A necessidade de sobreviver num adverso meio externo conduziu o ser humano ao desenvolvimento de utensílios que lhe permitissem superar as suas fragilidades biológicas. O progresso intelectual possibilitou a demarcação do Homem face às contingências colocadas pela natureza, de tal modo que, a debilidade e efemeridade que caracterizavam as suas acções no passado, deram lugar, com a industrialização e a crescente tecnização da vida, a afirmação e sobreposição da vontade humana sobre a natural. Esta conquista possibilitou índices incomensuráveis de conforto face a qualquer outro período da história, embora tenha despoletado, de forma progressiva e silenciosa, a decadência do mundo. Em tempos dominados pela influencia da tecnologia e do conhecimento cientifico, onde se reduz ao vazio todos os códigos axiológicos legados pelo passado, importa determinar os limites da acção humana, assim como asseverar sobre as possibilidades de uma nova ética que permita a salvaguarda do Homem face as ameaças que pendem sobre a continuidade das suas próprias condições de existência. Tomando como referenda as propostas éticas e filosóficas de Hans Jonas, Levinas, Habermas, Singer, entre outros, intenta-se apurar as hipóteses de sucesso de uma ética ambiental fundada sobre o principia da responsabilidade, afirmando-se a escola e o ensino como vias privilegiadas para a consciencialização dos sujeitos relativamente à decadência moral e civilizacional que perpassa pela sociedade ocidental contemporânea.
Identifer | oai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/57057 |
Date | January 2011 |
Creators | Pereira, Pedro Miguel da Silva |
Publisher | Porto : [Edição do Autor] |
Source Sets | Universidade do Porto |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Dissertação |
Format | application/pdf |
Source | http://aleph.letras.up.pt/F?func=find-b&find_code=SYS&request=000210515 |
Rights | openAccess |
Page generated in 0.0022 seconds