Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Geografia. / Made available in DSpace on 2012-10-23T19:57:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1
251456.pdf: 10989500 bytes, checksum: ead496e35a460867c4a9924f286596ea (MD5) / O modo de produção capitalista engendra sua negação a partir do desenvolvimento das forças produtivas, eminentemente sociais e coletivizadas a partir da ampliação da escala de cooperação. Embora a reprodução do capital engendre as condições materiais e sociais para sua superação, contraditoriamente, as condições atuais mostram a dificuldade/ impossibilidade crescente de os homens reproduzirem sua existência, mesmo como seres biológicos. As opções para reproduzir a força de trabalho como mercadoria se esgotam e a repetição de formas históricas passadas é impossibilitada em função do desenvolvimento das forças produtivas. Para superar o problema de efetivar a vida no presente os homens utilizam nexos coletivos solidários e cooperativos, os quais evidenciam o esgotamento da potencialidade do modo de produção capitalista. Estudamos estes nexos na cidade de El Alto, Bolívia, em que as formas de organização social resgatam práticas indígenas do passado. Estas são o grande sustento da articulação social alteña, onde o espaço se constrói a partir da dinâmica das juntas de vizinhos. Desta forma, a organização social edifica espaços públicos, como escolas, praças, ruas, calçadas, redes de esgoto, sendo sua ação central na habitação do local. Observamos também a recuperação da lógica coletiva comunitária na articulação das manifestações e levantamentos sociais, na materialização de serviços públicos (luz, água) e da Universidade Pública de El Alto (UPEA), na Feira 16 de Julho, nas festividades e na gestão da segurança dos bairros. Esta luta pela efetivação material da vida presente indica que o problema da subsistência e da efetivação da vida é um problema comum. Assim, nosso estudo busca desvelar os elementos que apontam para uma sociedade superior à capitalista, nos experimentos dos homens reais. Nossa visão da geografia é a de uma geografia em movimento que aponta para a formação de espaços, que apresentam elementos de uma sociedade superior à capitalista, mas que ainda não são esta sociedade superior, conformando espaços transitórios. Nossa base teórica é a tese de pós-doutoramento do Professor Idaleto Aued Malvezzi, que, fundamentada em Karl Marx, formula a passagem do capitalismo para uma forma de produção superior, dinâmica em que se manifesta a geografia do espaço transitório.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/91216 |
Date | January 2008 |
Creators | Macchiavello, Fiorella |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Aued, Idaleto Malvezzi |
Publisher | Florianópolis, SC |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 183 f.| il., grafs., tabs. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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