[pt] Pensar hoje na questão da emancipação feminina talvez possa parecer em um primeiro momento, para muitas mulheres, uma tarefa mais fácil do que há algumas décadas anteriores, na medida em que a entrada da mulher no mercado de trabalho e a conquista de direitos até então não reconhecidos, trazem uma sensação de maior liberdade e controle sobre suas vidas e escolhas. O presente trabalho tem como objetivo analisar se a inserção da mulher no mercado de trabalho pode ser considerada um caminho de sua emancipação e relativa autonomia. De fato, para muitas mulheres, a entrada no mercado de trabalho lhes
possibilitou concretamente uma maior inserção como consumidoras, e de certa forma sua independência econômica. Porém, ao analisarmos essa inserção podemos constatar que em grande parte as mulheres vivenciam cargos, funções e salários inferiores aos dos homens, sendo muitas vezes submetidas a situações precárias de trabalho. Assim, percebemos que ao longo das últimas décadas, ocorreu de fato uma crescente feminização da pobreza, acentuada pela cor de sua pele, classe social e as assimétricas relações patriarcais de gênero, traduzidas na imputação de duplas e triplas jornadas de trabalho, reforçando a divisão sexual do trabalho. Tais condições sociais se agravam quando essas mulheres têm de
enfrentar condições insalubres e de violência para a reprodução de sua vida e de sua família como as existentes nos espaços segregados de nosso país. / [en] Today, thinking about the issue of women s emancipation may, at first, seem for many women, an easier task than a few decades ago, since the entry of women into the labor market and the conquer of non recognized wrights bring a sense of greater freedom and control over their lives and choices. The present
study aims to analyze if the insertion of women into the labor market can be considered a path of their emancipation and relative autonomy. In fact, for many women, entering the labor market has concretely enabled them to become more involved as consumers, and to a certain extent their economic independence. However, when analyzing this insertion, we can see that in large part, women do
experience lower positions, functions and salaries than men, and are often subjected to precarious work situations. Thus, we perceive that over the last decades there has indeed been a growing feminization of poverty, accentuated by the color of their skin, social class and the asymmetrical patriarchal gender
relations, translated into imputation of double and triple working hours, reinforcing the division of work. Such social conditions are aggravated when these women have to face unhealthy conditions and violence for the reproduction of their life and their family as those existing in the segregated spaces of our country.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:35169 |
Date | 21 September 2018 |
Creators | MARIANA ALEJANDRA ROEDEL S TORO |
Contributors | REGINA CELIA DE MATTOS |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | TEXTO |
Page generated in 0.0019 seconds