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A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE A LÍNGUA NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX NO BRASIL: O FUNCIONAMENTO DA CONTRADIÇÃO NO DISCURSO DO GRAMÁTICO / LA PRODUCTION DE LA CONNAISSANCE SUR LA LANGUE À LA MOITIÉ DU XXe SIÈCLE AU BRÉSIL: LE FONCTIONNEMENT DE LA CONTRADICTION DANS LE DISCOURS DU GRAMMAIRIEN

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Cette recherche s inscrit dans le domaine théorique de l Histoire des idées
linguistiques et de l analyse du discours ; son but est proposer une réflexion sur la
contradiction qui s établit entre les différentes prises de position du sujet grammairien
à produire la connaissance sur la langue. Pour développer cette problématique, nous
sélectionnons, en guise de corpus d analyse, trois grammaires brésiliennes de la
langue portugaise publiées à la moitié du XXe siècle : Gramática Normativa da
Língua Portuguesa, de Rocha Lima (1957), Gramática Resumida, de Celso Pedro
Luft (1960), e Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo Bechara (1961). Dans
ces grammaires, nous nous consacrons à comprendre comment se constitue la
contradiction entre les différents prises de position du sujet grammarien par rapport à
la saisie du même objet de la connaissance. Ainsi, la contradiction que nous nous
référons ici est celle qui se manifeste dans le fil du discours à être repris un énoncé
qui se réfère à une autre prise de position sujet. Pour comprendre comment se
constitue le fonctionnement de la contradiction dans le domaine du savoir
grammatical nous mobilisons essentiellement la notion de discours transverse et les
modalités de fonctionnement subjective (PÊCHEUX, 2009 [1988]). Avec ce dispositif
d'analyse, nous développons une réflexion pour comprendre comment il s établissent
les relations de contradiction entre les prises de position du sujet grammairien. À
partir de l'étude a développé, nous comprenons que la contradiction se constitue
entre les prises de position du sujet grammairien et se réfère à la façon singulier dont
le sujet appréhende son objet de connaissance. En outre, il faut considérer que la
prise de position du sujet, bien qu'il ne se chevauche pas à la reprise de position du
sujet dominante, est également régie par un processus d'identification, de sorte que
le sujet ne peut pas se jeter dehors de l'idéologie dont le domine. En ce sens, même
si le sujet ait l'illusion de l'autonomie sur leur dire (l oubli nº. 1) et qu il croie
(faussement) d être libre pour prendre position, le discours du sujet est déterminé
historiquement et idéologiquement par la position dans laquelle le sujet s inscrit. / A presente pesquisa, filiada à Análise de Discurso de linha francesa pecheuxtiana e
à História das Ideias Linguísticas, tem o objetivo de propor uma reflexão sobre a
contradição que se estabelece entre as diferentes tomadas de posição do sujeito
gramático ao produzir conhecimento sobre a língua. Para tanto, como ponto de
partida para a nossa reflexão, selecionamos três gramáticas publicadas em meados
do século XX, mais especificamente entre 1956 e 1961, a saber, Gramática
Normativa da Língua Portuguesa, de Rocha Lima (1957), Gramática Resumida,
de Celso Pedro Luft (1960), e Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo
Bechara (1961). Nessas gramáticas, dedicamo-nos a compreender como se
constitui a contradição entre as diferentes tomadas de posição de sujeito gramático
em relação à apreensão de um mesmo objeto de conhecimento. Desse modo, a
contradição que referimos aqui é aquela que se manifesta no fio do discurso ao ser
retomado um enunciado que remete a outra tomada de posição sujeito. Para
compreender como se constitui o funcionamento da contradição no interior do
domínio do saber gramatical, mobilizamos, principalmente, a noção de discursotransverso
e as modalidades de funcionamento subjetivo (PÊCHEUX, 2009 [1988]).
Com esse dispositivo de análise, desenvolvemos uma reflexão para compreender
como se estabelecem as relações de contradição entre as tomadas de posição do
sujeito gramático. A partir do estudo desenvolvido, compreendemos que a
contradição se constitui entre as tomadas de posição do sujeito gramático e remete
à forma singular como o sujeito apreende o seu objeto de conhecimento. Além disso,
é preciso considerar que a tomada de posição sujeito, ainda que não se sobreponha
à tomada de posição sujeito dominante, também é regida por um processo de
identificação, de modo que não é possível a esse sujeito lançar-se para fora da
ideologia que o domina. Nesse sentido, ainda que o sujeito tenha a ilusão da
autonomia sobre seu dizer (esquecimento nº. 1) e acredite (ilusoriamente) que é livre
para tomar posição, o seu discurso é determinado histórica e ideologicamente pela
posição na qual ele se inscreve.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsm.br:1/4001
Date18 May 2015
CreatorsCosta, Maria Iraci Sousa
ContributorsScherer, Amanda Eloina, Dias, Luiz Francisco, Agustini, Carmen Lucia Hernandes, Silveira, Verli Fátima Petri da
PublisherUniversidade Federal de Santa Maria, Programa de Pós-Graduação em Letras, UFSM, BR, Letras
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSM, instname:Universidade Federal de Santa Maria, instacron:UFSM
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
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