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Efeito do metilmercúrio em girinos e recém-metamorfoseados de Physalaemos ephippifer (Steindachner, 1864) (Anura, Leptodactylidae)

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Previous issue date: 2016-11-23 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A contaminação por metais em anfíbios tem sido levada em consideração como um dos fatores que contribui para o declínio populacional desses animais. O mercúrio (Hg) é um contaminante ambiental que apresenta altos níveis de toxicidade. A sua forma orgânica, o metilmercúrio (MeHg), pode ser bioacumulável alcançando níveis elevados na cadeia trófica. Para as populações de anfíbios, a bioacumulação de metais se torna importante, pois esses animais podem ser difusores de MeHg do ambiente aquático para o ambiente terrestre devido ao seu ciclo de vida duplo. Concentrações de MeHg em altas doses podem provocar óbvios efeitos letárgicos e a mortalidade da larva do anfíbio, porém as dúvidas se desvelam em buscar conhecimentos quanto aos efeitos das doses sub-crônicas do MeHg. Portanto, a presente pesquisa tem por objetivo explorar os efeitos da exposição subcrônica do MeHg em um modelo experimental, a espécie Physalaemus ephippifer, descrevendo, identificando e caracterizando as possíveis alterações no desempenho físico das larvas e dos recém-metamorfoseados, além de alterações teratogênicas e alterações morfológicas no sistema nervoso e sensorial. Após o ensaio toxicológico, nas concentrações de 0,007μg/ml, 0,004 μg/ml, 0,0007 μg/ml e 0,0004 μg/ml e controle negativo, os animais foram analisados pelo emprego das técnicas de análise comportamental simulando fuga predatória, análises morfométricas e análises de microscopia de luz e eletrônica de varredura. A pesquisa revelou que as concentrações utilizadas não provocam debilidades locomotoras nos girinos e nem danos morfológicos anatômicos aparentes, porém, levam ao aparecimento de uma massiva quantidade de células com núcleos picnóticos nas áreas do cerebelo e tectum óptico. Tal alteração, que se mantém no indivíduo mesmo depois da metamorfose, leva a uma debilidade locomotora na concentração de 0,007μg/ml, no qual é também a concentração em que se observa um aumento da incidência de danos teratogênicos (má formação da córnea). Dessa maneira, concluiu-se que o MeHg é um agente neurotóxico e teratogênico para P. ephippifer e que tais características levam a um decréscimo na performance locomotora. O presente trabalho pode fornecer subsídios para a compreensão da ação do MeHg nas populações de anfíbios que convivem em ambientes em que este contaminante está presente como integrante do ecossistema. / The metal contamination in amphibians has been taken into account as one of the factors contributing to the population decline of these animals. The mercury (Hg) is an environmental contaminant showing high levels of toxicity. Its organic form, methylmercury (MeHg), may bioaccumulative reaching high levels in the trophic chain. For amphibian populations, bioaccumulation of metals is important once that such animals may be MeHg diffusers from the aquatic environment to the terrestrial environment because of their double life cycle. MeHg concentrations in high doses can cause obvious lethargic effects and larvae mortality of amphibious, however little is known about subchronic effects of MeHg doses. Therefore, the present research aims to explore the effects of subchronic exposure to MeHg in one experimental model, the species Physalaemus ephippifer, describing, identifying and characterizing the possible changes in physical performance of larvae and newly metamorphosed, in addition to teratogenic and morphological changes in the sensory and nervous system. After the toxicological test, with MeHg concentrations of 0.007 μg/ml, 0.004 μg/ml 0.0007 μg/ml and 0.0004 μg / ml and negative control, the animals were assessed by behavioral analysis simulating breakout predatory, morphometric and analysis in light microscopy and scanning electron microscopy. Our results revealed that MeHg concentrations did not induce locomotor weaknesses in tadpoles and nor apparent anatomical morphological damage, however, it induces the appearance of a massive cell count of pyknotic nuclei in the areas of the cerebellum and optic tectum. Such alteration, which remains in the animal even after metamorphosis, induces a locomotor weakness in concentration of 0,007μg/ml which is also the concentration where one increased teratogenic damage effect (corneal malformation) is observed. Therefore, we conclude that MeHg is a neurotoxic and teratogenic agent for P. ephippifer and that such features lead to one decrease in locomotor performance. The present work may contribute to the knowledge on effect of MeHg in amphibian populations that live in environments where this contaminant is present as member of the ecosystem.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpa.br:2011/8637
Date23 November 2016
CreatorsCASTELO BRANCO, Ailin
ContributorsBAHIA, Marcelo de Oliveira, BAHIA, Verônica Regina Lobato de Oliveira
PublisherUniversidade Federal do Pará, Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular, UFPA, Brasil, Instituto de Ciências Biológicas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPA, instname:Universidade Federal do Pará, instacron:UFPA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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