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Desenvolvimento financeiro, crescimento e desigualdade nos estados brasileiros / Financial development, growth and unequality in the Brazilian states

Este trabalho tem como objetivo investigar a relação entre desenvolvimento financeiro e crescimento, bem como desenvolvimento financeiro e desigualdade, numa análise regional, para estados brasileiros. Utilizando a metodologia empregada na literatura empírica internacional, as conclusões obtidas são de que: a) o acesso ao crédito é uma das variáveis importantes para a explicação do crescimento estadual e da desigualdade na distribuição de renda; b) o tamanho do crédito em si aparece como relevante para a explicação do crescimento, mas, quando controlados os efeitos das características próprias de cada estado, esta relação deixa de ser significante; e c) o tamanho do crédito está negativamente relacionado à desigualdade de renda, isto é, mais crédito corresponde a pior distribuição. Este último resultado é contra-intuitivo e são sugeridas duas explicações para isso. A primeira razão possível é de que o crédito possa estar sendo capturado pelas camadas de maior renda / empresas de maior porte, não chegando às classes de menor renda / micro e pequenas empresas, o que acentuaria o quadro de má distribuição de renda. O acesso ao crédito, ao contrário, melhora a distribuição de renda. Além disso, é possível que, como uma parte importante do crédito é direcionada pelo governo, este pode estar deliberadamente enviando mais recursos aos estados inicialmente mais desiguais, o que explicaria o resultado de que mais crédito está associado a mais desigualdade. / This paper?s goal is to investigate the relationship between financial development and growth and between financial development and wealth distribution, using a regional approach, through Brazilian states. Using the methodological approach common to the international empiric literature, the conclusions are: a) access to credit is one of the relevant variables when explaining the states growth and the uneven wealth distribution; b) size of credit itself appears to be relevant when explaining growth, however, when discounting the states fixed effects, the relationship ceases to be significant; and c) credit size is negatively related to the wealth distribution, meaning that more credit is linked to a more uneven wealth distribution. This last result is not expected and there are two suggested reasons for it. The first one is that the credit is being captured by the richer lays of population / bigger firms, and it is not being able to reach the poorest lays / smaller firms, thus enhancing the unequal distribution. Credit access, on the other hand, improves the wealth distribution. Besides, it is possible that since a great credit share is directed by the government, it could be intentionally sending more resources to the more uneven states, explaining how more credit could be associated with more inequality.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-15122006-195440
Date10 November 2006
CreatorsZara, Thaís Marzola
ContributorsGonçalves, Carlos Eduardo Soares
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeDissertação de Mestrado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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