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Previous issue date: 2014-10-30 / FACEPE (Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de
Pernambuco) CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico) / O aumento da população idosa tem levado a uma crescente incidência de
doenças neurodegenerativas em todo o mundo. O consumo de alimentos de origem
vegetal e o uso das propriedades terapêuticas de muitas plantas destacam-se desde
os primórdios da humanidade. Anacardium occidentale Linn, conhecido
popularmente como cajueiro, é uma árvore nativa do Norte e Nordeste do Brasil. Seu
pseudofruto possui elevado teor de vitamina A, do complexo B, C e compostos
fenólicos. O ácido anacárdico, composto fenólico obtido a partir do Anacardium
occidentale, possui propriedades terapêuticas tais como: antimicrobiana,
gastroprotetora, anticarcinogênica e anti-inflamatória. Evidências in vitro e in vivo
mostraram que tanto o Anacardium occidentale quanto o ácido anacárdico possuem
baixa toxicidade e efeitos antioxidantes, sugerindo potencial uso terapêutico.
Entretanto, nenhum desses estudos foi realizado para testar o efeito antioxidante da
administração sistêmica do Anacardium occidentale e ácido anacárdico no sistema
nervoso central em modelo experimental de doença de Parkinson. Neste estudo
hipotetizamos que Anacardium occidentale e ácido anacárdico podem exercer
neuroproteção no córtex cerebral e no sistema nigroestriatal contra o estresse
oxidativo induzido pela rotenona. Ratos adultos foram tratados por via oral com
extrato hidroetanólico de Anacardium occidentale (150 e 600 mg/kg), ácido
anacárdico (1-100 mg/kg) ou veículo, 1 hora antes da administração de rotenona (3
mg/kg) por via subcutânea durante 5 dias consecutivos. O comportamento dos
animais foi avaliado nos testes do campo aberto, rotarod, catatonia e labirinto em T.
Os sinais de neurodegeneração na substância negra, lipoperoxidação no sistema
nigroestriatal e córtex cerebral e dosagem da enzima superóxido dismutase total
também foram avaliados. Os grupos tratados com Anacardium occidentale e ácido
anacárdico melhoraram a neuromotricidade nos testes comportamentais e, nas
doses de 150 e 600 mg/kg de Anacardium occidentale no córtex, diminuíram a
lipoperoxidação, provocados pela rotenona, em 47 e 62%, respectivamente; no
estriado, em 32 e 56%, respectivamente; e na substância negra, na dose de 600
mg/kg, em 76%. O aumento da atividade da enzima superóxido dismutase total foi
detectada usando ácido anacárdico 25-100 mg/kg em todas as regiões analisadas.
Este aumento variou de acordo com a região, correspondendo a cerca de 80% na
substância negra, 53% no córtex cerebral e de 230% no corpo estriado. O ácido
anacárdico também diminuiu sinais de neurodegeneração provocados pela rotenona
na substância negra. A administração oral de Anacardium occidentale e ácido
anacárdico impediram a neurotoxicidade induzida pela rotenona em ratos, em parte,
devido à sua ação moduladora sobre a enzima superóxido dismutase total,
reduzindo neurodegeneração no sistema nigroestriatal e no córtex cerebral.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/11927 |
Date | 30 October 2014 |
Creators | Linard, Cybelle Façanha Barreto Medeiros |
Contributors | Lopes, Simone Sette, Wanderley, Almir Gonçalves |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Breton |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess |
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