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Fatores biológicos e comportamentais que interferem na excitabilidade cortical de indivíduos saudáveis

Submitted by Ramon Santana (ramon.souza@ufpe.br) on 2015-03-13T19:31:20Z
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Previous issue date: 2014-03-12 / CAPES / Introdução: a estimulação magnética transcraniana (EMT) é uma
técnica de estimulação cortical segura e não invasiva que vem sendo
amplamente empregada como ferramenta na investigação da
fisiopatologia de distúrbios do sistema nervoso. De modo a permitir a
efetividade deste uso da EMT é importante evidenciar fatores que
rotineiramente podem estar associados com modificações da fisiologia,
mas que não sejam necessariamente indicativos de patologias.
Objetivo: observar se o nível de excitabilidade cortical do córtex motor
de sujeitos saudáveis, medido através da EMT sofre interferência de
fatores como sexo, idade, preferência manual, nível de atividade física,
índice de massa corporal (IMC), fase do ciclo menstrual, índices
glicêmicos e grau de estresse. Em adição, o estudo se propôs a avaliar à
assimetria entre os hemisférios. Metodologia: através de um estudo
transversal, 119 voluntários saudáveis foram convidados a responder um
questionário semi-estruturado para identificação de alguns fatores
biológicos e comportamentais (idade, sexo, peso, altura, data da última
menstruação e nível de atividade física). Em adição, a preferência
manual e o nível de estresse dos indivíduos foram identificados,
respectivamente, através do inventário de Edinburgh modificado e da
escala de percepção de estresse. O índice glicêmico foi medido através
de um glicosímetro. A EMT foi usada para identificar o limiar motor de
repouso (LMR) do músculo primeiro interósseo dorsal em ambos os
hemisférios e serviu como indicador do nível de excitabilidade cortical
dos voluntários. Resultados: a ANOVA de medidas repetidas revelou
um significante efeito principal do hemisfério (fator intra-sujeitos) (0,98 ≤
F ≤ 13,56; 0,0001 ≤ p ≤ 0,016), exceto para fases do ciclo menstrual
(F=2,58, p=0,11) e preferência manual (F =1,22, p=0,27), com valores de
LMR maiores no hemisfério não dominante quando comparado ao
hemisfério dominante. No entanto, não foi observado interação entre o
fator intra-sujeito e fator inter-sujeito (características entre os indivíduos)
para nenhuma das variáveis biológicas e comportamentais estudadas
(0,000 ≤ F ≤0,26, 0,13≤ p≤0,98). Com relação ao efeito principal para as características entre os sujeitos (fator inter-sujeito), só foi verificado
efeito significativo para idade (F=15,89, p <0.001), IMC (F = 6,19, p =
0,01) e nível de estresse (F=8,06, p = 0,005), com valores de LMR
maiores para os indivíduos mais velhos, sujeitos com IMC acima ou igual
a 25 kg/m2 e indivíduos estressados. Embora o grau de diferença
interhemisférica tenha variado (intervalo: 0,14 - 4,3) de acordo com a
característica do sujeito analisada, esta variação não foi significativa
(0,09 ≤p ≤ 0,87). Conclusão: foi constatado que LMR medido pela EMT
é influenciado por algumas características biológicas e comportamentais
do indivíduo e por isso, sua análise isolada na prática clínica pode
induzir a erros de interpretação. Por ser menos influenciada por fatores
externos, a diferença entre os níveis de excitabilidade interhemisférica é
uma medida mais segura para referir alteração na atividade cortical entre
os indivíduos.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/12641
Date12 March 2014
CreatorsChaves, Anna Paula Chagas
ContributorsSilva, Kátia Karina do Monte
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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