Return to search

Moléculas bioativas de Moringa Oleifera: detecção, isolamento e caracterização

Made available in DSpace on 2014-06-12T15:55:09Z (GMT). No. of bitstreams: 2
arquivo5264_1.pdf: 2886740 bytes, checksum: 56c736feadc9b36ed9bc882bab5177fe (MD5)
license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
Previous issue date: 2007 / Moringa oleifera é uma planta tropical com grande importância econômica e de usos
industriais e medicinais. Diferentes partes da planta são aplicadas e o extrato de sementes é
comumente usado na purificação de água para consumo humano. Ácidos húmicos
constituem uma significante fração de matéria orgânica natural que ocorre em rios e
constituem o maior problema nas estações de tratamento de água, porque reagem com o
cloro formando subprodutos indesejáveis. O objetivo deste trabalho foi investigar a
atividade hemaglutinante (AH) em tecidos de M. oleifera, purificar uma lectina de sementes
solúvel em salina (SSMoL), avaliar a atividade coagulante de preparações lectínicas e
SSMoL na água tratada com caolin e em solução de ácido húmico, caracterizar a afinidade
de SSMoL com ácido húmico e investigar a atividade antioxidante em tecidos desta planta.
A lectina foi isolada após extração da farinha em NaCl 0,15 M e cromatografia em gel de
guar. Ensaios de AH foram realizados na presença de carboidratos, glicoproteínas, ácido
húmico e compostos orgânicos halogenados. Experimentos de difusão com o ácido húmico
e preparações lectínicas foram efetuados em gel de agarose. Atividade antioxidante foi
investigada em extratos etanólicos (E1) e salinos (E2) de M. oleifera a partir de flores,
raques da inflorescência e da folha, sementes, tecidos de folhas e tecido fundamental do
tronco. A capacidade de capturar radical livre (RSC) de extratos e padrões antioxidantes foi
determinada com dot-blots em placa de cromatografia em camada fina corada com solução
do radical 1,1-difenil-2-picrilhidrazil (DPPH) 0,4 mM. Ensaios espectrofotométricos foram
realizados (515 nm); extratos foram analisados com vários reagentes para classe de
compostos associados com atividade antioxidante. Atividade lectínica foi detectada em
extratos salinos a partir de flores, raque da inflorescência, sementes, tecido de folha e tecido
fundamental do tronco. SSMoL aglutinou eritrócitos de coelho e humanos e foi ativa na
faixa de pH 4,0 a 9,0. Também, AH de extratos de tecidos e SSMoL foram inibidas por
carboidratos e glicoproteínas; azocaseína e asialofetuína aboliram a AH de SSMoL. AH do
extrato, fração e SSMoL diminuiu significantemente na presença do ácido húmico.
Nenhum efeito foi observado na presença dos ácidos tricloroacético e dicloroacético ou
clorofórmio. Bandas de precipitação foram observadas através de difusão em gel entre
ácido húmico, preparações e SSMoL. A lectina básica foi termoestável a 100 °C durante 7horas. SDS-PAGE, em condições redutoras, revelou duas bandas. Preparações de sementes
e SSMoL apresentaram atividade coagulante similar ao controle positivo, sulfato de
alumínio. Componentes antioxidantes foram detectados em todos E1 e E2 de flores, raque
da inflorescência e tecido de folha por redução do DPPH após 30 min. Extrato de folha
mostrou melhor RSC; antioxidantes presentes em E2 reagiram mais lentamente com o
radical DPPH. Flavonóides foram detectados em E1 e E2; esteróides e triterpenóides foram
detectados em E1. O cromatograma revelado com solução metanólica difenilborinato-2-
etilamina (p/v) mostrou que flores, raques da inflorescência e da folha, bem como tecido de
folha de E1 continham pelo menos três flavonóides com os mesmos valores de Rf (0,18,
0,38 e 0,44, respectivamente). Flor e folha de E2 mostraram pelo menos dois flavonóides
(Rf 0,35, 0,63 e 0,16, 0,34, respectivamente). Quando DPPH foi usado para revelar o
cromatograma, a presença de componentes antioxidantes foi confirmada em todos os
extratos. Em conclusão, extratos de tecidos distintos de M. oleifera mostraram AH. Uma
lectina foi purificada usando um método simples, após definido o protocolo. Extrato, fração
e SSMoL mostraram propriedades coagulantes na água tratada com caolin e em solução de
ácido húmico. Resultados similares foram encontrados com o sulfato de alumínio, o mais
comum coagulante sintético usado no tratamento da água em todo mundo. Contudo,
preparações de sementes de M. oleifera e SSMoL podem ser aplicadas no tratamento da
água para remover ácidos húmicos. Extratos etanólicos e salinos de tecidos de M. oleifera
possuem componentes antioxidantes

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/2167
Date January 2007
Creatorsde Fátima Silva Santos, Andréa
ContributorsCassandra Breitenbach Barroso Coelho, Luana
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0023 seconds