Return to search

Novas conexões, velhos associativismos: projetos sociais em escolas de samba mirins

Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Nas comunidades, a transmissão se dá via oral. No samba não é diferente. Desde a fundação das escolas de samba, crianças e adolescentes participam ativamente, junto com as suas famílias, das atividades dessas escolas, inclusive do desfile carnavalesco. Essas crianças e adolescentes têm, há décadas, espaços próprios nas escolas de samba: a ala das crianças e mais recentemente escolinhas de mestre-sala e porta-bandeira, e participação em baterias mirins, trazendo perspectiva de profissionalização e de renovação nas próprias escolas e por fim, a criação, a partir de 1980, das escolas de samba mirins, que atualmente abrem o carnaval do Rio de Janeiro. Hoje há 16 escolas, agregadas em uma associação específica, majoritariamente derivadas das escolas mães, que trazem nos desfiles mais de vinte e cinco mil crianças e adolescentes na sexta-feira que antecede o Carnaval. As Escolas de Samba Mirins tentam inserir-se nas políticas sociais para a juventude, principalmente a pobre, para a promoção da cidadania e a revitalização do sentido de comunidade. Fundadas nas áreas mais antigas do Rio de Janeiro, principalmente a área de planejamento três os subúrbios onde se concentram, estas escolas de samba mirins mantém estreito laço com sua vizinhança, estimulando a sociabilidade, as relações intergeracionais e a construção da confiança, fundamental para o surgimento da eficácia coletiva e do desenvolvimento do capital social nestes espaços. Além disso, suprem a ausência de áreas de lazer e equipamentos culturais destes espaços, fortalecendo os laços com os vizinhos e amigos e evitando, de alguma maneira, que o tráfico de drogas violento fragmente
ainda mais a vida social e cultural da região. Nesse sentido, as escolas de samba mirins contribuem para a valorização da cultura carioca e se constituem enquanto proposta para promoção da saúde e prevenção da violência, principalmente a gerada pelo tráfico de drogas e a repressão policial contra este tráfico com um caráter desagregador nas vizinhanças onde essas escolas se organizaram originalmente. / In communities, the transmission occurs orally. Samba is no different. Since the founding of the samba schools, children and adolescents are actively involved, along with their families, the activities of these schools, including the carnival. These children and adolescents have, for decades, their own spaces in the schools of samba: the section for children and more recently small schools of feast and standard-bearer, and participation in junior batteries, bringing the perspective of professionalism and renewal in schools and Finally, the creation, from 1980, the samba school junior, who now open the carnival in Rio de Janeiro. Today there are 16 schools clustered in a specific association, mostly derived from the parent schools, bringing the shows over twenty-five thousand children and teenagers in the Friday preceding the Carnival. The Samba Schools Mirins try to insert themselves into the social policies for youth, especially the poor, for the promotion of citizenship and the revitalization of the sense of community. Founded in the oldest areas of Rio
de Janeiro, especially the planning area 3 - the suburbs - where they are concentrated, these samba schools junior maintain close ties with your neighborhood, encouraging sociability, intergenerational relationships and building trust is vital to the emergence of collective efficacy and social capital development in these areas. In addition, supply the absence of recreational areas and cultural facilities such space, strengthening ties with neighbors and friends and avoiding in some way, that drug trafficking violent shred further social and cultural life of the
region. In this sense, the samba schools junior contribute to the promotion of culture and Rio are as a proposal for health promotion and prevention of violence, mainly generated by drug trafficking and police repression against this scourge with a divisive character in the neighborhoods where these schools organized originally.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:BDTD_UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:1700
Date30 September 2009
CreatorsAna Paula Pereira da Gama Alves Ribeiro
ContributorsAlba Maria Zaluar, Célia Regina Pierantoni, Mário Francisco Giani Monteiro, Jorge da Silva, Maria Lina Leão Teixeira
PublisherUniversidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, UERJ, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0021 seconds