O objetivo do experimento foi avaliar o desempenho e a qualidade da carcaça de novilhos superprecoces submetidos a alturas de manejo de pastos de aveia preta e azevém anual (10, 20, 30 e 40 cm) e uma testemunha sem pastejo, bem como avaliar os efeitos dessas alturas de manejo sobre o estabelecimento e o rendimento da cultura de soja subseqüente. O experimento foi realizado na Fazenda do Espinilho, município de Tupanciretã, entre julho de 2004 e maio de 2005. Animais jovens com idade média de dez meses e peso inicial de 190 kg foram distribuídos num delineamento experimental de blocos ao acaso, com três repetições. As ofertas diárias de forragem para os tratamentos 10, 20, 30 e 40 cm foram, respectivamente, 8,8, 14,7, 29,0 e 48,9 kg de matéria seca/100 kg de peso vivo (PV). O ganho de peso por hectare foi superior nos tratamentos com menor altura de manejo, em decorrência da maior carga animal empregada, sendo 529,7, 489,5, 320,9 e 201,6 kg de PV/ha, para os respectivos tratamentos. O ganho médio diário e peso ao abate apresentaram resposta quadrática (P<0,05) conforme o incremento na altura do pasto. A deposição de gordura apresentou média de 3,8 mm e o rendimento médio de carcaça fria foi de 53,3% (P<0,05). As alturas reais do pasto ficaram próximas daquelas pretendidas, havendo um aumento linear da massa de forragem com o aumento das alturas de manejo do pasto. A taxa de acúmulo não foi afetada pelos tratamentos. A taxa de lotação apresentou resposta linear decrescente com o aumento da altura do pasto. A massa de forragem remanescente aumentou na medida em que houve incremento na altura de manejo do pasto. Foi observada diferença entre os tratamentos para palhada residual e estande inicial de plantas de soja, porém, essas diferenças não afetaram o rendimento de grãos da cultura. Concluiu-se que novilhos superprecoces atingem peso de abate e grau de acabamento adequados quando terminados em pastagem de inverno e suplementados no terço final do ciclo de pastejo. O melhor ganho médio diário foi obtido em altura entre 25 a 30 cm e a maior produção por área em 10 cm de altura. A utilização de pastos durante o inverno não prejudica o rendimento de grãos na cultura de soja subseqüente, possibilitando aumento da renda do produtor pela oportunidade de gerar receitas durante a entressafra da soja. / This trial aimed to evaluate the performance and carcass quality of “superprecoce” steers grazing oat and annual ryegrass pastures managed at 10, 20, 30 and 40 cm with a no grazing reference, as well as sward height management effects on soybean establishment and grain yield. The experiment was carried at Fazenda do Espinilho, Tupanciretã municipality, from July 2004 until May 2005. Young animals with 10 months on average and initial live weight of 190 kg were distributed in a randomized block design with three replicates. The daily herbage allowances were 8.8, 14.7, 29.0 and 48.9 kg of dry matter/100kg of live weight, respectively treatments. The live weight gain per hectare was superior in treatments with lower management heights, due to the greater stocking rate employed, being 529.7, 489.5, 320.9 and 201.6 kg of LW, respectively for the treatments 10, 20, 30 and 40cm height. The average daily gain and slaughter weight increased with pasture height being fitted by a quadratic model (P<0.05). The fat deposition and the medium dressing of cold carcass averaged 3.8mm and 53.3%, respectively (P<0.05). The actual sward heights were very similar to those previously intended. There was a linear increase in herbage mass with the increase of sward height. The pasture accumulation rate was not influenced by treatments. The stocking rate showed a decreased linear response with increasing sward height. Post grazing herbage mass increased with increasing sward height. Treatments had effect on initial soybean stand, but not in soybean yield. It was concluded that “superprecoce” steers can reache slaughter weight and adequately finishing degree when finished in winter cultivated pasture supplemented in final third of the grazing cycle. Better individual animal performance is obtained when pasture height ranges from 25 to 30 cm and animal production per hectare when the pasture was managed at 10 cm height. Results suggest grazing animals do not damage succeeding soybean crop, allowing farmers profitability enhancement during soybean intercropping.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume56.ufrgs.br:10183/15389 |
Date | January 2008 |
Creators | Lopes, Marília Lazzarotto Terra |
Contributors | Carvalho, Paulo Cesar de Faccio |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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