Return to search

Avaliação do risco de doença cardiovascular em indivíduos com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana

Made available in DSpace on 2014-07-22T13:53:02Z (GMT). No. of bitstreams: 4
license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
157.86.8.8/reports/mestrado_bibcb/felippe_vilela_ipec_mest_2011.pdf: 1576127 bytes, checksum: 70b8663f5e8094331f13e24b208c036f (MD5)
157.86.8.8/reports/mestrado_bibcb/felippe_vilela_ipec_mest_2011.pdf.txt: 90077 bytes, checksum: 6e6d9c32761a80a4def1a051401522d6 (MD5)
69484.pdf.jpg: 1382 bytes, checksum: de644046ee8c6f3e59de49aae9c3f703 (MD5)
Previous issue date: 2014-05-07 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas. Rio de Janeiro,RJ, Brasil / Fundamentos: O tratamento da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) tornou-a uma condição crônica e havendo o desenvolvimento de doenças como a doença aterosclerótica coronariana (DAC). Não existe ainda definição sobre a avaliação de risco cardiovascular para a população com VIH. Para isto, é necessário conhecimento do risco cardiovascular desta população. O escore de cálcio das artérias coronárias (ECAC) é útil para detecção precoce e estratificação do risco da DAC. Este estudo procurou analisar fatores e escores de risco de DAC e investigar o uso do ECAC nesta população. Métodos: Estudo transversal com adultos infectados pelo VIH, sem sintomas cardiovasculares ou história de DAC. Foram obtidos dados demográficos, clínicos e antropométricos, glicemia e lipidograma. Foram avaliados o escore de risco de Framingham (ERF) e ECAC. Variáveis categóricas foram comparadas pelo quiquadrado ou teste exato de Fisher e as contínuas pelo teste t de Student ou teste de Mann-Whitney. A análise de concordância entre ERF e ECAC usou estatística kappa
Resultados: Foram estudados 40 pacientes, de 45,9 ± 8,1 anos. Dois ou mais fatores de risco ocorreram em 82,5%. A idade de risco para DAC foi observada em 30,0%, hipertensão arterial em 55,0%, diabetes em 10,0%, tabagismo em 35,0%, dislipidemia em 67,5% e história familiar de DAC precoce em 57,5%. Alterações do colesterol total, LDL-colesterol, HDL-colesterol e triglicerídeos foram detectadas em, respectivamente, 30,0%, 25,0%, 82,5% e 52,5%. Todos os pacientes encontravam-se em uso de terapia anti-retroviral, com 52,5% em uso de inibidores de protease (IP). Apenas o HDL-colesterol e os triglicerídeos alterados foram mais frequentes nos em uso de IP. A avaliação clínica do risco cardiovascular através do ERF classificou 72,5% dos pacientes como baixo risco, 25,0% como risco moderado e 2,5% como risco elevado. Foi encontrada calcificação coronariana (ECAC>0) em 32,5% dos indivíduos. De acordo com os percentis do ECAC, 67,5% tiveram risco baixo, 17,5% risco moderado e 15,0% risco alto. No total, 32,5% dos indivíduos mudaram de classificação de risco após a avaliação do ECAC. Dentre os pacientes classificados em baixo risco pelo ERF, 13,7% foram reclassificados pelo ECAC para alto risco e 10,3% para risco moderado. Daqueles com risco moderado, 50% foram para baixo risco pelo ECAC e 10% para alto. O único paciente de alto risco permaneceu nessa categoria após o ECAC. A concordância entre a estratificação do risco pelo ERF e pelo ECAC obteve um kappa de 0,435
Conclusões: Houve elevada prevalência de fatores de risco para DAC na população estudada, sendo a dislipidemia o mais frequente. Os níveis de HDL-colesterol e de triglicerídeos foram os mais afetados, tendo sido associados ao uso de IP. O risco avaliado pelo ERF foi baixo na maioria da população. Entretanto, ECAC>0 foi encontrado em cerca de um terço da população, estratificando esse subgrupo como de moderado a alto risco cardiovascular. O ECAC reclassificou o risco de 32,5% dos indivíduos, demonstrando a necessidade de reavaliar as estratégias para mensuração do risco cardiovascular na população com infecção pelo VIH / Background: Current treatment for human immunodeficiency virus (HIV) infection
has turned it into a chronic condition and has allowed infected individuals to develop
diseases such as atherosclerotic coronary artery disease (CAD). Specific strategies for
cardiovascular risk stratification in the infected population have not been developed yet.
For that, it is necessary to have larger knowledge of this population´s cardiovascular
risk. Coronary artery calcium score (CACS) is a useful tool for cardiovascular risk
stratification. This study tried to analyze cardiovascular risk factors and risk scores and
to investigate the use of CACS in this population.
Methods: This was a cross-sectional study. Adults subjects with HIV infection and
without cardiovascular symptoms or a history of CAD were studied. Demographic, clinical and anthropometric data as well as serum glucose and lipids, were obtained. The Framingham risk score (FRS) and CACS were analyzed. Categorical variables were compared by chi-square or Fisher´s exact test, and continuous variables were
analyzed by Student´s t test or Mann-Whitney´s test. An analysis of concordance
between FRS and CACS was performed using kappa statistic. Results: Forty patients, aged 45.9 ± 8.1 years, were studied. Two or more risk
factors were found in 82.5%. Age of risk for CAD was observed in 30.0%, systemic
hypertension in 55.0%, diabetes in 10.0%, smoking in 35.0%, dyslipidemia in 67.5%
and family history of early CAD in 57.5%. Altered levels of total cholesterol, LDLcholesterol,
HDL-cholesterol and triglycerides were found in 30.0%, 25.0%, 82.5% and
52,5%, respectively. All patients were under use of antiretroviral therapy, and 52.5%
took protease inhibitors. Only HDL-cholesterol and triglycerides were more frequently
altered in patients taking protease inhibitors. Clinical evaluation of risk using the FRS
classified 72.5% of patients as low risk, 25.0% as moderate risk and 2.5% as high risk.
Coronary calcification (CACS>0) was found in 32.5%. According to CACS percentiles,
67.5% had low risk, 17.5% moderate risk and 15.0%, high risk. Globally, 32.5% had
classification changed after CACS. Among patients classified as low risk by the FRS,
13.7% were reclassified by CACS to high risk and 10.3% to moderate risk. Among
those with moderate risk, 50% went to low risk and 10% to high risk after CACS. The
only patient with high risk was kept in this category after CACS. Concordance between
risk stratification by the FRS and CACS had a kappa=0.435.
Conclusions: There was a high prevalence of risk factors for CAD in the studied
population, the most frequent being dyslipidemia. HDL-cholesterol and triglycerides
were the most affected and associated with the use of protease inhibitors. Risk evaluated
by the FRS was low in the majority. However, CACS>0 was found in over one third of
the population, stratifying this subgroup as moderate to high cardiovascular risk. CACS
reclassified risk in 32.5% of the individuals, demonstrating the need to re-evaluate the
strategies for measurement of cardiovascular risk in the HIV-infected population.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.arca.fiocruz.br:icict/8046
Date January 2011
CreatorsVilela, Felippe Dantas
ContributorsCunha, Ademir Batista da, Barroso, Paulo Feijó, Rocha, Antonio Sergio Cordeiro da
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ, instname:Fundação Oswaldo Cruz, instacron:FIOCRUZ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0027 seconds