Made available in DSpace on 2014-06-12T18:32:03Z (GMT). No. of bitstreams: 2
arquivo3365_1.pdf: 1976266 bytes, checksum: e619c2820091832cb8b629c0a3e1853c (MD5)
license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
Previous issue date: 2007 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O período do Estado Novo (1937-1945) caracterizou-se por um momento de organização social,
baseado na moralidade e religiosidade expressadas através da família. Neste contexto, a psiquiatria
encontrou espaço para seu desenvolvimento, atuando juntamente ao governo, de forma que a ordem
fosse preservada a partir não mais de um simples processo de exclusão, mas da prevenção e
reintegração da loucura. Este processo foi trabalhado de acordo com a teoria genealógica de Michel
Foucault, que vê a loucura como algo que não possuí natureza ou essência própria, mas um
sentido que lhe é conferido por determinados grupos sociais em cada período. Neste sentido,
procurou-se estudar as formas pelas quais os diversos grupos sócio-culturais representantes da
população do Recife viram-se alvos da perseguição policial e médica. A partir do estudos de artigos
da época, elaborados pela própria psiquiatria (tanto com fins científicos como instrutivos), além dos
próprios prontuários psiquiátricos (que podem fornecer informações preciosas até mesmo a partir de
sua estrutura de dados), a loucura foi sendo traçada como a desobediência dos padrões
estabelecidos, no que se referia a aspectos físicos (aparência), pensamentos e comportamentos. Foi
possível perceber como os papéis sociais dos membros da família foram sendo traçados a partir da
questão da infância; como a atuação de mulheres rebeldes mediante uma ideologia de vida que
lhes era imposta foram tomadas como as principais causas de seus internamentos, além das formas
que a sociedade utilizou para lidar com elas (o próprio internamento e os tratamentos corretivos
que lhes eram aplicados); e como os moradores dos mangues foram sendo associados às mais
diversas formas de psicopatias, que variavam do fato de viverem na marginalidade à crença em
cultos de origem africana e o uso do álcool. É dentro desta perspectiva de estudo, que estes aspectos
considerados inadequados e intoleráveis acabaram por se mostrar como a real vivencia da loucura (e
não apenas seus aspectos orgânicos), durante o Estado Novo
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/7406 |
Date | January 2007 |
Creators | Concepta Padovan, Maria |
Contributors | Paulette Yves Rufino Dabat, Christine |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0022 seconds