontram em diferentes espaços comunitários, são universitários, estudantes de ensino médio, surdos-professores e surdos que não concluíram seus estudos, em diferentes faixas etárias. Assim, entende-se que os encontros surdo-surdo (s) promovem as diferenças surdas que impulsionam as comunidade (s) surda (s) a serem formadoras de um espaço-tempo de produção linguística. Essas diferenças são possíveis devido a vários fatores, tanto de âmbito cognitivo quanto social, como também a influências a que cada um está ex-posto , seguindo seu fluxo onde lhe for mais confortável, possível e desejado. Compreende-se como comunidade (s) surda (s) os diferentes espaços de relação entre os sujeitos, não somente um modo específico de comunidade que engessa e iguala todos. Tal engessamento se dá pelas lutas políticas e por algumas ações que ditam um modo ideal de ser e estar sendo sujeito dessa ou daquela comunidade, ocasionando o apagamento das diferenças existentes o apagamento das diferenças surdas. Percebe-se, no entanto, que a comunidade surda se faz necessária, inclusive a necessidade da conversa que se estabelece com maior força no entremeio dessa comunidade espaço-tempo daqueles que têm algo em comum. Agenciadora de pessoas surdas, nela os encontros-amizades se realizam ainda como um espaço-tempo em que a maioria dos surdos desejam estar, porque têm a possibilidade do contato com seu par linguístico.
Palavras-chave: Comunidade surda. Surdos. Encontro.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/6854 |
Date | 30 August 2017 |
Creators | PIMENTA, B. M. |
Contributors | LEBEDEFF, T. B., ROBAINA, I. M. M., CELIO SOBRINHO, R., FERRACO, C. E., VIEIRA-MACHADO, L. M. C. |
Publisher | Universidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, UFES, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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