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Coletivos juvenis e transição para vida adulta: desafios vividos por jovens da cidade de São Paulo / Youth collectives and transition to adult life: challenges faced by young people in the city of São Paulo

Em que medida a participação dos jovens nos coletivos juvenis afeta, e como afeta, os modos de transição para a vida adulta na atualidade? Esta foi a pergunta norteadora desta pesquisa, que se apoiou em uma abordagem qualitativa, por meio da realização de entrevistas compreensivas com 30 indivíduos jovens, sendo 17 homens e 13 mulheres, na faixa etária de 19 a 31 anos, participantes e ex-participantes de diferentes formas associativas juvenis da cidade de São Paulo. A pesquisa constatou que os processos de transição para a vida adulta são marcados por idas e vindas (PAIS, 2001) e identificou que a experiência nos grupos trouxe novos desafios para os jovens no trânsito para a vida adulta, em especial no campo do trabalho e da independência pessoal. A presença nos coletivos afetou as individualidades jovens nas suas diferentes gramáticas: do suporte, da identidade e do respeito (MARTUCCELLI, 2007). Possibilitou, também, forjar uma nova forma de viver a adultez, pautada na criatividade e no engajamento. Participar dos coletivos juvenis não afetou somente a transição, mas possibilitou reconfigurar o início da vida adulta, que ganhou novos contornos. Por fim, a pesquisa inferiu que as fronteiras entre ser jovem e ser adulto não são fixas e nem delimitadas de modo rígido, mas elásticas e porosas, o que permite aos indivíduos circularem entre os dois mundos no mesmo tempo histórico: são jovens que vivem a adultez e adultos que carregam consigo as experiências e o modo de vida de jovens. / In which way the participation of young people in youth collectives affect, and how does it, the modes of transition to adulthood today? This was the guiding question of this research, which was based on a qualitative approach, through the comprehensive interviews with 30 young individuals, 17 men and 13 women, in the age group of 19 to 31 years old, participants and former participants of different youth associations in the city of São Paulo. The survey has shown that the transition process to adult life are marked by comings and goings (PAIS, 2001) and identified that group experiences has brought new challenges for young people on the road to adulthood, especially in professional life and personal independence. The presence in the collective affected the young individuals in their different grammars: from support, identity and respect (MARTUCCELLI, 2007). Also provided to forge a new way of living adulthood, based on creativity and engagement. Participating in the youth groups did not only affect the transition, but allowed to reconfigure the beginning of adult life, which has gained new contours. Finally, the research inferred that the boundaries between being young and being an adult are not fixed or bounded in a rigid mode, but elastic and porous, allowing individuals to move between the two worlds at the same historical time: they are young people living adulthood and adults who carry the experiences and way of life of young people.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-14122018-101805
Date05 October 2018
CreatorsSilva, Fernanda Arantes e
ContributorsEsposito, Marilia Pontes
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTese de Doutorado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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