Return to search

Fitatos em farelo de arroz estabilizado e seu efeito repressor sobre a absorção de chumbo pelo rato

Orientador: Jaime Amaya Farfan / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos / Made available in DSpace on 2018-07-25T06:54:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Cuneo_Florencia_M.pdf: 3733757 bytes, checksum: c28841727be883e7d260cc79b5be3981 (MD5)
Previous issue date: 1999 / Resumo: O chumbo é um metal pesado de reconhecida toxicidade em humanos e a exposição para a população em geral, por meio dos alimentos e água, continua sendo preocupação dos órgãos de saúde. O grau de absorção e acúmulo de chumbo em animais envolve múltiplos fatores fisiológicos, químicos e nutricionais. As fibras e o ácido fítico já foram apontados como agentes protetores contra a contaminação com chumbo, diminuindo a absorção gastrointestinal e a retenção do metal no organismo. O farelo de arroz, subproduto da industrialização do arroz, além de conter grandes quantidades de fibra alimentar, distingue-se por constituir uma das maiores fontes naturais de ácido fítico. Neste trabalho, descreve-se o efeito da inclusão de farelo de arroz na dieta padrão para o rato, como fonte de ácido fítico, no acúmulo de chumbo em sangue, fígado, rim e osso. As dietas foram preparadas contendo dois níveis de fibra, quatro níveis de ácido fítico e contaminadas ou não com 160mg/Kg de PbO. Utilizou-se celulose micro-cristalina nas dietas controle (C), e farelo de arroz (F) ou farelo de arroz parcialmente desfitinizado (Fd) em diferentes níveis nas dietas com fitatos. Ratos machos Wistar (2 meses, 271 g) foram usados em dois experimentos. O experimento 1, consistiu de seis grupos (n = 7 x 6) recebendo: S (basal, AIN-93G, 5% de fibra celulósica), BF (igual a B, exceto que com 17% de F em lugar de celulose, para atingir 5% de fibra insolúvel), C5 (igual a B, mas contaminada), C1 (semelhante a C5, exceto que continha só 1,2% de fibra celulósica), F5 (igual a BF, contaminada), e F1 (semelhante a F5, exceto que continha 4,7% de F fornecendo 1,2% de fibra insolúvel). O experimento 2, consistiu de três grupos (n = 7 x 3) que receberam as dietas a saber: B (Basal), F+Fd (igual a F5, exceto que a fibra era fornecida, 50% por F e 50% por Fd) e Fd (igual a F5, exceto que a fibra era fornecida por Fd). Os níveis de Pb nos tecidos foram determinados por espectrometria de emissão atômica (ICP-AES). As frações de fosfato de inositol foram determinadas por CLAE no farelo de arroz estabilizado antes e após processo de desfitinização com fitase comercial de arroz. A fração de hexafosfato de inositol (ácido fítico) constitui, independentemente do processo de estabilização e desfitinização, a fração mais abundante no farelo. O tratamento de desfitinização com fitase comercial mostrou ser pouco eficiente na remoção de ácido fítico. Os valores de Pb no osso, fígado e rim para os animais com dietas F5, F+Fd e Fd foram significativamente inferiores (P O,05) aos dos animais com dietas C5 e C1. Os níveis de chumbo acumulado em rim e fígado, mostraram que a retenção por estes órgãos foi inversamente proporcional à quantidade de fitatos na dieta. O farelo, usado no nível mais baixo (4,7%), ainda mostrou efeito protetor para o organismo, em relação à celulose. Os níveis de Pb observados nos tecidos para a dieta F1 foram significativamente inferiores (P<0,05) àqueles da dieta C1. O acúmulo nos tecidos indica que o farelo de arroz em substituição a celulose, fornece ao rato maior proteção contra o envenenamento com chumbo e sugerem que o ácido fítico é fator determinante desse efeito benéfico. / Abstract: Lead is recognized as a toxic metal in humans and exposure of the general population through food and water remains a concern of public health authorities. The absorption and distribution of lead in animals involves various chemical, physiological and nutritional factors. Among those, dietary fiber and phytic acid have been proposed to prevent lead poisoning by lowering the gastrointestinal absorption and deposition of the heavy metal. Rice bran or rice polish is a by-product that contains both, unusually large quantities of phytic acid and significant amounts of fiber. The present work describes the effect on the uptake of lead by blood, liver, kidney and bone when stabilized rice bran is added to a standard rat diet as a source of phytic acid. Diets were prepared containing two levels of fiber and four levels of phytic acid. While fiber in the diets was supplied by either micro-cristalline cellulose (C), Control, or rice bran, the source of phytate was either the full-phytate (F) or partially dephytinized bran (Fd) in diets that were either straight or contaminated with 160mg/kg of lead as PbO. Male Wistar rats (two-months old, 271 g) were used in two experiments. For experiment 1, six groups (n = 7 x 6) received: B (basal, AIN-93G, 5% cellulose fiber), BF (same as B, but containing 17% of F instead of C, to provide 5% of insoluble fiber), C5 (same as B, but contaminated), C1 (similar to C5, except that contained 1.2% of C), F5 (same as BF, but contaminated), and F1 (similar to F5, except that contained 4.7% of F, supplying 1.2% insoluble fiber). Experiment 2, consisted of three groups, (n = 7 x 3), receiving: B, F+Fd (same as F5, except that the fiber proceeded 50% from F and 50% from Fd) and Fd (same as F5, except that the fiber was supplied by Fd, only). Lead contents in tissues were determined by atomic emission spectrometry (ICP-AES). The inositol phosphate fractions in the stabilized rice bran were determinated by HPLC before and after dephytinization with exogenous phytase. Inositol hexaphosphate (phytic acid) was the major fraction found in the bran, regardless of the processes. Removal of phytate by exogenous phytase proved to be a rather inefficient process Pb accumulation in femur, liver, and kidney of the animals fed diets F5, F+Fd and Fd were significantly lower (P < 0.05) than those consuming diets C5 e C1. The levels of the metal accumulated in kidney and liver showed that retention by these organs was inversely proportional to the quantity of phytate in the diet. Pb values observed in all tissues for diet F1 were significantly (P < 0.05) lower than for C1. Rice bran, when used at its lowest level (4.7%), showed to be effective as a dietary protecting agent, especially in relation to cellulose. Substituting rice bran for cellulose in the diet resulted in significant additional protection to the rat against dietary lead intoxication. The data suggest that phytic acid in rice bran is a determining factor in the prevention of lead absorption by the gut / Mestrado / Mestre em Ciência da Nutrição

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/254455
Date25 July 2018
CreatorsCuneo, Florencia
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Amaya-Farfán, Jaime, 1941-, Farfan, Jaime Amaya, 1941-, Domene, Semiramis Martins Alvares, Areas, Miguel Arcanjo
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia de Alimentos, Programa de Pós-Graduação em Ciência da Nutrição
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format90 p., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0025 seconds