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A reforma psiquiátrica e seus rebatimentos sobre as famílias atendidas nos CAPS I da 20ª Regional de Saúde do Paraná / The psychiatric reform and its refutations on the families served in the CAPS I of the 20th Regional of Health of Paraná

Submitted by Marilene Donadel (marilene.donadel@unioeste.br) on 2019-01-22T16:01:13Z
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Previous issue date: 2018-08-29 / Currently, Mental Health care is the reflection of numerous discussions and changes that culminated in the Psychiatric Reform process, which aims to gradually replace Psychiatric Hospitals with community-based open services, such as the Psychosocial Care Center (PCC), considered one of the main provisions of Mental Health policy. The family institution was historically moved away from the person with mental disorder, but throughout the historical process and the changes in Mental Health Policy, this was taken as a partner in the care. In this context, the impacts generated by the need for family care for mental disorders are also related to the peculiarity of social policies in Brazil (generally, focalists, precarious and welfarist), and Mental Health, being one of these policies, does not escape its logic. As the PCC is a currently the strategic equipment of the Mental Health Policy, users and their families are key subjects to understand the problem to be researched, namely: To what extent the implementation of the Psychiatric Reform generates impacts on the families served in the PPC I of the 20th Regional of Health of Paraná? What are these impacts? Or, what kind of refuting were produced about the family in the face of the need to care for a member with mental disorder posed by the logic of family and community life in which the Psychiatric Reform is based? In order to respond to this research problem, this research proposal is carried out through the qualitative approach, through exploratory research. To do this, an empirical study is carried out by the research subjects: families of people with mental disorders treated in the PCC I of the municipalities of the 20th Regional Health Center of Paraná (cities of Assis Chateaubriand, Palotina, Guaíra, Marechal Cândido Rondon, and Santa Helena). The purpose of this study is to: seize, understand and analyze the refuting / impacts of the implementation of the Psychiatric Reform on the families served in the PCC I by the referred Health Region. The semi-structured interview is used as a methodology and the data are interpreted collected through the technique of content analysis. The results show that PCC I need to implement actions that address families as caregivers, but also need care. Despite insufficient family-directed activities, family members demonstrate satisfaction with the performance of PCC related to the treatment mental disorder patients. We conclude that the Psychiatric Reform as a process of tensions and contradictions, which permeate capitalist society itself, has its weaknesses; however, it is still a very important proposal for the construction of new forms of care and new relations between Family / User / Services. In spite of this importance, it is clear in the discourses of family members, the role of the family as a private agent of social protection, when assuming the functions of protection that the State should exercise, evidencing a family overloaded with the demands of care. It is hoped that this research allows important reflections for professionals and managers of Mental Health, once the approximation with the reality of the users of the PCC I and their relatives, relevant quantitative and qualitative data on the familiar coexistence was obtained, giving support for new interventions. / Atualmente, a assistência em Saúde Mental é o reflexo de inúmeras discussões e mudanças que culminaram no processo da Reforma Psiquiátrica, que visa à substituição gradativa dos Hospitais Psiquiátricos por serviços abertos de base comunitária, dentre eles o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), os quais são considerados um dos principais dispositivos da política de Saúde Mental. A instituição familiar foi historicamente afastada da pessoa com transtorno mental, mas ao longo do processo histórico e das mudanças na Política de Saúde Mental, essa foi tomada como parceira no cuidado. Nesse contexto, os impactos gerados pela necessidade do cuidado familiar do transtorno mental, relaciona-se também à peculiaridade das políticas sociais no Brasil (geralmente, focalistas, precarizadas e assistencialistas) e à Saúde Mental, sendo uma dessas políticas, não escapa à sua lógica. Frente a essa realidade, como os CAPS são atualmente os equipamentos estratégicos da Política de Saúde Mental, os usuários e suas famílias são sujeitos à chaves para se compreender a problemática que se quer pesquisar, a saber: Em que medida a implementação da Reforma Psiquiátrica gera impactos sobre as famílias atendidas nos CAPS I da 20ª Regional de Saúde do Paraná? Quais são esses impactos? Ou que tipo de rebatimentos foram produzidos sobre a família diante da necessidade do cuidado de um membro com transtorno mental posta pela lógica da convivência familiar e comunitária em que se pauta a Reforma Psiquiátrica? Para responder a tais perguntas de pesquisa, esta proposta investigativa realizou-se por meio da abordagem qualitativa, por meio da pesquisa exploratória. Para tanto, realizou-se um estudo empírico com os sujeitos da pesquisa: famílias de pessoas com transtorno mental atendidas nos CAPS I dos municípios da 20ª Regional de Saúde do Paraná (Assis Chateaubriand, Palotina, Guaíra, Marechal Cândido Rondon e Santa Helena). Objetivou-se, com este estudo, apreender, compreender e analisar os rebatimentos/impactos da implementação da Reforma Psiquiátrica sobre as famílias atendidas nos CAPS I da referida Regional de Saúde. Utilizou-se como metodologia a entrevista semiestruturada, os dados coletados foram analisados e interpretados por meio da técnica de análise de conteúdo. Os resultados obtidos revelaram que os CAPS I precisam implementar ações que atendam às famílias como sujeitos que cuidam, mas que também precisam de cuidado. Apesar da insuficiência de atividades direcionadas para a família, os familiares demostram satisfação com o trabalho que o CAPS realiza com as pessoas com transtorno mental. Conclui-se, com base nos dados, que a Reforma Psiquiátrica, na condição de um processo de tensões e contradições, as quais permeiam a própria sociedade capitalista, apresenta suas fragilidades; entretanto, ela não deixa de ser uma proposta importantíssima para a construção de novas formas de cuidado e novas relações entre Família/Usuário/Serviços. Não obstante, apesar dessa importância, ficou latente nos discursos dos familiares/cuidadores a família como agente privado de proteção social, ao assumir funções de proteção que o Estado deveria exercer, evidenciando-se uma família sobrecarregada com as demandas do cuidado. Espera-se que esta pesquisa possibilite reflexões importantes para os profissionais e gestores da Saúde Mental, uma vez que a aproximação com a realidade dos usuários dos CAPS I e seus familiares, levantou-se dados quantitativos e qualitativos relevantes sobre a convivência familiar, dando suporte para novas intervenções.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.unioeste.br:tede/4070
Date29 August 2018
CreatorsSalvalagio, Ana Rosa
ContributorsBatista, Maria Isabel Formoso Cardoso e Silva, Batista, Maria Isabel Formoso Cardoso e Silva, Coelho, Rejane Teixeira, Rosa, Lucia Cristina dos Santos
PublisherUniversidade Estadual do Oeste do Paraná, Toledo, -2624803687637593200, 500, Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, UNIOESTE, Brasil, Centro de Ciências Sociais Aplicadas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UNIOESTE, instname:Universidade Estadual do Oeste do Paraná, instacron:UNIOESTE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-5042336829439580540, 600, 600, 600, 8872935161184826606, 2185457497727260400

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