Orientador: Telma Pileggi Vinha / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-08-27T09:21:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Silva_LiviaMariaFerreirada_D.pdf: 4102044 bytes, checksum: 8442c3c5e7cacf8c1dcffbe8cb7ea0d4 (MD5)
Previous issue date: 2014 / Resumo: Fundamentado na teoria piagetiana, este trabalho se constitui de um estudo qualitativo e quantitativo, que tem como objetivos identificar as causas, as estratégias empregadas e as finalizações dos conflitos interpessoais entre os alunos de oito e nove anos, bem como investigar diferenças nas formas como essas crianças resolvem os conflitos vividos e como julgam solucioná-los. Objetiva, ainda, comparar essas mesmas variáveis entre os alunos de três e quatro, e cinco e seis anos, participantes de um estudo anterior, análogo. A amostra foi constituída por 30 alunos do terceiro ano do Ensino Fundamental I de uma escola municipal do interior paulista, escolhidas por conveniência. Os dados foram coletados por meio de sessões de observação da rotina escolar no decorrer de um semestre letivo, totalizando 92 horas, sendo encerrado por saturação. Para avaliar como os alunos julgavam resolver conflitos, foram apresentadas, por meio de entrevistas clínicas, histórias em que se apresentavam conflitos hipotéticos, elaboradas com base na identificação das principais causas das desavenças entre as crianças. Foram encontradas diferenças significativas (P<0.001) entre os grupos etários pesquisados, sendo a disputa física a principal causa de conflito entre as crianças de três e quatro anos e de cinco e seis anos, porém, ela declina, significativamente, aos oito e nove anos, cedendo lugar à provocação e à reação ao comportamento perturbador. As estratégias físicas e impulsivas predominam nos grupos de três e quatro anos e no de cinco e seis anos, diminuindo, significativamente (P<0.001), aos oito e nove anos. Os participantes de oito e nove anos empregaram mais estratégias unilaterais do que os participantes dos outros dois grupos etários (P<0.001). Tais resultados indicam que as estratégias apresentam uma evolução no que se refere à tomada e coordenação de perspectiva, bem como maior autorregulação dos impulsos. Nas três faixas etárias estudadas, os conflitos foram principalmente abandonados, indicando a limitação das estratégias empregadas. Quanto à comparação entre o juízo e a ação, os alunos de três e quatro anos e de cinco e seis anos apresentaram estratégias mais sofisticadas na vivência dos conflitos reais, quando comparadas com as respostas emitidas nas entrevistas. Contudo, no grupo de crianças de oito e nove anos, as estratégias de resolução de conflitos mais evoluídas, em termos de competências psicossociais, foram apresentadas com maior frequência na resolução de conflitos hipotéticos do que nos conflitos reais vivenciados. Tais achados são coerentes com a teoria piagetiana a respeito da precocidade da ação em relação ao juízo nas crianças pré-operatórias e, paulatinamente, pelo processo de tomada de consciência, o juízo antecipa-se em relação à ação. A contribuição do estudo caracteriza-se, portanto, no detalhamento das evoluções da compreensão e da vivência dos conflitos interpessoais, oferecendo subsídios para o planejamento de intervenções mais afinadas com as necessidades próprias de cada faixa etária, favorecendo o desenvolvimento de estratégias de resolução de conflitos mais cooperativas / Abstract: Based on Piaget¿s theory aims at identifying the causes, this research is a qualitative and quantitative study, wich aim is to identify the causes, the strategies employed and the outcomes of interpersonal conflicts of students of 8th and 9th grades as well as investigating the differences in the ways these children solve them and how they understand their resolution. It also aims at comparing these variables among 3, 4, 5 and 6 year old students who were part of a similar previous study. The sample group was made of 30 students of the 3rd grade of Elementary School of a municipal school in the state of São Paulo, chosen by convenience. Data were collected in 92 hours of observation sessions of the school routine throughout a semester and were concluded by saturation. Evaluations were carried through clinical interviews, during which stories containing hypothetical conflicts were told based on identification of the main cause of conflict among children. Significant differences (P<0.001) were found among the age groups researched: among 3 and 4, and 5 and 6 year-olds, physical dispute is the main cause of conflict; there is a significant (P<0.001) decline in this data in 8 and 9 year-olds, being replaced by teasing and reaction to disturbing behavior. Physical and impulsive strategies were prevalent in the groups of 3 and 4 and 5 and 6 year olds decreasing significantly (P<0.001) in 8 and 9 year old participants. This group used more unilateral strategies than the participants of the two other age groups. These results indicate there is a development in the strategies concerning taking and coordination of perspective, as well as better self regulation of impulses. In the three age groups studied, conflicts were mainly abandoned, which indicates the limitation of strategies used. As to the comparison between judgment and action, 3 and 4, and 5 and 6 year old students showed more sophisticated strategies in the actual living of conflicts when compared to the answers given during interviews. However, in the 8 and 9 year-old group, solution strategies for conflicts were more developed in terms of psychosocial capacity in the resolution of hypothetical conflicts than in real ones. Such findings are coherent to Piaget¿s theory about action taking previous to judgment in pre-operational children who, gradually, as they develop self-awareness, let judgment precede action. Therefore, the contribution of the study was to detail the development of the understanding and living of interpersonal conflicts, which may help the planning of interventions that are more accurate for each age group, aiding the development of strategies for more cooperative conflict resolution / Doutorado / Psicologia Educacional / Doutora em Educação
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/254148 |
Date | 27 August 2018 |
Creators | Silva, Lívia Maria Ferreira da, 1976- |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Vinha, Telma Pileggi, 1968-, Menin, Maria Suzana de Stefano, Aragão, Ana Maria Falcão de, Tognetta, Luciene Regina Paulino, Brenelli, Rosely Palermo |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 233 p. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.003 seconds