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Previous issue date: 2016-09-29 / O silenciamento é a interdição manifesta da circulação do sujeito pela decisão de um poder fortemente regulador. Uma vez que, no autoritarismo, o sujeito não pode ocupar diferentes posições, o que impõe ao mesmo a produção dos sentidos que não lhe são proibidos, resta, por meio da própria discursividade, o deslinde dos lugares de silêncio, para onde a materialidade do discurso escorre para significar. Nessa perspectiva, uma obra do cantor Ronie Von, produzida em 1968, em pleno contexto de acirramento da censura do governo militar brasileiro, mediada pela estética tropicalista, apresenta uma série de elementos pelos quais o silenciamento imposto à voz e à corporeidade do cantor, tanto por seus pares quanto pelo poder que imbricava o jogo mercadológico e as políticas do Estado autoritário, pode ser rompido pelos sentidos que escorrem nos vãos criados pelo jogo discursivo da própria obra e do seu cantor, ambos relegados ao silêncio.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/9169 |
Date | 29 September 2016 |
Creators | SOUZA, C. A. |
Contributors | SOARES, G. D. B., Valente, Heloísa de A. D., SOARES, L. E., DALVI, M. A., VERMES, V. M. |
Publisher | Universidade Federal do Espírito Santo, Doutorado em Letras, Programa de Pós-Graduação em Letras, UFES, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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