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Previous issue date: 2012-02-28 / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / O conhecimento atual da diversidade de moluscos terrestres não leva em consideração a
variabilidade intra e interespecífica, principalmente no que diz respeito a espécies de clima
tropical, como é o caso de Subulina octona. A associação entre análises morfométricas e
moleculares, ambas inéditas para estudos em S. octona, tem permitido a identificação de
táxons e a compreensão de suas relações. No presente estudo, foi observada variabilidade na
concha, no sistema reprodutor, na coloração corporal e na estrutura molecular com base na
COI do DNA mitocondrial de populações de S. octona. A análise morfométrica ao longo do
desenvolvimento demonstrou que a variabilidade intrapopulacional diminuiu ao longo do
desenvolvimento dos moluscos e foi maior nas populações com dois fenótipos de coloração
corporal. O componente que melhor explicou a variabilidade na maior parte da vida foi o
comprimento da concha, seguido pela largura da abertura. Como a distância geográfica não
explicou a variação na forma da concha, acredita-se que possa estar havendo um considerável
fluxo gênico por ação antrópica e que a seleção esteja atuando modelando os padrões
morfométricos na espécie. O fato de os padrões de crescimento e a forma final da concha na
idade adulta terem variado entre populações mesmo em condições idênticas de criação,
demonstra o importante papel da determinação genética. A anatomia do sistema reprodutor foi
semelhante entre populações, mas a morfometria foi variável entre indivíduos e entre
populações. Dentro das populações a porção masculina do sistema reprodutor foi mais
variável que a feminina, conforme esperado para estruturas que sofrem seleção sexual. Já
entre populações, a maior diferença foi observada na porção feminina. O sistema reprodutor
foi mais variável que a concha, porém apresentando compatibilidade entre as populações
quanto à forma das estruturas. A diferenciação morfométrica e fenotípica para coloração
corporal não foram corroboradas pela variação molecular uma vez que indivíduos com
mesmo haplótipo COI foram variáveis para concha e cor da massa cefalopodal. O modelo de
evolução neutra das sequências foi aceito para as amostras analisadas apesar de nem todas as
mutações serem silenciosas, destacando o papel da deriva na evolução da espécie. A baixa
variabilidade de algumas populações pode ser reflexo da forte endogamia, devido à baixa
capacidade de dispersão e capacidade de autofecundação da espécie, a despeito do fluxo
gênico via dispersão passiva por ação antrópica. Foi observada estruturação genética para uma
das populações, por apresentar um haplótipo exclusivo e formação de uma linhagem
diferenciada no dendrograma de Máxima Verossimilhança. As diferentes linhagens
apresentaram diferenças morfométricas para estruturas reprodutivas que evidenciam a
evolução independente das linhagens. Tais observações devem ser investigadas com mais
detalhes a fim de confirmar a existência de espécies crípticas. A análise da diversidade
encontrada no presente estudo forneceu ainda subsídios para pesquisas posteriores que visem
esclarecer sobre a origem de S. octona. / Current knowledge of the diversity of terrestrial molluscs does not take into account the intraand
interspecific variability, particularly with regard to species from tropical climates, as is
the case of Subulina octona. The association between morphometric and molecular analysis,
which remain unpublished for studies in S. octona, has allowed the identification of taxa and
understanding of their relationships. In the present study, we observed variability in the shell,
reproductive system, body color and molecular structure based on COI of mitochondrial DNA
between populations of S. octona. Morphometric analysis along development showed that
within-population variability decreased during the development of molluscs and was higher in
populations with two body color phenotypes. The best component to explain the variability in
most of lifetime was the shell length, followed by the opening width. Because the geographic
distance does not explain the variation in shell shape, we believe that there may
be considerable gene flow favored by human activities and that the selection may be shaping
the morphometric patterns in this species. The interpopulation variation in growth patterns
and shell shape in adulthood, even under identical rearing conditions, shows the important
role of genetic determination. The anatomy of reproductive system was similar between
populations, but the morphology was variable between individuals and populations. Within
populations, the male portion of the reproductive system was more variable than the female
portion, as expected for structures that are under sexual selection. Among populations, the
largest difference was observed in the female portion. The reproductive system was more
variable than the shell, but showed interpopulation compatibility for the shape of
structures. Morphometric and body color phenotypic differentiation were not corroborated by
molecular variation since individuals with the same COI haplotype were variable to shell
shape and color head-foot mass. The neutral evolution model of sequences has been accepted
for the samples analyzed even though not all mutations are silent, highlighting the role of drift
in the species evolution. The low variability of some populations may reflect the strong
inbreeding due to low dispersal ability and capacity of selfing species, in spite of gene flow
via passive dispersal by human activities. We observed a genetic structure of populations,
because it presents a unique haplotype and form a distinct lineage in the maximum likelihood
dendrograma. Different lineages showed morphometric differences in reproductive structures,
which show their independent evolution. These observations must be investigated in more
detail to confirm the existence of cryptic species. The analysis of the diversity found in this
study also provided grants for further research aimed at shedding light on the origin of S.
octona.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/1549 |
Date | 28 February 2012 |
Creators | Santos, Tércia Vargas dos |
Contributors | Paula, Sthefane D’ávila de Oliveira e, Solferini, Vera Nisaka, Jannotti-Passos, Liana Konovaloff |
Publisher | Universidade Federal de Juiz de Fora, Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal, UFJF, Brasil, ICB – Instituto de Ciências Biológicas |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFJF, instname:Universidade Federal de Juiz de Fora, instacron:UFJF |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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