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Fatores de risco para doenças crônica degenerativas não transmissíveis em pacientes com esquistossomose crônica

Submitted by Eduardo Barros de Almeida Silva (eduardo.philippe@ufpe.br) on 2015-04-17T11:57:39Z
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Previous issue date: 2013 / A esquistossomose é uma doença parasitária presente em regiões de climas tropicais e
subtropicais. Aproximadamente 200 milhões de pessoas ao redor do mundo estão
infectadas pela doença. A fase crônica é caracterizada por comprometimento de órgãos
e tecidos principalmente fígado e baço. A forma hepatoesplênica (HS) é o estágio mais
avançado, no qual se observam maiores danos no parênquima hepático, hipertensão
portal e congestão hepática. Em muitos pacientes na forma HS se faz necessária cirurgia
de esplenectomia (pacientes HSS). Na forma HS, ocorrem grandes alterações no
metabolismo de lipídios. Alterações lipídicas são consideradas importantes fatores de
risco para Doenças Crônica Degenerativas Não Transmissíveis (DCDNT) tais como
diabetes mellitus, resistência insulínica (RI) e doenças cardiovasculares (DCV). Além
disso, fatores genéticos também podem influenciar no padrão e grau de alteração
lipídicas. O polimorfismo do gene da Apolipoproteína E (Apo E) tem sido reportado
como um importante fator contributivo para alterações lipídicas. O objetivo deste estudo
foi investigar em pacientes esquistossomóticos a ocorrência de fatores de risco para
DCDNT tais como RI e dislipidemias bem como a influência do polimorfismo do gene
da Apo E nas alterações lipídicas. Para tanto foram obtidas amostras de plasma
sangüíneo de indivíduos HS e HSS bem como de indivíduos saudáveis. Foram
determinadas as concentrações plasmáticas de insulina e glicose de jejum, triglicerídios,
HDL-c, VLDL-c, LDL-c, colesterol total, LDL-oxidada, Albumina, transaminase
glutâmico oxalacética (TGO), transaminase glutâmico pirúvica (TGP), fosfatase alcalina
e gama glutaril transferase (GGT). Além de terem sido determinados os valores de
HOMA-IR e da razão triglicerídios por HDL-c para acessar a resistência e os índices de
Castelli para acessar o risco de desenvolver DCV, além de extrair DNA leucocitário
para determinar o polimorfismo do gene da Apo E. Os indivíduos HS e HSS
apresentaram níveis mais elevados de LDL-oxidada, das enzimas hepáticas, bem como
da glicemia e insulina de jejum e HOMA-IR, além de níveis mais baixos de Colesterol,
triglicerídios e albumina, quando comparado ao grupo controle. Não houve diferença
significativa da razão triglicerídios/HDL-c, bem como dos índices de Castelli entre os
grupos. O polimorfismo do gene da Apo E também influenciou na maneira pela qual a
esquistossomose modula o metabolismo de lipídios. Desta maneira, os resultados
demonstraram que os indivíduos portadores da esquistossomose crônica apresentaram
alterações no metabolismo lipídico, elevadas concentrações de LDL-oxidada e um
quadro de resistência insulínica. Estes, por sua vez, representam importantes fatores de
risco para o desenvolvimento de DCDNTs.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/13259
Date31 January 2013
CreatorsPimenta Filho, Adenor Almeida, Pimenta Filho, Adenor Almeida
ContributorsLima, Vera Lúcia de Menezes
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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