Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas. / Made available in DSpace on 2012-10-20T20:33:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
198536.pdf: 3504783 bytes, checksum: 63b08f7bc61061186324d78e779573e5 (MD5) / Esta pesquisa trata de verificar se as características teóricas, metodológicas e instrumentais da extensão rural em microbacias hidrográficas em Santa Catarina apresentam sinais de uma possível passagem do paradigma da "gestão de recursos naturais" ao paradigma do "ecodesenvolvimento". Para isso analisa o contexto histórico da extensão rural com o objetivo de captar as evoluções que apresenta em relação ao manejo do meio ambiente, que podem ser tomadas como indicativos de uma mudança paradigmática. O primeiro capítulo apresenta uma revisão das teorias que influenciaram o desenvolvimento rural convencional e aquelas que estão convergindo para a formação das bases teóricas do desenvolvimento rural sustentável. O segundo capítulo caracteriza os "paradigmas do manejo do meio ambiente no desenvolvimento" e algumas noções que são fundamentais ao ecodesenvolvimento. A partir dessa construção teórica a pesquisa apresenta uma análise do contexto histórico da extensão rural em relação ao manejo do meio ambiente, desde a sua origem aos dias atuais, sob três dimensões: a macroanálise aborda a extensão rural no nível nacional; a mesoanálise aborda a extensão rural no nível estadual e a microanálise analisa a experiência de extensão rural em microbacias hidrográficas incluindo o relato do "Projeto Piloto FAO/EPAGRI" tomado neste estudo como uma estratégia aproximada de "gestão integrada dos recursos naturais e do meio ambiente" ou de "gestão ambiental" de acordo com a definição do MMA para a construção da Agenda 21 brasileira. A verificação das hipóteses mostra que, embora a extensão rural em microbacias hidrográficas represente uma indiscutível contribuição em relação à melhoria da qualidade dos sistemas ecológicos e sociais no meio rural catarinense, não pode ser tomada ainda como uma estratégia "efetiva" de gestão integrada dos recursos naturais e do meio ambiente. Contudo, se percebe algumas evoluções nesse sentido, especialmente a partir do lançamento do Projeto PRAPEM Microbacias 2. Com o futuro da sociedade catarinense sendo determinado pelos modos de gestão dos recursos naturais e do meio ambiente, nos damos conta de que as transformações que a extensão rural pública e estatal experimentou até agora são insuficientes para enfrentar os problemas demandados por uma relação sociedade-natureza cada vez mais complexa. Desta forma, para se adequar às exigências que vem sendo feitas pelos pressupostos do ecodesenvolvimento, a extensão rural em microbacias hidrográficas deverá passar por mudanças mais profundas em suas concepções teóricas, metodológicas e instrumentais. A pesquisa revela ainda que alguns sinais desta mudança podem ser observados nas experiências locais de Extensão Rural em Microbacias Hidrográficas, em especial no Projeto Piloto FAO/EPAGRI e na sua ampliação representada pelo Plano Municipal de Desenvolvimento Sustável de Rancho Queimado.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/85601 |
Date | January 2003 |
Creators | Simon, Alvaro Afonso |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Scheibe, Luiz Fernando |
Publisher | Florianópolis, SC |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 429 f.| il., tabs. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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