A pesquisa partiu da seguinte pergunta matriz: Existem políticas públicas para a cultura do campo no Brasil? O trabalho exigiu um entendimento de natureza teórico-conceitual sobre as políticas culturais e a cultura do campo, partindo de referenciais dispersos que possibilitariam um olhar crítico para o que pudesse ser encontrado em um trabalho empírico. Os referenciais utilizados foram articulados na perspectiva de uma consciência das relações de poder e dominação que influenciam e desafiam a realidade analisada. Por sua vez, o trabalho empírico procurou levantar e discutir as ações culturais do Estado brasileiro que abrangem ou estão voltadas para as populações rurais. A pesquisa verificou que não há no país nenhuma política sistemática pensada especificamente para a cultura do campo. O que existe são ações e programas com objetivos de outra natureza que acabam abrangendo o desenvolvimento cultural das populações campesinas. Considerando que cerca de 30 milhões de pessoas vivem no campo, pode-se afirmar que: i) os apoios existentes às práticas culturais rurais são escassos perto da demanda existente e enfrentam inúmeras dificuldades para se desenvolver; ii) as políticas culturais predominantes em geral as leis de incentivo à cultura são distantes da realidade das populações rurais; iii) há caminhos consistentes para o desenvolvimento da dimensão cultural do campo, que precisam ser crescentemente e continuamente aprofundados na perspectiva de promover mudanças culturais com capacidade de transformar as estruturas de dominação e exploração da realidade brasileira / The research started from the following matrix question: Arte there public policies for the countryside culture in Brazil? The work required an understanding of theoretical-conceptual nature of cultural policies and the rural culture, from scattered references that would enable a critical look at what could be found in an empirical research . The references it used were articulated from the perspective of an awareness of the relations of power and domination that influence and challenge the reality analyzed. In turn, the empirical research sought to raise and discuss the cultural actions of Brazilian State that include or are focused on rural populations. The research found that there is no systematic policy in the country designed specifically for the rural culture. There are only actions and programs, with other goals, that end up covering the cultural development of peasant populations. Considering that around 30 million people live in the countryside, it can be stated that: i) the existing support to rural cultural practices are scarce in relation to the existing demand and face many difficulties to be developed; ii) the prevailing cultural policies in general - laws to encourage culture - are far from the reality of rural communities; iii) there is consistent paths for the development of the cultural dimension of the countryside which need to be increasingly and continuously deepened so as to promote cultural changes with the capacity to transform structures of domination and exploitation within Brazilian reality
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-11042016-102427 |
Date | 15 September 2015 |
Creators | Pinto, Viviane Cristina |
Contributors | Ortellado, Pablo |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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