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O papel macroeconômico das famílias e a geração de fragilidade financeira / The macroeconomic role of families and the generation of fincancial fragility

Orientador: Simone Silva de Deos / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia / Made available in DSpace on 2018-08-19T23:47:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: A crise iniciada nos EUA, em 2007, pode ser entendida como resultado da limitação e incapacidade de supervisão das autoridades do governo associadas à evolução de práticas e inovações inerentes à dinâmica do sistema financeiro, sobretudo por conta dos processos de desregulamentação e liberalização financeiras, em curso nas últimas décadas. Porém, a própria reversão e a lenta recuperação da economia americana têm destacado outros aspectos, entre eles, o de que as famílias estavam diretamente envolvidas na geração da fragilidade financeira que antecedeu a crise. O endividamento destes agentes é um dos elementos mais nítidos deste processo, contudo, tem recebido interpretações parciais e, por vezes, inconsistentes do ponto de vista agregado e das variáveis de fluxo e estoque. Neste ponto, a própria alavancagem do consumo poderia ser compreendida a partir de um processo mais amplo, tendo em vista a estrutura de passivos e ativos das famílias e a complexidade das decisões envolvidas. Assim, pode-se dizer que algumas das preocupações de Minsky concretizaram-se, entre elas, a de que as famílias, enquanto unidades econômicas caracterizadas por seus portfólios, também podem assumir posições financeiras crescentemente especulativas (expressas na relação entre renda e despesas financeiras, ou na relação ativo-passivo) e contribuir para a geração de fragilidade no sistema. Quando isso ocorre, num contexto de largo aprofundamento das finanças na economia, a ?ação financeira das famílias? não pode ser desconsiderada pela teoria, nem sua participação na demanda reduzida ao consumo corrente, ou ao consumo de ?bens-salário? financiado por crédito de curto prazo, sem a geração de maior impacto no sistema. Nesta dissertação defende-se que a fragilidade financeira das famílias contém uma importante dimensão patrimonial, evidenciada a partir da aquisição de ativos e de um longo processo de endividamento - o qual assumiu maior intensidade no ciclo de liquidez recente. Cabe ressaltar que, a gravidade da crise estaria, justamente, no fato de que famílias dos mais diferentes perfis de renda e riqueza, a partir da aquisição e financiamento de imóveis, passaram a apresentar posturas financeiras cada vez mais dependentes da dinâmica de preços dos ativos, sobretudo com a intensificação do endividamento frente à valorização imobiliária. Estes aspectos, portanto, justificariam a própria revisão do papel macroeconômico das famílias / Abstract: The financial crisis that began in 2007, in the U.S., can be understood as a result of restrictions and inability of the supervision and regulation of the State linked to the evolution of practices and financial innovation inherent to financial system operation, mainly due to the processes of financial deregulation and liberalization ongoing for decades. However, the reversion and sluggish recuperation of American economy have highlighted other aspects, among then, that families were directly involved in the creation of the financial fragility that preceded the crisis. The debt of these agents is one of the most visible elements of this process; nevertheless, has received restricted and, sometimes, inconsistent interpretations in terms of the aggregated and stock and flow variables. At this point, the leveraged consumption could be understood from a more sophisticated process in view of the structure of liabilities and assets of families and the complex nature of decisions involved. Thus, one can state that some of Minsky's concerns were realized, among them, that households, as economics units characterized by their portfolios, can also assume increasingly speculative financial positions (expressed in the relation between income and financial expenditure, or asset-liability ratio) and contribute to the generation of fragility in the system. When this happen in a context of large and pervasive spreading of the financial dimension in the economy, ?the family's financial action? can not be ignored by the theory, or its participation in the demand be reduced to everyday consumption, or consumption of ?wage goods? financed by short-term credit, without greater impact on the system. This thesis is defended that the financial fragility of households has a significant dimension sheet, which can be seen by the acquisition of assets and the long process of composition of the ineptness - which has gained more intensity in the recent liquidity cycle. Moreover, the severity of the crisis is precisely in the fact that families from the most distinct income and wealth levels, through acquisition and finance of houses, has showed financing postures even more dependent to the price's asset volatility, over all, with the increase of the accumulation of debts through the process of inflation these assets. Thus, these aspects allow the review of the macroeconomic role of the families / Mestrado / Ciências Economicas / Mestre em Ciências Econômicas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/286086
Date19 August 2018
CreatorsRosa, Everton Sotto Tibiriçá, 1984-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Deos, Simone Silva de, 1968-, Braga, José Carlos de Souza, Amado, Adriana Moreira
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Economia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Econômicas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format127 p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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