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A burla do corpo: estratégicas e políticas de criação

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A BURLA DO CORPO completa.pdf: 62838222 bytes, checksum: 5df21f041ac8b4a2f3da9784f8a8ee00 (MD5) / O corpo é o lugar onde as pesquisas artística e acadêmica se articulam para gerar questões
problematizadas. Neste trabalho, os horizontes metodológicos tem como base um pensamento
geográfico, espacial, que procura cartografar as noções que vão sendo construídas em
processo ao longo da pesquisa. Inspirada pelo pensamento de autores como Nietzsche,
Foucault, Susan Sontag, Oswald de Andrade, Cássia Lopes e Suely Rolnik, o corpo emerge
não somente como objeto, mas como o próprio agente do estudo. A burla – retirada de dentro
da moldura do gênero burlesco (visto principalmente em dicionários etimológico e de termos
literários, bem como em O Riso Burlesco, de Georges Minois, e na análise do movimento
New Burlesque) – aparece como uma estratégia de criação do corpo, que pretende operar a
partir de suas marcas (sendo algumas delas o gênero, visto por Judith Butler, bem como o
colonialismo e estereotipização, apontadas por Homi K. Bhabha, entre outras), dando
visibilidade e potência a características que estão impedidas de se desenvolver dentro dos
discursos da tradição racionalista e colonial. Percebe-se, através da descrição e análise de
alguns processos criativos (dos trabalhos Los Juegos Provechosos, 2009; Simpatia Full Time,
2008-2010; Burlescas, 2009; Salmon Nela, 2007; e Technomaravilha, 2010), que pontos de
bloqueio e aprisionamento dos estereótipos tornam-se evidentes quando o corpo está em
performance. Na burla do corpo, rompe-se com as lógicas e práticas normatizadoras, criando
possibilidades de reinvenção. O trabalho problematiza, além disso, certos engessamentos de
procedimentos e metodologias de criação no campo das artes cênicas (dança e teatro). Tais
pontos de fixidez também corroboram para a manutenção de concepções de corpo que, numa
prática artística comprometida politicamente, necessitam ser revistas e modificadas. A
pergunta de Espinosa, atualizada por Deleuze e Guattari – o que pode o corpo? – é uma
questão norteadora. Das práticas artísticas mencionadas (nas quais participei como
performer), emerge o corpo que chacoalha – borrando contornos e inaugurando uma erótica
própria ao ato performático (Massimo Canevacci). Esse chacoalhar torna-se um dos caminhos
possíveis para iniciar a burla do corpo. O corpo que burla é uma resposta criativa à pergunta
de como seria possível descolonizar o corpo, feita por André Lepecki, pois ele se torna um
caminho para a leitura crítica de dados culturais. / The body is the local where the artistic and the academic researches are articulated to generate
problematized issues in this work. Here, the methodological horizons are based on a
geographical thinking, in a spatial point of view, that seeks to drawing up cartographically the
concepts that are being built throughout the research process. Inspired by the thought of
authors such as Nietzsche, Foucault, Susan Sontag, Oswald de Andrade, Cassia Lopes and
Suely Rolnik, the body emerges not only as an object but as the subject in this study. The
burla – extracted from the frame of the burlesque genre (studied in etymological dictionary,
literary terms dictionary, in Georges Minois's article The Burlesque Laughter, as well on the
analysis of the New Burlesque movement) – appears like a strategy to the creation of the body
which want to operate from its scars (some of which are the gender, seen by Judith Butler, as
well as colonialism and stereotyping, highlighted by Homi K. Bhabha, among others), giving
visibility to potency and characteristics that are prevented from developing within the
discourses of colonial and rationalist tradition. It's possible to note through the description and
analysis of some creative processes (the works Los Juegos Provechosos, 2009; Simpatia Full
Time, 2008-2010; Burlescas, 2009; Salmon Nela, 2007; and Technomaravilha, 2010), the
blockade and entrapment points from the stereotypes that becomes evident when the body is
in performance. In the burla of the body, it breaks up with logical and normalizing practices,
creating possibilities for reinvention. This research discusses, in addition, a certain fixity of
procedures and methodologies in the field of the performing arts (dance and theater). Such
fixed points also supports for the maintenance of body conceptions that a politically engaged
art practice needs to review and modify. The question of Spinoza, updated by Deleuze and
Guattari – what can a body do? – is a north query. From the mentioned artistic practices (in
which I participated as a performer) emerges the shaking body – blurring boundaries and
inaugurating a peculiar erotica born in the performative act (Massimo Canevacci). This shake
becomes one of the possible ways to start the burla of the body. The body that does the burla
is one artistic answer to André Lepecki's issue how to revert the colonization of the body,
because it could be a way to read and to criticize cultural data.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/27102
Date19 March 2013
CreatorsSaidel, Giorgia Barbosa da Conceição
ContributorsLopes, Cássia Dolores Costa, Lopes, Cássia Dolores Costa, Fabião, Eleonora Batista, Silva, Hebe Alves da
PublisherEscola de Teatro, Programa de Pós-graduação em Artes Cênica, UFBA, brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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