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Previous issue date: 2016-08-16 / O propofol é um dos fármacos mais utilizados na prática clínica do anestesiologista. O principio ativo do propofol é insolúvel em água, portanto, para permitir sua difusão nos compartimentos biológicos sem o comprometimento das propriedades anestésicas, utilizou-se, inicialmente, como veículo, óleo vegetal. Nesta emulsão o propofol fica dissolvido na fase- óleo sob a forma de pequenas partículas formando uma dispersão coloidal. As complicações resultantes são: dor a injeção, acidose metabólica, hipertrigliceridemia, e possível rabdomiólise com insuficiência renal. Uma nova formulação do propofol com finalidade de proporcionar maior conforto ao paciente, na busca de superar ou minimizar estes efeitos indesejáveis, principalmente o da dor à injeção, foi proposta, baseada em microemulsões, em substituição à emulsão lipídica. Objetivos: Comparar a incidência de inflamação após a infusão de propofol em dose única e em infusão contínua com o diluente emulsão lipídica (EL) ou com diluente em microemulsão (ME). Estudar o efeito do propofol com ambos os diluentes sobre os aspectos bioquímicos, a pressão arterial média (PAM), a pressão venosa central (PVC), o Sódio e o Potássio plasmáticos além de variáveis teciduais através da microscopia ótica e microscopia eletrônica. Método: Os animais foram divididos em sete grupos de 6 animais, sendo: Grupo SHA – 6 coelhos que receberam apenas o tratamento cirúrgico; Grupo Controle-Infusão em bolus (CRB) – 6 coelhos que receberam solução fisiológica 3mL EV; Grupo ControleInfusão Contínua (CRI) – 6 coelhos que receberam 3 mL de solução fisiológica, seguida da infusão contínua no volume de 0,05 mL/kg/min, por 60 minutos EV; Grupo Propofol EL em bolus (PEB) – 6 coelhos que receberam propofol em emulsão lipídica (3 mg/kg) em bolus EV; Grupo Propofol ME em bolus (PMB) – 6 coelhos que receberam propofol em microemulsão (3 mg/kg) em bolus EV; Grupo Propofol EL contínuo (PEC) – 6 coelhos que receberam propofol em emulsão lipídica, 3 mg/kg em bolus, e em seguida infusão contínua de 0,2 mg/kg/min EV por 60 minutos; Grupo Propofol ME contínuo (PMC) – 6 coelhos que receberam propofol em microemulsão, 3 mg/kg em bolus, e em seguida infusão contínua de 0,2 mg/kg/min EV por 60 minutos. Foram estudados atributos hemodinâmicos e sanguíneos, durante 4 momentos: M0, 15 minutos após o término da preparação cirúrgica; M1, 5 minutos após a infusão em bolus do propofol ou do soro fisiológico nos grupos CRB, CRI, PEB e PMB ou 5 minutos após o início da infusão contínua nos grupos PEC e PMC; M2,15 minutos após a infusão em bolus do propofol ou do soro fisiológico nos grupos CRB, CRI, PEB e PMB ou 15 minutos após o início da infusão contínua nos grupos PEC e PMC; M3,60 minutos após a infusão em bolus do propofol ou do soro fisiológico nos grupos CRB, CRI, PEB e PMB ou 60 minutos após o início da infusão contínua nos grupos PEC e PMC, momento que correspondeu ao término do estudo e sacrifício dos animais por sobredose de anestésicos. A análise estatística dos resultados foi efetuada utilizando-se programa computacional em linguagem BASIC, empregando-se a Análise de Perfil (MORRISON, 1967), com os testes das hipóteses. Para as variáveis que apresentaram distribuição normal e homogeneidade de variâncias será utilizada a análise de perfil, caso contrário será realizado o teste de Friedman para comparação dos momentos em cada grupo e o teste de Kruskal Wallis para comparação dos grupos em cada momento. Resultados: Os grupos foram homogêneos quanto aos parâmetros estudados, diferindo apenas na quantidade de IL-6 plasmática quando se utilizou diluente microemulsificado. Os achados de microscopia eletrônica tiveram comportamento muito próximo ao observado na microscopia ótica, com tendência de maior reação inflamatória com o uso do diluente micro-emulsificado. Conclusões: Nas condições experimentais empregadas no presente estudo, não foi observada diferença estatisticamente significante entre os grupos com o uso de diluentes com emulsão lipídica, microemulsão ou soro fisiológico. Houve, apenas, uma tendência do grupo submetido ao propofol microemulsificado de ter uma maior intensidade de células inflamatórias. / Propofol is currently the agent of choice for both induction and maintenance of general anesthesia. This study compared the incidence of endothelial injury after single-dose or continuous propofol infusion in conventional lipid-based emulsion (EL) versus microemulsion (ME), and also assessed the inflammatory effects caused by both propofol formulations. Method: Forty-two rabbits (2.5- 4.5 Kg) were randomly allocated into 7 groups of 6 animals each and treated as follows: SHAM– surgical treatment alone; Bolus Control Group –3 mLintravenous (IV) bolus of saline; Continous Infusion Control Group–3 mL- IV bolus of saline followed by a continuous infusion of 0.2 ml/kg/min for 60 min; Bolus LE Propofol Group –IV bolus of LE propofol (3 mg/kg); Bolus ME Propofol Group–IV ME propofol bolus (3 mg/kg); Continuous LE Propofol Group– IV LE propofol bolus (3 mg/kg) followed by a continuous infusion of 0.2 ml/kg/min for 60 min; Continuous ME Propofol Group– IV ME propofol bolus (3 mg/kg) followed by a continuous infusion of 0.2 ml/kg/min for 60 min. Hemodynamic and blood parameters were recorded at 4 time points. Results: The groups investigated were found to be homogeneous with regard to the parameters assessed, except for IL-6 plasma concentration, which differed among them when propofol microemulsion was used. The findings of electron microscopy were very close to the behavior observed in optical microscopy , with a trend towards greater inflammatory reaction with the use of micro- emulsified diluent. Conclusions: Under the experimental conditions of this study, no statistically significant difference was observed among groups when saline, lipid emulsion or microemulsion solvents were used. However, the group receiving propofol in microemulsion tended to show a greater number of damaged cells.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unesp.br:11449/143846 |
Date | 16 August 2016 |
Creators | Paço, Cristian Durço [UNESP] |
Contributors | Universidade Estadual Paulista (UNESP), Vane, Luiz Antonio [UNESP] |
Publisher | Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UNESP, instname:Universidade Estadual Paulista, instacron:UNESP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Relation | 600 |
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