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Ser enfermeiro negro na perspectiva da transculturalidade do cuidado / Being Black Nurses in the Transcultural Care Perspective.

O presente estudo teve como objetivo central descrever questões da identidade do ser enfermeiro negro formado pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, a partir da perspectiva da Teoria da Enfermagem Transcultural através da análise de situações de preconceito vividas por esses enfermeiros frente a sua escolha profissional, sua formação acadêmica e a sua inserção no mercado de trabalho. Por ser o presente trabalho de natureza descritiva, histórico-social e exploratória, optou-se pelo método da História Oral, que é um método de pesquisa que utiliza a técnica da entrevista e outros procedimentos articulados entre si, no registro de narrativa da experiência humana. Optou-se também pelo método da História Oral Temática pelo fato desse ser um método que possibilita que as pessoas falem livremente, em seus respectivos contextos. A Escola de Enfermagem da USP formou, no período de 1947 a 2006, 2.886 enfermeiros, dos quais, 128 se declararam como não brancos. Foram localizados, no estado de São Paulo, 45 dos acima identificados, dos quais 14 cederam entrevistas para a presente investigação. Pode-se observar que a terminologia moreno(a) foi a mais utilizada para a autodeclaração e que, dos entrevistados, todos afirmam ter sofrido preconceito racial em algum momento de suas trajetórias de vida, em especial de forma velada, forma essa mais difícil de ser enfrentada. A presente investigação propiciou fazer da História uma atividade mais democrática a cargo das próprias comunidades, uma vez que permitiu construir a História a partir das próprias palavras daqueles que a vivenciaram e que participaram de um determinado período, mediante suas referências e, também, do seu imaginário, possibilitando o registro de reminiscências das memórias individuais ou a reinterpretação do passado. / This study aimed to describe the central issues of being a black nurse graduated by the School of Nursing, University of São Paulo, from the perspective of the Theory of Transcultural Nursing trough the analysis situations of prejudice experienced by these nurses facing their career choice, their academic training and their integration into the labor market. As the study has a descriptive, historical, social and exploratory character, was chosen the method of Oral History, which is a method that uses the interview and other processes linked together in the narrative record of human experience. It was also chosen the method of Oral History Thematic considering the fact that this method helps people to speak freely in their respective contexts. The School of Nursing graduated, in the period of 1947 to 2006, 2,886 nurses, of which 128 identified themselves as non-whites. Located, in the state of São Paulo, 45 of the above identified, of which 14 were interviewed for this research. It was noted that the terminology \"moreno\" was the most used for self reporting and that of those interviewed, all stated have suffered racial discrimination at some point in their life trajectories, especially in hidden form, which is the harder form to face. This research led to a more democratic history over the view of its own communities, because it allows the construction of history from the very words of those who participated and experienced, in a given period of time, through its references and imagination, allowing the registration of reminiscences of individual memories or the reinterpretation of the past.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-13012011-164618
Date17 December 2010
CreatorsBonini, Bárbara Barrionuevo
ContributorsFreitas, Genival Fernandes de
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeDissertação de Mestrado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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