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Previous issue date: 2015-02-27 / O presente trabalho teve por objetivo modelar o comportamento alimentar e caracterizar os abrigos de morcegos hematófagos, transmissores do vírus da raiva aos rebanhos, em 15 municípios situados na Zona da Mata de Minas Gerais e na Bacia do Rio Paraibuna, no entorno de Juiz de Fora, no período de fevereiro de 2012 a junho de 2014. Foram vistoriados 53 abrigos ativos de morcegos hematófagos e 180 propriedades para colheita de dados sobre os tipos de abrigos encontrados, uso da terra, tamanho de rebanho, ocorrência anterior de raiva no rebanho e a visualização de mordeduras de morcegos nos animais, utilizando aparelho de GPS para georreferenciamento. A pesquisa baseou-se em estudos de fisiologia dos quirópteros, pelo fato de que o morcego hematófago em geral teria baixa reserva energética, condição que supostamente poderia induzir a uma redução efetiva da área de trabalho no controle da população dessas espécies. Esta área, de acordo com normas oficiais, atualmente deve ser de 12 quilômetros de raio. Os dados foram reunidos em um sistema de informações geográficas utilizando programa de geoprocessamento para visualização e análise espacial. A análise dos fatores relacionados à ocorrência de raiva, distribuição dos abrigos de morcegos e mordeduras nos animais foi feita utilizando regressão logística e estatística espacial. Verificou-se que as propriedades com plantéis acima de 100 bovinos, com produção mista de leite e carne, com presença de abrigos de morcegos na propriedade e com histórico anterior e atual de mordeduras por morcegos apresentam significativamente (p<0,05) maior potencial de ocorrência de raiva; que na área de estudo, os morcegos hematófagos voavam 1.280 metros em média e no máximo 1.517 metros (p<0,05) para forrageamento. Confirma-se então que os morcegos hematófagos em uma região com relevo acidentado igual ao da área de estudo não teriam reservas energéticas para transpor grandes altitudes e distâncias e que os trabalhos de prevenção e controle da raiva e dos morcegos hematófagos poderiam ser reduzidos com segurança para apenas 3 quilômetros de raio a partir dos abrigos. O trabalho de controle populacional nos digestórios, que são os abrigos provisórios noturnos de morcegos hematófagos, é de fundamental importância. Deve-se, portanto, modificar as estratégias oficiais de controle da raiva e dos morcegos hematófagos para atendimento às questões regionais, utilizando o geoprocessamento e análise espacial, com a finalidade de se adequarem aos recursos humanos e financeiros disponíveis para a atividade. / The present paper aims at shaping the feeding behavior and characterizing shelters of vampire bats, transmitters of the rabies virus to herds, in 15 townships located in the Zona da Mata of Minas Gerais, Brazil, and Paraibuna River basin, surroundings of Juiz de Fora, between February of 2012 and June of 2014. Fifty-three active shelters of vampire bats were surveyed as well as 180 properties, for data collection on the types of shelters found besides land use, herd size, previous occurrence of rabies in the herd and visualization of bat bites in animals using a GPS device for georeferencing. The research was based on studies about the physiology of chiropterans, due to the fact that the vampire bat, in general, has low energy reserves, a condition that could lead to an effective reduction of the work area of control of the population of these species. That must currently have, according to official standards, a radius of 12 kilometers. The data were gathered in a geographic information system through the GIS (Geographic Information System) software for visualization and spatial analysis. Statistical analysis of the variables found in the inspected properties was performed using logistic regression. It was found by the occurrence of teeth marks in the animals through the studied area that the vampire bats could fly at a distance of 1280 meters on average and at most 1517 meters (p <0.05) for foraging. Also, it was found that having more than 100 cattle properties with mixed production of milk and meat, presence of bat shelters in the property and previous and current history of teeth markers by bats significantly present (p <0.05) greater potential for occurrence of rabies. It is confirmed then that the vampire bats in a region of mountainous relief would not have enough energy reserves to overstep high altitudes and distances and that the work of prevention and control of rabies and vampire bats could be reduced safely to only 3 km radius from the shelters. The work of population control in nocturnal roosts, which are temporary shelters of vampire bats, is of crucial importance. Therefore it is appropriate to modify the official strategies to control the rabies and vampire bats in order to address regional issues, using GIS and spatial analysis, with the purpose of fitting the human and financial resources available for the activity.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/6746 |
Date | 27 February 2015 |
Creators | Puga, Luciano Carlos Heringer Porcaro |
Contributors | Ribeiro, Carlos Antônio Álvares Soares, Silva Júnior, Abelardo, Bevilacqua, Paula Dias |
Publisher | Universidade Federal de Viçosa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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