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Prevalência das alterações do metabolismo mineral e ósseo em pacientes com doença renal crônica em terapia renal substitutiva – um estudo em centros de nefrologia da AMICEN

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Previous issue date: 2015-08-13 / Introdução: A doença renal crônica (DRC) dialítica é um problema de saúde pública crescente
em todo o mundo, inclusive no Brasil, onde segundo dados do Inquérito Brasileiro de Diálise
Crônica 2013 estimava-se 100.397 pacientes em terapia renal substitutiva (TRS) com a
prevalência 499 pacientes por milhão. Na fisiopatologia da doença renal crônica, observa-se a
presença de complicações e comorbidades (anemia, hiperfosfatemia, acidose metabólica
crônica, dentre outros). Uma das comorbidades relacionadas à DRC, que se destaca é o
Distúrbio Mineral e Ósseo (DMO-DRC), que consiste em uma síndrome que engloba as
alterações clínicas, bioquímicas (relativas ao cálcio, fósforo, paratormônio e vitamina D) e
ósseas (relativas à remodelação, mineralização e volume ósseo), além das relacionadas a
calcificações extra ósseas e aos distúrbios cardiovasculares. Não são do nosso conhecimento,
estudos nacionais que avaliem as alterações do metabolismo mineral e ósseo, o uso de quelantes
de fósforo (carbonato de cálcio, acetato de cálcio e sevelamer), o uso de vitamina D e análogos
(calcitriol e alfacalcidol), uso de ativadores seletivos dos receptores de vitamina D (paricalcitol)
e o uso de calcimiméticos (cinacalcete) na população com DRC em hemodiálise e diálise
peritoneal. O objetivo primário deste estudo foi avaliar a prevalência das alterações no
metabolismo mineral ósseo e o uso de drogas relacionadas em uma população de pacientes com
doença renal crônica em hemodiálise e diálise peritoneal. Como objetivo secundário, avaliar as
metas de controle dos parâmetros bioquímicos sugeridos pelas diretrizes do KDIGO. Pacientes
e Métodos: Estudo transversal com 1134 pacientes pertencentes a 11 centros de nefrologia da
Associação Mineira dos Centros de Nefrologia (AMICEN) no período de julho/novembro de
2013, maiores de 18 anos, com um mínimo de 3 meses em diálise, com pelo menos uma
dosagem de PTHi em 2013. Realizada uma análise descritiva e a população foi separada por
níveis de PTHi (as faixas de PTHi foram baseadas no KDOKI, KDIGO e estudo argentino de
Douthat et al) para comparação de dados sociodemográficos, clínicos e laboratoriais entre os
grupos. Para determinar as variáveis que influenciaram no nível de PTHi foi realizada uma
análise de regressão linear. Resultados: A idade média foi 53,7±14,4 anos, 55,6% masculino,
48% brancos. A principal etiologia foi nefropatia hipertensiva (40,9%). Haviam 1071 pacientes
em hemodiálise e 63 em dialise peritoneal. A prevalência de PTHi<150 pg/ml foi 23,4% e >600
pg/ml foi 27,1%. Comparando os grupos de PTHi, quanto maior a idade, menor o nível
(60,4±14,9 vs 51,4±13,2, p < 0,0001). Doença renal diabética apresentavam maior prevalência
de PTHi <150 pg/ml (27,6%) e menor prevalência de PTH >1000 pg/ml (2,4%). O carbonato
de cálcio foi usado por 50,5% e 14,7 % usavam quelantes não cálcicos. Mais de 40% utilizavam
vitamina D, análogos ou ativadores seletivos de receptor, calcimimético foi utilizado em 3,5%.
A hiperfosfatemia estava presente em 35,8% e a hipofosfatemia em 13,5%. Na regressão linear
houve uma associação negativa significante entre o PTHi, idade e diabetes mellitus. O tempo
de terapia apresentou uma associação significantemente positiva com os níveis de PTHi. O tipo
de terapia não apresentou significância estatística. Conclusão: A prevalência de pacientes fora
da meta do PTHi baseado no KDIGO foi 50,5%. Alta prevalência de hiperfosfatemia e baixo
uso de vitamina D e ativadores seletivos assim como calcimiméticos. Estes dados chamam a
atenção para necessidade de maior aderência às diretrizes e políticas públicas para fornecimento
de medicações relacionadas à DMO-DRC. / Introduction: The dialytic chronic kidney disease (CKD) is a growing public health problem
worldwide, including Brazil, according to Brazilian Chronic Dialysis Survey 2013 it was
estimated 100,397 patients on renal replacement therapy (RRT) with the prevalence 499
patients per million. In CKD, there are a complications and comorbidities (anemia,
hyperphosphatemia, chronic metabolic acidosis, among others). One of the comorbidities
associated to CKD is the mineral and bone disorder (CKD-MBD), a syndrome, which
encompasses clinical, biochemical (calcium, phosphate, parathyroid hormone, and vitamin D
related) and bone abnormalities (bone remodeling, mineralization, and bone volume related),
in addition to the comorbidities associated with extra-skeletal calcification and cardiovascular
disturbances. As far, we know there are not national studies assessing changes mineral and bone
metabolism, the use of phosphate binders (calcium carbonate, calcium acetate and sevelamer),
the use of vitamin D and analogues (calcitriol and alfacalcidol), use vitamin D selective receptor
activators (paricalcitol) and the use of calcimimetic (cinacalcet) in individuals with CKD in
hemodialysis and peritoneal dialysis. The primary aim of this study was to evaluate the
prevalence, biochemical profile, and drugs associated with CKD-MBD in these patients. The
secondary aim was to compare the KDIGO targets with our results. Patients and methods:
Cross-sectional study between July/November 2013 from 11 nephrology centers of AMICEN,
with 1134 patients over 18 years, on dialysis for >3 months, with at least a PTHi dosage in
2013. The population was divided in groups, based on intact parathyroid hormone (PTHi) levels
(based KDOQI, KDIGO classification and Douthat et al), and socio-demographic, clinical and
laboratorial data was compared between the groups. Linear regression analysis was performed
to determine the variables that influence the PTHi level. Results: The mean age was 57.3±14.4
years, 55.6% males, and 48% White. The main etiology was hypertensive nephropathy (40.9%).
There were 1071 patients on hemodialysis and 63 on peritoneal dialysis. The prevalence of
PTHi<150 pg/mL was 23.4% and PTHi>600pg/mL was 27.1%. Comparison of the PTHi groups
showed that PTHi levels decrease with increasing age (60.4±14.9 vs 51.4±13.2, p < 0.0001).
Diabetic renal disease patients presented a higher prevalence of PTHi<150 pg/mL (27.6%) and
a lower prevalence of PTH > 1000 pg/mL (2.4%). Calcium carbonate was used by 50.5% of the
patients, 14.7% used non-calcium-based binders. Over 40% of the patients used vitamin D and
3.5% used calcimimetics. Hyperphosphatemia was observed in 35.8%. Linear regression
analysis showed a significant negative association between the PTHi, age and diabetes mellitus
and a significant positive association between the therapy duration and the PTHi levels.
Conclusion: The prevalence of patients outside the PTHi target, based on KDIGO, was 50.5%.
High prevalence of hyperphosphatemia and a low use of vitamin D and selective activators as
well as calcimimetics. These data draw attention to the need for a stronger compliance with
public policies and guidelines regarding the supply of drugs associated with CKD-MBD.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/4963
Date13 August 2015
CreatorsAbrita, Rodrigo Reis
ContributorsFernandes, Natália Maria da Silva, Bastos, Marcus Gomes, Custódio, Melani Ribeiro, Ferreira, Gustavo Fernandes, Ezequiel, Danielle Guedes Andrade
PublisherUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira, UFJF, Brasil, Faculdade de Medicina
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFJF, instname:Universidade Federal de Juiz de Fora, instacron:UFJF
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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