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Fé e prática entre os Kirishitan: jesuítas, franciscanos e as reações japonesas ao cristianismo / Faith and practice among the Kirishitan: jesuits, franciscans and the Japanese reactions to christianity

A missão cristã japonesa, iniciada com a chegada de Francisco Xavier ao arquipélago em 1549, inaugurou o chamado século cristão no Japão. Foi um período bastante conturbado na história japonesa: guerras civis quase ininterruptas vinham assolando o arquipélago há décadas e os generais que foram capazes de colocar fim ao contínuo estado de conflito militar e unificar o reino Oda Nobunaga e Toyotomi Hideyoshi não conseguiram fazer com que seus descendentes herdassem suas posições. Ao fim, o clã Tokugawa tomou o poder e inaugurou o regime militar que ficaria conhecido como Tokugawa Bakufu e duraria por mais de dois séculos e meio. Para que esse novo regime fosse possível, uma série de estruturas legitimadoras foram forjadas. Como resultado, o cristianismo foi interditado e os reinos ibéricos banidos e proibidos de retornar aos portos japoneses. As ordens missionárias europeias foram testemunhas de todo esse processo e buscaram até o fim negociar com esse poder em formação, na tentativa de manter a missão cristã ativa. Dentre elas, a Companhia de Jesus foi a que mais atuou no Japão; por mais de quatro décadas, teve assegurado o monopólio da missão japonesa. Em 1593, no entanto, os franciscanos espanhóis iniciaram sua atividade no arquipélago, a despeito da forte oposição jesuíta. O que se busca compreender neste trabalho, através dos escritos produzidos por estes missionários e de algumas obras dos japoneses acerca do cristianismo, é como jesuítas e franciscanos desenvolveram a missão cristã no contexto da unificação do Japão, e, por outro lado, a forma como os japoneses se apropriaram desse cristianismo, incluindo a reação que o mesmo causou nos círculos intelectuais dentro e fora do Bakufu. / archipelago, in 1549, inaugurated the so-called Christian Century in Japan. That was an eventful period in Japanese History: almost uninterrupted civil wars stroke the country for almost a century and the generals who were able to put an end to the continuous warfare and finally unify Japan Oda Nobunaga e Toyotomi Hideyoshi could not make their offspring successors to the positions they achieved. In the end, the Tokugawa house took the power and inaugurated the military regime that would become known as Tokugawa Bakufu and would last for the next two and a half centuries. In order to make this new regime possible, some new legitimizing structures were forged. As a result, Christianity was banned, and the Iberian kingdoms expelled and forbidden inside the archipelago. The European missionaries witnessed all this process and sought until the very end to negotiate with these powers, in an attempt to save the Christian mission. The Society of Jesus was the Catholic order that most worked in Japan. For more than four decades it held the monopoly over the Japanese mission. In 1593, however, the Spanish Franciscans began their activity in the archipelago, despite the Jesuit opposition. What this thesis aims to understand, through the writings of these missionaries and some works of the Japanese about Christianity, is how Jesuits and Franciscans developed the Christian mission in the context of the unification of Japan, the way the Japanese appropriated this Christianity and the reaction it caused in intellectual circles inside and outside the Bakufu.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-01032019-120246
Date11 October 2018
CreatorsBernabé, Renata Cabral
ContributorsZeron, Carlos Alberto de Moura Ribeiro
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTese de Doutorado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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