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Avaliação de risco de predação e comportamento de tamborilar em Trinomys yonenagae (Rodentia: Echimyidae)

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Dissertação Érica Sena_versão final.pdf: 1371703 bytes, checksum: 2e84ce56cee38a42e1602a632d630cda (MD5) / Cnpq / Trinomys yonenagae foi descrito por Rocha (1995) (Rodentia: Echimyidae, figura 1) e, desde então, é usado em estudos de autoecologia, ecofisiologia e comportamento (Manaf & Oliveira, 2000; Santos, 1999; Freitas et al, 2005). É uma espécie de roedor que se apresenta como interessante objeto de pesquisa por possuir características únicas que o diferenciam de outros membros de sua família.
Enquanto todas as outras espécies conhecidas de Trinomys e Proschimys são habitantes de ambientes florestados, T. yonenagae é endêmico das dunas do Médio São Francisco, Bahia (figura 2), uma região de caatinga. O ambiente das dunas resultou na seleção, em T. yonenagae, de características morfológicas típicas de roedores de deserto, como bula timpânica aumentada, patas traseiras alongadas, cauda com tufo de pêlos, locomoção ricocheteante, coloração críptica e redução da massa corporal (Rocha, 1991,1995). As demais espécies do grupo aparentemente possuem comportamento solitário, mas T. yonenagae possui comportamento gregário, vivendo em tocas comunais (Rocha, 1991), nas quais formam grupos com vários machos e fêmeas adultas (Santos, 2004), e há indícios de que pode apresentar cuidado compartilhado dos filhotes pelas fêmeas (Manaf, 2000). Os dados existentes para as demais espécies do gênero Trinomys e Proechimys sugerem a existência de territorialidade entre fêmeas, que não apresentam sobreposição de área domiciliar (Bergallo, 1994, 1995; Fleming 1971; Emmons, 1982; Aguilera, 1999). Assim, é possível que as pressões seletivas do ambiente das dunas, semelhante às de deserto, tenham levado ao aumento da socialidade da espécie, de modo similar ao grupo de roedores africanos da família Bathyergidae (Bennett & Faulkes, 2000; Faulkes et al, 1997; Jarvis et al, 1994).
Os sistemas de comunicação se desenvolvem em variados hábitats e condições sociais, razão
pela qual os sinais usados são produzidos, transmitidos e interpretados de diferentes maneiras (Randall, 1997). A comunicação sísmica, por meio da qual os animais transmitem informação através de sinais vibracionais, tem sido relatada para várias espécies de invertebrados e vertebrados (Randall, 1997). Tamborilar é um sinal sonoro não-vocal que contém componentes auditivos e sísmico, e que consiste em rápidas batidas das patas posteriores contra o substrato (Manaf, & Oliveira, 2000), sendo comum em roedores fossórios e semi-fossórios (Randall, 1994).
T. yonenagae apresenta um variado repertório sonoro vocal e não-vocal, e tamborilar tem sido observado, em laboratório, com os indivíduos mantidos em caixas separadas, bem como quando observado em colônias. Tal comportamento parece estar associado a reconhecimento individual e à defesa contra predadores. (Manaf & Oliveira, 2000). Entretanto, pouco se conhece sobre os eventos
relacionados à sua comunicação a ao papel do tamborilamento nessa espécie, pois ainda não foi feito um estudo sistemático correlacionando conhecimento sobre aspectos sociais e as modalidades sonoras e sísmicas exibidas em eventos de comunicação.
Essa dissertação é composta por dois capítulos, que foram escritos de acordo com a formatação indicada pelos jornais que temos interesse em publicar, de forma que, depois que sejam feitas as correções e modificações após a defesa, sejam rapidamente encaminhados.
O primeiro capítulo foi resultado dos testes pilotos, no qual queríamos saber que tipo de
estímulo faria com que o animal tamborilasse, e acabamos construindo um modelo de estudo sobre avaliação de risco de predação. Nosso objetivo foi comparar a resposta a dois tipos de estímulo (odor de uma serpente e a serpente viva), para verificarmos se existia uma modulação na resposta associada ao nível de risco.
No segundo capítulo nós avaliamos o contexto social do tamborilamento, as situações nas
quais os animais tamborilam: se em situações de interação interespecífica, na presença de um predador, ou se quando havia um coespecífico presente. Analisamos se a freqüência e as características sonoras do sinal se modificavam a depender do contexto, o que poderia qualificar o tamborilamento como um provável sinal de alarme. / Salvador, Bahia

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/12699
Date22 August 2013
CreatorsNeves, Érica Sena
ContributorsQueiroz, Álvaro João Magalhães de
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageEnglish
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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